Palmela pede abolição de portagens na A2 até Setúbal

 Impacto negativo na vida dos cidadãos residentes no concelho 

A Câmara de Palmela aprovou, em reunião pública, uma moção para exigir ao Governo a abolição da portagem no troço da A2 entre Palmela e Setúbal. Em alternativa, propõe a suspensão das taxas até que sejam construídas variantes às Estradas Nacionais 379 e 252, estradas que, de acordo com a autarquia, "deveriam ter cada vez menos características de estrada nacional, dado o contínuo urbano em que se inserem, nomeadamente nas zonas de Palmela, Aires, Volta da Pedra e Pinhal Novo". CDU, PS, a coligação PSD/CDS-PP e o Movimento Independente pela Mudança aprovam a reivindicação. "As políticas de mobilidade têm hoje um alcance que vai muito para além da esfera estrita da capacidade de deslocação, transação e comunicação. Os sistemas viários e de transportes têm um papel central nas questões da sustentabilidade ambiental e coesão social, cabendo-lhes garantir soluções eficazes mas também seguras, acessíveis e sustentáveis, com respeito pela saúde humana e pelo meio ambiente", refere o texto da moção.

Palmela defende abolição de portagens no concelho 

No documento que será remetido ao Governo e à Infraestruturas de Portugal, entre outras entidades, o município alerta para o "notório aumento dos movimentos pendulares, com grande acréscimo de tráfego na Estrada Nacional (EN) 252, entre Pinhal Novo e Setúbal, e na EN379, entre Palmela e a Volta da Pedra, onde as duas vias confluem, sujeitando-as, bem como às vias adjacentes, a cargas de utilização para as quais não foram concebidas".
Para este aumento de tráfego nas estradas do concelho, contribuem também os desvios feitos por automóveis ligeiros e pesados de mercadorias para evitarem as portagens, resultando num "forte impacto negativo na vida dos cidadãos e das cidadãs residentes e automobilistas, devido ao elevado volume de trânsito, em particular nas horas de ponta", diz a moção aprovada por todas as forças políticas do concelho.
A Câmara de Palmela realça que os sistemas viários e de transportes "têm um papel central nas questões da sustentabilidade ambiental e coesão social" e que, pese embora os investimentos realizados pelo município «na promoção de uma mobilidade mais sustentável", cabe à Administração Central, entre outras responsabilidades, "resolver o problema do trânsito nas estradas nacionais".
O município insiste que é um dever dos poderes públicos, cada um na sua esfera de competências, promover o uso do transporte público, soluções de mobilidade suave e, entre outras medidas, investir na rede ferroviária e rodoviária.
"Essa é a forma de retirar tráfego dos núcleos urbanos, reduzir a sinistralidade e os congestionamentos e favorecer as deslocações com segurança, conforto e menos impacto negativo para as pessoas, as instituições e o ambiente", sublinha o documento.
De acordo com a autarquia, "as estradas nacionais 252 e 379 deveriam ter cada vez menos características de estrada nacional, atento o contínuo urbano em que se inserem, nomeadamente nas zonas de Palmela, Aires, Volta da Pedra e Pinhal Novo", apesar "das insistentes propostas do município, de há vários anos, continuam por implementar as variantes a estas estradas nacionais nestas localidades". 
Assim, a Câmara Municipal "delibera exigir a abolição imediata da portagem para quem circula entre Palmela e Setúbal e vice-versa, ou a sua suspensão até à construção de vias variantes à Estrada Nacional 379 e à Estrada Nacional 252". Para a autarquia, "a existência de portagens no troço da A2 entre Setúbal e Palmela contribui para aumentar o tráfego nestas localidades, com fortes consequências negativas para as pessoas, as instituições e o ambiente".

Agência de Notícias com Câmara de Palmela 
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