Mais de 150 pessoas fazem “praia”no meio da cidade em protesto
Não sabíamos muito bem o que esperar porque nunca tínhamos organizado uma coisa destas. Ainda assim, provavelmente esta é a praia com mais gente das redondezas, por isso, a adesão foi boa. Há aqui mais gente do que em todas as praias da Arrábida juntas”, afirmou.
Vanessa Sequeira explicou que o movimento nasceu na sequência de uma “piada” que fez nas redes sociais e refuta a ideia de se tratar de um protesto com motivações políticas. “Este movimento cívico surgiu de uma brincadeira porque um dia disse, por piada, que devíamos pegar nas toalhas e vir para a Praça do Bocage. As pessoas acharam graça à ideia e decidi avançar para o protesto. Convidei algumas pessoas que também estavam contra ao que se estava a passar e foi assim que nasceu este movimento totalmente cívico que não tem nada de político”, assegurou.
A Câmara de Setúbal lançou, a 31 de maio, o programa, que pretende limitar o acesso de viaturas de transporte particular às praias da margem direita do rio Sado. Durante a época balnear, no troço da Estrada Nacional 379-1 compreendido entre a praia da Figueirinha e o portinho da Arrábida, só será permitida a circulação de viaturas de residentes, de serviço devidamente autorizadas, emergência e socorro e transportes públicos.
Em desacordo com a solução encontrada, Vanessa Sequeira revelou que o movimento contestatário pretende ver aplicadas três ações imediatas. “Em primeiro lugar, queremos que não seja cobrado o estacionamento na praia da Figueirinha, onde tem de ser aumentado e não taxado. Depois pretendemos a abertura do troço entre a Figueirinha e o Creiro com a colocação de pinos e policiamento. Em terceiro lugar, queremos que os transportes sejam mais baratos. Não faz sentido que os Transportes Sul do Tejo (TST) estejam a cobrar para a Figueirinha um valor por quilómetro que é quase o dobro do que cobram para Lisboa. É uma falta de respeito”, acusou.
A impulsionadora da iniciativa “Praia na Praça” recusou a ideia de estar a defender a desordem e a insegurança no acesso às praias da Arrábida. “Ao contrário da ideia que nos estão a colar, não pretendemos o caos, mas sim que as pessoas possam circular. Há quem queira passar pela estrada sem ir à praia e agora não podem fazê-lo”, referiu.
Utentes querem perceber o preço dos TST
Vanessa Sequeira congratula-se pelo facto de o movimento de que faz parte já ter alcançado algumas conquistas. “Já foi retirada a ideia de vender lugares privativos por 500 euros, já se fala em que a medida seja provisória. Fomos ridicularizados quando avançámos com a ideia de colocação de pinos e agora já se diz que no futuro vão ser colocados”, disse.
A responsável pelo movimento apela à necessidade de haver o máximo de transparência no processo. “Gostávamos de consultar o plano de emergência que, tanto quanto sabemos, nem sequer existe. Queremos também consultar o acordo de concessão com os TST para perceber por que este trajeto é muito mais caro do que os outros e se houve, ou não, contrapartidas. Foi entregue uma petição na Câmara com 1200 assinaturas reunidas em três dias. Até agora ninguém se pronunciou. Já se tentou abordar este assunto em sessão de Câmara e não foi bem recebido”, lamentou.
Recorde-se que a autarquia pretende proibir o estacionamento abusivo de viaturas na berma da estrada, situação que se tem repetido ano após ano, e que não só dificulta a circulação automóvel de transportes públicos, como põe em causa a passagem de viaturas de emergência e a possibilidade de acorrerem a qualquer situação de emergência ou de catástrofe.
Cerca de 150 pessoas, muitas delas munidas de toalhas e chapéus-de-sol, estiveram este domingo na Praça de Bocage, em Setúbal, para expressar o seu descontentamento contra o programa “Arrábida sem carros” implementado pela Câmara Municipal. Vanessa Sequeira, promotora do movimento “Praia na Praça”, lançado na rede social Facebook, discorda da solução encontrada pela autarquia para o acesso às praias da serra da Arrábida e alerta para a necessidade de os responsáveis pelo município ouvirem os setubalenses. “Com esta manifestação, queremos que mude o clima de imposição e passe a haver um clima de diálogo. Queremos que a Câmara perceba que Setúbal não está de acordo com as medidas implementadas e que chegou a hora de negociar”, disse à Lusa, comentando o número de pessoas que aderiram ao protesto.
