Refeição vegetariana mensal visa ‘aumentar variedade da dieta das crianças’
A Câmara de Palmela admitiu que é servida, uma vez por mês, uma ementa vegetariana, sem opção, aos três mil alunos das escolas do concelho, para reduzir o consumo de proteínas animais e estimular o consumo de vegetais. "O dia com ementa vegetariana que existe nas escolas do concelho, por decisão da autarquia, visa aumentar a variedade da dieta das crianças, contribui para a redução do consumo da proteína animal (comprovadamente excessivo, na maioria dos casos) e o aumento do consumo de vegetais", justifica, em nota de imprensa, a Câmara de Palmela. O esclarecimento do município surge na sequência do protesto de alguns encarregados de educação, que, segundo o jornal Diário da Região, alegam que a situação viola o que está previsto no Regulamento de Ação Social Escolar da autarquia para as refeições, que devem incluir "sopa, prato de peixe ou carne, em dias alternados, com os acompanhamentos básicos da alimentação, sobremesa, pão e água".
Refeições vegetarianas nas escolas de Palmela não convencem pais |
A Câmara de Palmela diz ter conhecimento de apenas "uma dezena de reclamações" de encarregados de educação descontentes com a disponibilização de uma refeição vegetariana mensal sem outro prato de opção, num universo de cerca de três mil crianças.
O prato vegetariano, adianta o município, “surge também na sequência das comemorações do Dia Mundial da Alimentação, em Outubro de 2016, subordinado ao tema – ‘O clima está a mudar. A alimentação e a agricultura também’ –, e do apelo da Organização Mundial de Saúde para a diversificação da dieta – ‘Faça um almoço totalmente vegetariano, incluindo leguminosas, em substituição de uma refeição de carne, uma vez por semana. Desperdice menos alimentos, coma menos carne e coma mais leguminosas’”.
Ao mesmo tempo, a autarquia esclarece que tem conhecimento “de uma dezena de reclamações de encarregados de educação descontentes com a disponibilização de uma refeição vegetariana mensal” e lembra que “não impõe nenhuma ementa, vegetariana ou não”. O dia vegetariano “é mensal, é uma refeição principal entre as 60 que cada criança faz num mês”.
No comunicado, a Câmara de Palmela explica ainda que 2017/18 “é o segundo ano lectivo em que a alimentação vegetariana consta do caderno de encargos para fornecimento das refeições servidas nos refeitórios da rede pública do pré-escolar e 1.º CEB do concelho de Palmela, que contempla as orientações dos Ministérios da Educação”. Os referidos cadernos de encargos “foram submetidos, sob proposta, à aprovação da Câmara Municipal, em reuniões públicas e aprovados por unanimidade”.
A concluir, a autarquia afirma que assume “todas as suas responsabilidades em matéria de Educação, tendo em conta o superior interesse das crianças, em todos os domínios da sua vida escolar”.
“Neste caso, a oferta, tecnicamente fundamentada, de uma alimentação adequada, saudável e enriquecedora para todas as crianças, vegetarianas ou não, é, também uma questão pedagógica. A saúde e a alimentação são bases essenciais para o seu desenvolvimento equilibrado e sucesso educativo”, conclui a Câmara de Palmela.
Pais discordam da ementa "obrigatória"
Na semana passada, as três mil crianças que frequentam os estabelecimentos de ensino pré-escolar e 1.º ciclo do ensino básico da rede pública no concelho de Palmela voltaram a ter, uma ementa vegetariana como única opção de refeição. A situação está gerar indignação entre vários encarregados de educação, que lembram, escreveu o jornal Diário da Região, que a existência de uma refeição mensal vegetariana não deveria ser obrigatória – como aconteceu pela terceira vez durante este ano lectivo – mas sim opcional, de acordo com o estabelecido por lei.
Os pais consideram que a situação que tem vindo a ser adoptada viola até o previsto no próprio Regulamento de Acção Social Escolar da autarquia de Palmela, documento que tem estabelecido no n.º 4 do artigo 5 (Gestão de Fornecimento) da Secção II (Apoio Alimentar) que “a refeição diária inclui: sopa, prato de peixe ou carne, em dias alternados, com os acompanhamentos básicos da alimentação, sobremesa, pão e água”.
De acordo com alguns encarregados de educação, as crianças, desde logo as de mais tenra idade, têm sido confrontadas não com a opção mas sim com a obrigação de comerem uma refeição vegetariana. A contragosto, na esmagadora (para não dizer na totalidade) dos casos. Na segunda-feira o prato principal apresentado foi Lasanha de tofu com cogumelos e cenoura, além de sopa de legumes, salada de alface, milho e beterraba.
Inconformados, os pais apontam o dedo à autarquia, ao mesmo tempo que recusam que as crianças “sirvam de cobaias”, numa medida que vai ao arrepio da lei e do que está estipulado em regulamento pela própria Câmara de Palmela.
Na semana passada, as três mil crianças que frequentam os estabelecimentos de ensino pré-escolar e 1.º ciclo do ensino básico da rede pública no concelho de Palmela voltaram a ter, uma ementa vegetariana como única opção de refeição. A situação está gerar indignação entre vários encarregados de educação, que lembram, escreveu o jornal Diário da Região, que a existência de uma refeição mensal vegetariana não deveria ser obrigatória – como aconteceu pela terceira vez durante este ano lectivo – mas sim opcional, de acordo com o estabelecido por lei.
Os pais consideram que a situação que tem vindo a ser adoptada viola até o previsto no próprio Regulamento de Acção Social Escolar da autarquia de Palmela, documento que tem estabelecido no n.º 4 do artigo 5 (Gestão de Fornecimento) da Secção II (Apoio Alimentar) que “a refeição diária inclui: sopa, prato de peixe ou carne, em dias alternados, com os acompanhamentos básicos da alimentação, sobremesa, pão e água”.
De acordo com alguns encarregados de educação, as crianças, desde logo as de mais tenra idade, têm sido confrontadas não com a opção mas sim com a obrigação de comerem uma refeição vegetariana. A contragosto, na esmagadora (para não dizer na totalidade) dos casos. Na segunda-feira o prato principal apresentado foi Lasanha de tofu com cogumelos e cenoura, além de sopa de legumes, salada de alface, milho e beterraba.
Inconformados, os pais apontam o dedo à autarquia, ao mesmo tempo que recusam que as crianças “sirvam de cobaias”, numa medida que vai ao arrepio da lei e do que está estipulado em regulamento pela própria Câmara de Palmela.
Agência de Notícias
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