Empresa contribui com 237 milhões de euros para economia portuguesa
"Temos o trabalho de casa bem feito"
A Coca-Cola vai investir 120 milhões de euros em Portugal nos próximos cinco anos, a uma média de 40 milhões por ano, anunciou o novo responsável da marca em Portugal, Rui Serpa. Depois de ter investido 5,4 milhões de euros na unidade industrial em 2017, este ano a empresa vai investir 1,5 milhões de euros em oito linhas de produção da fábrica de Azeitão, avançou a marca no dia em que a fábrica da Coca-Cola European Partners recebeu a visita do ministro da Economia, Caldeira Cabral, por ocasião do 40º aniversário da Coca-Cola em Portugal. De acordo com um estudo da consultora Steward Redqueen, a contribuição total da estimativa de valor acrescentado da Coca-Cola na economia de Portugal ascende a 237 milhões de euros (0,13 por cento do PIB total), com um valor acrescentado direto de 16 milhões de euros. A empresa emprega 420 trabalhadores (111 na fábrica de Azeitão) e gera cerca de 5.140 postos de trabalho indiretos no país. Por isso, diz a empresa é estimado que o impacto total no emprego na região ronde os 5.560 postos de trabalho.
"Através da produção e distribuição das suas bebidas, a Coca-Cola contribui para gerar actividade económica na sua cadeia de valor", segundo o estudo de impacto socioeconómico da Coca-Cola em Portugal, elaborado pela consultora Steward Redqueen, que analisou a contribuição da marca de refrigerantes na economia portuguesa no que respeita ao emprego e aos rendimentos nos locais de consumo, entre outras variáveis.
Relativamente aos fornecedores, parceiros comerciais e fornecedores destes últimos, "o sistema gera mais 59 milhões de euros em 'upstream' [fornecedores de produtos e serviços e seus fornecedores] e está associado a 162 milhões de euros em 'downstream' [distribuidores, comerciantes e os seus fornecedores]".
O estudo teve por base uma análise dos dados de 2016, financeiros e não financeiros, disponibilizados pela Coca-Cola Iberia e Coca-Cola European Partners.
"Dado que em 2016 os consumidores gastaram quase 363 milhões de euros em bebidas da Coca-Cola, por cada euro gasto 0,65 euros ficaram em Portugal através de receitas destinadas a particulares, empresas e Estado", acrescenta, salientando que, através da cadeia de valor, o sistema gera 124 milhões de euros dos movimentos de impostos para o Estado (ou seja, 0,20% do total das receitas fiscais do Estado português)".
No que respeita ao emprego, "o sistema emprega 420 trabalhadores e gera de cerca de 5.140 postos de trabalho indiretos no país", estimando-se que "o impacto total" ronde "os 5.560 postos de trabalho".
O estudo refere que "o sistema gera outros 1.050 postos de trabalho em 'upstream' e está associado a quase 4.100 empregos em 'downstream'", adiantando que "cada posto do sistema Coca-Cola gera 12 postos noutros sectores da economia portuguesa, dois destinados à produção local e 10 às vendas locais".
Investimento na fábrica de Azeitão
Nos últimos cinco anos, desde 2014 e incluindo a previsão para este ano, o investimento da Coca-Cola na fábrica do distrito de Setúbal, ascendeu a 23,9 milhões de euros.
Investimento na fábrica de Azeitão
Nos últimos cinco anos, desde 2014 e incluindo a previsão para este ano, o investimento da Coca-Cola na fábrica do distrito de Setúbal, ascendeu a 23,9 milhões de euros.
"Os investimentos que se realizaram nestes últimos anos têm por objectivo aumentar a atividade produtiva, de modo a satisfazer as necessidades de clientes e fornecedores", segundo o estudo, que refere que a unidade de Azeitão conta com 111 funcionários, e fica numa área de 255.400 metros quadrados, dos quais 47 mil estão construídos.
A fábrica de Azeitão, que tem oito linhas de produção, gera mais de 5.500 empregos directos e indirectos e tem capacidade para produzir 300 milhões de litros.