Protesto reuniu cerca de 150 pessoas em Setúbal |
Não sabíamos muito bem o que esperar porque nunca tínhamos organizado uma coisa destas. Ainda assim, provavelmente esta é a praia com mais gente das redondezas, por isso, a adesão foi boa. Há aqui mais gente do que em todas as praias da Arrábida juntas”, afirmou.
Vanessa Sequeira explicou que o movimento nasceu na sequência de uma “piada” que fez nas redes sociais e refuta a ideia de se tratar de um protesto com motivações políticas. “Este movimento cívico surgiu de uma brincadeira porque um dia disse, por piada, que devíamos pegar nas toalhas e vir para a Praça do Bocage. As pessoas acharam graça à ideia e decidi avançar para o protesto. Convidei algumas pessoas que também estavam contra ao que se estava a passar e foi assim que nasceu este movimento totalmente cívico que não tem nada de político”, assegurou.
A Câmara de Setúbal lançou, a 31 de maio, o programa, que pretende limitar o acesso de viaturas de transporte particular às praias da margem direita do rio Sado. Durante a época balnear, no troço da Estrada Nacional 379-1 compreendido entre a praia da Figueirinha e o portinho da Arrábida, só será permitida a circulação de viaturas de residentes, de serviço devidamente autorizadas, emergência e socorro e transportes públicos.
Em desacordo com a solução encontrada, Vanessa Sequeira revelou que o movimento contestatário pretende ver aplicadas três ações imediatas. “Em primeiro lugar, queremos que não seja cobrado o estacionamento na praia da Figueirinha, onde tem de ser aumentado e não taxado. Depois pretendemos a abertura do troço entre a Figueirinha e o Creiro com a colocação de pinos e policiamento. Em terceiro lugar, queremos que os transportes sejam mais baratos. Não faz sentido que os Transportes Sul do Tejo (TST) estejam a cobrar para a Figueirinha um valor por quilómetro que é quase o dobro do que cobram para Lisboa. É uma falta de respeito”, acusou.
A impulsionadora da iniciativa “Praia na Praça” recusou a ideia de estar a defender a desordem e a insegurança no acesso às praias da Arrábida. “Ao contrário da ideia que nos estão a colar, não pretendemos o caos, mas sim que as pessoas possam circular. Há quem queira passar pela estrada sem ir à praia e agora não podem fazê-lo”, referiu.
Utentes querem perceber o preço dos TST
Vanessa Sequeira congratula-se pelo facto de o movimento de que faz parte já ter alcançado algumas conquistas. “Já foi retirada a ideia de vender lugares privativos por 500 euros, já se fala em que a medida seja provisória. Fomos ridicularizados quando avançámos com a ideia de colocação de pinos e agora já se diz que no futuro vão ser colocados”, disse.
A responsável pelo movimento apela à necessidade de haver o máximo de transparência no processo. “Gostávamos de consultar o plano de emergência que, tanto quanto sabemos, nem sequer existe. Queremos também consultar o acordo de concessão com os TST para perceber por que este trajeto é muito mais caro do que os outros e se houve, ou não, contrapartidas. Foi entregue uma petição na Câmara com 1200 assinaturas reunidas em três dias. Até agora ninguém se pronunciou. Já se tentou abordar este assunto em sessão de Câmara e não foi bem recebido”, lamentou.
Recorde-se que a autarquia pretende proibir o estacionamento abusivo de viaturas na berma da estrada, situação que se tem repetido ano após ano, e que não só dificulta a circulação automóvel de transportes públicos, como põe em causa a passagem de viaturas de emergência e a possibilidade de acorrerem a qualquer situação de emergência ou de catástrofe.
Agência de Notícias com Lusa
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