Governo quer Sines na rota da seda chinesa |
"Uma Faixa, Uma Rota" - versão simplificada de "Faixa Económica da Rota da Seda e da Rota Marítima da Seda para o Século XXI" - diz respeito ao projeto de investimentos em infraestruturas liderado pela China, que ambiciona reavivar simbolicamente o corredor económico que uniu o Oriente o Ocidente.
Esta iniciativa abrange mais de 60 países e regiões da Ásia, passando pela Europa Oriental e Médio Oriente até África.
A nova rota, que vai ligar Lisboa a Hangzhou, com passagem por Pequim, está carregada de “simbolismo”, começou por dizer o primeiro-ministro português, no discurso de encerramento da cerimónia, que decorreu esta manhã em Lisboa. “Esta é a nova rota da seda do século XXI“, destacou António Costa, numa referência à iniciativa.
António Costa espera, assim, intensificar as relações de Portugal com a China, o que poderá traduzir-se não só num reforço das frequências entre Lisboa e Hangzhou - a rota vai arrancar com três frequências semanais -, como no alargamento para outras cidades. “Quem sabe, poderá haver a abertura para outras cidades portuguesas, nomeadamente o Porto”, adiantou o primeiro-ministro.
Divulgado em 2013 pelo Presidente chinês, Xi Jinping, a Nova Rota da Seda visa reativar a antiga via comercial entre a China e a Europa através da Ásia Central, África e sudeste Asiático.
O projeto inclui uma malha ferroviária, portos e autoestradas, abrangendo 65 países e 4,4 mil milhões de pessoas, cerca de 60 por cento da população mundial.
Em Maio, o secretário de Estado da Internacionalização, Jorge Costa Oliveira, agora demissionário, esteve em Pequim para propor às autoridades chinesas "uma rota marítima até Sines e que a rota da seda terrestre ferroviária, que já vai de Chongqing até Madrid, vá um pouco mais e chegue a Sines".
O projeto inclui uma malha ferroviária, portos e autoestradas, abrangendo 65 países e 4,4 mil milhões de pessoas, cerca de 60 por cento da população mundial.
Em Maio, o secretário de Estado da Internacionalização, Jorge Costa Oliveira, agora demissionário, esteve em Pequim para propor às autoridades chinesas "uma rota marítima até Sines e que a rota da seda terrestre ferroviária, que já vai de Chongqing até Madrid, vá um pouco mais e chegue a Sines".
A rota para a China vai arrancar com três frequências por semana, às terças, quintas e sábados, até ao final do verão. A partir do inverno, a BCA passa a operar mais uma frequência ao domingo, passando a haver quatro voos por semana.
Assim, até ao final de 2017, a companhia aérea vai disponibilizar cerca de 40 mil 560 lugares entre Portugal e China. Já no próximo ano, a rota deverá manter-se com quatro frequências, pelo que estarão disponíveis 7 6 mil e 800 lugares entre os dois países.
No ano passado, Portugal recebeu 183 mil turistas chineses, um aumento de 19 por cento face a 2015, que responderam por 307 mil dormidas. O mercado chinês gerou receitas turísticas de 72 milhões de euros em Portugal em 2016, mais 16 por cento do que no ano anterior.
O número de turistas chineses em Portugal continua a aumentar - entre Janeiro e Abril, 68 mil vieram a Portugal, uma subida homóloga de 28 por cento - e, com a nova rota, a expectativa já expressa pela secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, é que o crescimento anual em torno de 20 por cento seja para manter. Com estes números, o Governo antecipa que será possível duplicar o número de hóspedes chineses face a 2014 (foram 113 mil nesse ano).
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