Em 2016, a Coca-Cola gerou 124 milhões de euros de impostos para o Estado português, "o que significa que 0,20 por cento da receita fiscal em Portugal está relacionado com a atividade da Coca-Cola", concluiu Márcio Cruz. Depois de ter investido 5,4 milhões na unidade industrial em 2017, este ano a empresa vai investir 1,5 milhões nas oito linhas de produção da fábrica de Azeitão (que produz 250 milhões de litros por ano) para as adaptar à produção das novas bebidas que vão ser lançadas. No espaço de cinco anos, o investimento na fábrica ascendeu a 23,9 milhões de euros.
Marca vai lançar novos produtos em Abril |
Rui Serpa, o novo responsável da empresa em Portugal, anunciou também o lançamento de novas marcas e produtos já em Abril de 2018. "Estamos a preparar novos produtos. Portugal é um mercado de oportunidades e crescimento e representa uma prioridade estratégica a curto e médio prazo.
Márcio Cruz, responsável de comunicação da marca, revelou que se trata do lançamento de "novas bebidas de novos segmentos". "Vamos entrar em categorias orgânicas, produtos biológicos, fortalecer a presença nas bebidas refrescantes sem gás. Vamos mudar a estratégia. Sermos uma empresa total de bebidas obriga-nos a ter uma maior diversidade de produtos para o gosto dos consumidores portugueses." Neste momento, a Coca-Cola está em Portugal com 12 marcas e 49 produtos, sendo que "as bebidas baixas em calorias e sem açúcar representam 28 por cento das vendas", anunciou Rui Serpa, identificando a "aplicação de impostos às bebidas refrescantes" como um dos principais desafios do seu antecessor nos últimos anos.
Com a presença do ministro da Economia na fábrica da Coca-Cola, a taxa que o governo introduziu sobre as bebidas açucaradas em 2017 esteve na ordem do dia, com Márcio Cruz a falar mesmo de um "imposto discriminatório" que teve como consequência uma quebra de 10 por cento nas vendas da marca, no último ano.
Márcio Cruz, responsável de comunicação da marca, revelou que se trata do lançamento de "novas bebidas de novos segmentos". "Vamos entrar em categorias orgânicas, produtos biológicos, fortalecer a presença nas bebidas refrescantes sem gás. Vamos mudar a estratégia. Sermos uma empresa total de bebidas obriga-nos a ter uma maior diversidade de produtos para o gosto dos consumidores portugueses." Neste momento, a Coca-Cola está em Portugal com 12 marcas e 49 produtos, sendo que "as bebidas baixas em calorias e sem açúcar representam 28 por cento das vendas", anunciou Rui Serpa, identificando a "aplicação de impostos às bebidas refrescantes" como um dos principais desafios do seu antecessor nos últimos anos.
Com a presença do ministro da Economia na fábrica da Coca-Cola, a taxa que o governo introduziu sobre as bebidas açucaradas em 2017 esteve na ordem do dia, com Márcio Cruz a falar mesmo de um "imposto discriminatório" que teve como consequência uma quebra de 10 por cento nas vendas da marca, no último ano.
"Temos o trabalho de casa bem feito. Até 2020 queremos reduzir 10 por cento no teor de açúcar das nossas bebidas", garantiu o responsável de comunicação.
Por seu lado, Caldeira Cabral assegurou que "está a trabalhar no sentido de fazer que os incentivos à redução de açúcar sejam mais efetivos. Criar diferentes escalões poderá fazer que algumas reduções possam ser incentivadas. Nunca foi uma medida penalizadora. Todos os impostos têm os seus efeitos", disse o ministro, acrescentando que as empresas têm sabido reagir ao impostos e ajustar-se. "O mercado conseguiu dar resposta, manter o emprego e a produção, porque encontrou novos clientes, como os turistas que nos visitam em grande número", conclui o ministro da Economia.
Agência de Notícias com Lusa
Fotos: Coca-Cola Portugal
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