Administração e trabalhadores voltam a reunir-se na quinta-feira na Autoeuropa
O dirigente do SITE-SUL (Sindicato dos Trabalhadores das Industrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul), Eduardo Florindo, disse que na quarta-feira dará uma conferência de imprensa às 12h30 onde apresentará a posição do sindicato, depois de uma reunião com a Comissão de Trabalhadores, por sua vez marcada para as 10 horas, em Palmela.
Trabalhadores e sindicatos querem alterar o novo horário transitório anunciado unilateralmente pela empresa no passado mês de Dezembro, para vigorar de Fevereiro a Julho deste ano, mas a administração da Autoeuropa só pretende negociar os novos horários de laboração contínua, que deverão ser implementados a partir do mês de Agosto.
Além das questões relacionadas com a remuneração aos sábados, a Comissão de Trabalhadores defende também que o trabalho naqueles dias deveria ser voluntário e não obrigatório, como prevê o novo horário transitório apresentado pela empresa.
No final do ano passado, a administração da Autoeuropa anunciou a intenção de avançar unilateralmente com o novo horário transitório, após a rejeição de dois pré-acordos negociados previamente com duas Comissões de Trabalhadores. Na altura, a empresa anunciou também que estava disponível para negociar, mas apenas no que respeitasse aos novos horários de laboração contínua, que deverão ser implementados no segundo semestre de 2018.
A Autoeuropa estima produzir mais de 240 mil veículos Volkswagen T-Roc em 2018, quase triplicando a produção de 2016, o que levou a empresa a contratar cerca de 2.000 novos trabalhadores e a implementar um sexto dia de produção, aos sábados, até julho deste ano.
Após o tradicional período de férias no mês de Agosto, a Autoeuropa deverá então iniciar a laboração contínua na fábrica de automóveis de Palmela, de forma a satisfazer as muitas encomendas no novo veículo T-Roc, que, segundo fontes da empresa, está a ter uma boa aceitação no mercado.
Antigo ministro alerta: Volkswagen pode levar Autoeuropa para Marrocos
O antigo ministro da Indústria do Governo de Cavaco Silva, que negociou a vinda da fábrica para Portugal, teme pelo futuro da Autoeuropa. Mira Amaral pede "bom senso" nesta nova fase de negociações e avisa que há um “forte risco” do fabricante levar a produção para Marrocos ou para a República Checa.
Numa entrevista ao “Diário de Notícias”, Mira Amaral diz que, depois de amortizado o investimento da marca na fábrica portuguesa, a Autoeuropa fica em situação de desvantagem em relação a outras fábricas, se se mantiver o impasse entre trabalhadores e administração.
O antigo governante dá o exemplo da República Checa ou de Marrocos, como locais que têm recebido investimentos da indústria automóvel europeia, e classifica o investimento feito pela Volkswagen em Portugal como "fabuloso" dizendo que os trabalhadores que "não querem trabalhar ao sábado, têm de ser realistas".
Mira Amaral diz que sente “desgosto”, “pessimismo” e “preocupação” relativamente à actual situação da fábrica de Palmela.
A administração da Autoeuropa e a Comissão de Trabalhadores voltam a reunir-se quinta-feira sobre os novos horários de trabalho, depois de uma reunião que decorreu esta terça-feira, sem que as partes tenham adiantado o ponto de situação das negociações. Fonte oficial da administração da Autoeuropa recusou comentar a reunião desta terça-feira com a Comissão de Trabalhadores. Também o presidente da Comissão de Trabalhadores da fábrica de Palmela, Fernando Gonçalves, recusou adiantar informação sobre o encontro, acrescentando que ficou marcada nova reunião para quinta-feira e remetendo declarações só para o dia seguinte. O antigo ministro da Indústria pede "bom senso" aos trabalhadores da Autoeuropa, diz não perceber o braço-de-ferro na fábrica e alerta para "forte risco" de a VW levar produção para Marrocos, sublinha Mira Amaral.
Trabalhadores e administração ainda sem acordo na Autoeuropa |
Trabalhadores e sindicatos querem alterar o novo horário transitório anunciado unilateralmente pela empresa no passado mês de Dezembro, para vigorar de Fevereiro a Julho deste ano, mas a administração da Autoeuropa só pretende negociar os novos horários de laboração contínua, que deverão ser implementados a partir do mês de Agosto.
Além das questões relacionadas com a remuneração aos sábados, a Comissão de Trabalhadores defende também que o trabalho naqueles dias deveria ser voluntário e não obrigatório, como prevê o novo horário transitório apresentado pela empresa.
No final do ano passado, a administração da Autoeuropa anunciou a intenção de avançar unilateralmente com o novo horário transitório, após a rejeição de dois pré-acordos negociados previamente com duas Comissões de Trabalhadores. Na altura, a empresa anunciou também que estava disponível para negociar, mas apenas no que respeitasse aos novos horários de laboração contínua, que deverão ser implementados no segundo semestre de 2018.
A Autoeuropa estima produzir mais de 240 mil veículos Volkswagen T-Roc em 2018, quase triplicando a produção de 2016, o que levou a empresa a contratar cerca de 2.000 novos trabalhadores e a implementar um sexto dia de produção, aos sábados, até julho deste ano.
Após o tradicional período de férias no mês de Agosto, a Autoeuropa deverá então iniciar a laboração contínua na fábrica de automóveis de Palmela, de forma a satisfazer as muitas encomendas no novo veículo T-Roc, que, segundo fontes da empresa, está a ter uma boa aceitação no mercado.
Antigo ministro alerta: Volkswagen pode levar Autoeuropa para Marrocos
O antigo ministro da Indústria do Governo de Cavaco Silva, que negociou a vinda da fábrica para Portugal, teme pelo futuro da Autoeuropa. Mira Amaral pede "bom senso" nesta nova fase de negociações e avisa que há um “forte risco” do fabricante levar a produção para Marrocos ou para a República Checa.
Numa entrevista ao “Diário de Notícias”, Mira Amaral diz que, depois de amortizado o investimento da marca na fábrica portuguesa, a Autoeuropa fica em situação de desvantagem em relação a outras fábricas, se se mantiver o impasse entre trabalhadores e administração.
O antigo governante dá o exemplo da República Checa ou de Marrocos, como locais que têm recebido investimentos da indústria automóvel europeia, e classifica o investimento feito pela Volkswagen em Portugal como "fabuloso" dizendo que os trabalhadores que "não querem trabalhar ao sábado, têm de ser realistas".
Mira Amaral diz que sente “desgosto”, “pessimismo” e “preocupação” relativamente à actual situação da fábrica de Palmela.
Agência de Notícias
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