Vereadora do Bloco de Esquerda considera inaceitável que festival esteja em risco
Segundo a companhia, a ser efetuado este corte, a realização do Festival de Almada, que deveria decorrer entre 4 e 18 de Julho, torna-se inviável.
"É inaceitável que se coloque em perigo um evento desta importância às mãos de um modelo e valor de financiamento contestado em todo o país. Embora o processo não esteja ainda concluído, o Bloco de Esquerda saúda a Companhia de Teatro de Almada pela sua persistência e manifesta toda a solidariedade na defesa do Festival de Teatro de Almada", conclui o comunicado de Joana Mortágua.
A Companhia de Teatro de Almada concorreu ao Programa de Apoio Sustentado, na área de Teatro, tendo ficado entre as quatro entidades melhor classificadas, nos resultados provisórios, com um apoio global previsto de 1,248 milhões de euros, de 2018 a 2021, com valores anuais a atribuir entre os 289 mil e os 319 mil euros, para um montante global solicitado de quase 1,6 milhões de euros, repartidos por financiamentos anuais próximos de 400 mil euros.
O júri considerou que a candidatura da Companhia de Teatro de Almada comprova os requisitos "em todas as qualidades de distinção", com um plano de atividades "vasto, diversificado, claro e estruturado", no qual elogia, em particular, a realização do Festival de Almada, a circulação nacional e internacional da companhia, as atividades em diferentes áreas artísticas, o serviço educativo, o esforço no desenvolvimento de públicos e a existência de um "elevado número de contratos de trabalho", revelando "boas práticas de empregabilidade, um dos objetivos" do programa.
Sobre o Festival, sublinha o júri "a programação bastante heterogénea", com a participação de companhias nacionais e internacionais e "grande coerência entre atividades principais" e as muitas atividades complementares, "que se desenrolam em diversos espaços de Almada e Lisboa".
DGArtes promete resultados definitivos até meados de Maio
Os concursos do Programa de Apoio Sustentado da DGArtes, para os anos de 2018-2021, partiram com um montante global disponível de 64,5 milhões de euros, em outubro, subiram aos 72,5 milhões, no início da semana passada, perante a contestação no setor, e, na quinta-feira, o Governo anunciou novo reforço para um total de 81,5 milhões de euros.
Este reforço garante verbas para o apoio, para já, de 183 candidaturas, contra as 140 iniciais, incluindo estruturas culturais elegíveis que tinham sido deixadas de fora, por falta de verba, segundo os resultados provisórios conhecidos desde há duas semanas.
O Programa de Apoio Sustentado às Artes 2018-2021 envolve seis áreas artísticas - circo contemporâneo e artes de rua, dança, artes visuais, cruzamentos disciplinares, música e teatro -- tendo sido admitidas a concurso, este ano, 242 das 250 candidaturas apresentadas.
De acordo com o calendário da DGArtes, os resultados definitivos deverão ser conhecidos até meados de Maio, nas diferentes disciplinas. Para já, são apenas conhecidos os resultados definitivos nas áreas da dança e do circo contemporâneo e artes de rua.
A vereadora do Bloco de Esquerda de Almada solidarizou-se hoje com a Companhia de Teatro de Almada, considerando "inaceitável" que esteja em risco a realização do Festival de Almada, este ano, face à diminuição de apoios do Estado. Num comunicado, a vereadora do BE de Almada, Joana Mortágua, considera que o Festival de Almada "é um dos grandes eventos de teatro do país" e que, ao longo dos anos, se tem "orgulhado de receber públicos, autores e companhias de todo o mundo", no concelho de Almada e em Lisboa. Segundo a companhia, a ser efetuado este corte, a realização do Festival de Almada, que deveria decorrer entre 4 e 18 de Julho, torna-se inviável.
"Foi esta diversidade e qualidade que fizeram do Festival de Teatro uma das maiores realizações da Companhia de Teatro de Almada, reconhecida nacional e internacionalmente", refere a vereadora do Bloco de Esquerda, sublinhando que, na semana passada, a companhia foi "surpreendida com um corte anual de cerca de 110 mil euros, no resultado provisório do concurso do programa de apoio sustentado às artes, para o quadriénio 2018-2021, da Direção Geral das Artes (DGArtes).Joana Mortágua defende Companhia de Teatro de Almada |
Segundo a companhia, a ser efetuado este corte, a realização do Festival de Almada, que deveria decorrer entre 4 e 18 de Julho, torna-se inviável.
"É inaceitável que se coloque em perigo um evento desta importância às mãos de um modelo e valor de financiamento contestado em todo o país. Embora o processo não esteja ainda concluído, o Bloco de Esquerda saúda a Companhia de Teatro de Almada pela sua persistência e manifesta toda a solidariedade na defesa do Festival de Teatro de Almada", conclui o comunicado de Joana Mortágua.
A Companhia de Teatro de Almada concorreu ao Programa de Apoio Sustentado, na área de Teatro, tendo ficado entre as quatro entidades melhor classificadas, nos resultados provisórios, com um apoio global previsto de 1,248 milhões de euros, de 2018 a 2021, com valores anuais a atribuir entre os 289 mil e os 319 mil euros, para um montante global solicitado de quase 1,6 milhões de euros, repartidos por financiamentos anuais próximos de 400 mil euros.
O júri considerou que a candidatura da Companhia de Teatro de Almada comprova os requisitos "em todas as qualidades de distinção", com um plano de atividades "vasto, diversificado, claro e estruturado", no qual elogia, em particular, a realização do Festival de Almada, a circulação nacional e internacional da companhia, as atividades em diferentes áreas artísticas, o serviço educativo, o esforço no desenvolvimento de públicos e a existência de um "elevado número de contratos de trabalho", revelando "boas práticas de empregabilidade, um dos objetivos" do programa.
Sobre o Festival, sublinha o júri "a programação bastante heterogénea", com a participação de companhias nacionais e internacionais e "grande coerência entre atividades principais" e as muitas atividades complementares, "que se desenrolam em diversos espaços de Almada e Lisboa".
DGArtes promete resultados definitivos até meados de Maio
Os concursos do Programa de Apoio Sustentado da DGArtes, para os anos de 2018-2021, partiram com um montante global disponível de 64,5 milhões de euros, em outubro, subiram aos 72,5 milhões, no início da semana passada, perante a contestação no setor, e, na quinta-feira, o Governo anunciou novo reforço para um total de 81,5 milhões de euros.
Este reforço garante verbas para o apoio, para já, de 183 candidaturas, contra as 140 iniciais, incluindo estruturas culturais elegíveis que tinham sido deixadas de fora, por falta de verba, segundo os resultados provisórios conhecidos desde há duas semanas.
O Programa de Apoio Sustentado às Artes 2018-2021 envolve seis áreas artísticas - circo contemporâneo e artes de rua, dança, artes visuais, cruzamentos disciplinares, música e teatro -- tendo sido admitidas a concurso, este ano, 242 das 250 candidaturas apresentadas.
De acordo com o calendário da DGArtes, os resultados definitivos deverão ser conhecidos até meados de Maio, nas diferentes disciplinas. Para já, são apenas conhecidos os resultados definitivos nas áreas da dança e do circo contemporâneo e artes de rua.
Agência de Notícias com Lusa
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