Autarcas e população do Seixal contra fecho dos CTT

15 mil pessoas da Aldeia de Paio Pires não podem ficar sem correios

Autarcas e população do Seixal vão realizar esta terça-feira uma ação de protesto contra o encerramento da estação dos CTT na Aldeia de Paio Pires, com a autarquia a explicar que solicitou reuniões com Governo e empresa. "O município do Seixal já solicitou reuniões com a administração dos CTT e com o ministro do Planeamento e Infraestruturas e a Câmara do Seixal estará com a população de Aldeia de Paio Pires e com os trabalhadores dos CTT em todas as ações que forem tomadas contra o encerramento do balcão de Aldeia de Paio Pires", afirmou o presidente da autarquia, Joaquim Santos, citado em comunicado. O autarca salienta que após o encerramento de outra loja em Amora, no ano de 2013, a população do Seixal vê-se "novamente confrontada com mais um encerramento de serviços públicos de proximidade, que prejudica as populações e a economia local".
População e autarcas contra o fecho dos correios em Paio Pires 

"Iremos exigir também, enquanto clientes dos CTT, pois pagamos cerca de meio milhão de euros por ano, a reposição da normalidade na distribuição postal e instaremos o Governo a tomar medidas em relação a este assunto, porque o serviço postal tem uma importância estratégica para o desenvolvimento dos concelhos e do país", disse o autarca.
Joaquim Santos lembra que vivem cerca de 15 mil pessoas na Aldeia de Paio Pires, algumas das quais com dificuldades de mobilidade, e que dependem dos CTT para diversos serviços, como o pagamento de contas ou o levantamento da reforma.
"É também na Aldeia de Paio Pires que estão sediados os principais parques industriais do concelho do Seixal e nos quais está prevista a instalação de novas empresas a breve prazo, não se alcançando a lógica de encerramento de balcões dos CTT, a não ser por fatores meramente economicistas", conclui.
A concentração de protesto está agendada para terça-feira, pelas 17 horas, junto à estação dos CTT em Aldeia de Paio Pires.
Os CTT confirmaram a 2 de Janeiro o fecho de 22 lojas no âmbito do plano de reestruturação, que, segundo a Comissão de Trabalhadores dos Correios de Portugal, vai afetar 53 postos de trabalho.
A empresa referiu que o encerramento de 22 lojas situadas de norte a sul do país e nas ilhas "não coloca em causa o serviço de proximidade às populações e aos clientes, uma vez que existem outros pontos de acesso nas zonas respetivas que dão total garantia na resposta às necessidades face à procura existente".
Em causa estão os seguintes balcões: Junqueira (concelho de Lisboa), Avenida (Loulé), Universidade (Aveiro), Termas de São Vicente (Penafiel), Socorro (Lisboa), Riba de Ave (Vila Nova de Famalicão), Paços de Brandão (Santa Maria da Feira), Lavradio (Barreiro), Galiza (Porto), Freamunde (Paços de Ferreira), Filipa de Lencastre (Sintra), Olaias (Lisboa), Camarate (Loures), Calheta (Ponta Delgada), Barrosinhas (Águeda), Asprela (Porto), Areosa (Gondomar), Araucária (Vila Real), Alpiarça, Alferrarede (Abrantes), Aldeia de Paio Pires (Seixal) e Arco da Calheta (Calheta, na Madeira).
A decisão de encerramento motivou críticas de autarquias e utentes.

Agência de Notícias com Lusa

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