Um dos detidos é Bruno Jacinto, antigo Oficial de Ligação aos Adeptos do Sporting
A GNR deteve, esta terça-feira, mais duas pessoas no âmbito do processo sobre o ataque a jogadores do Sporting e elementos da equipa técnica que ocorreu na Academia do clube, em Alcochete. "Podemos confirmar a detenção de duas pessoas efetuada pela GNR", disse à agência Lusa fonte desta força, recusando adiantar mais qualquer informação sobre o caso e remetendo mais explicações para o Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa.
Juiz não aceita Bruno de Carvalho como assistente
O juiz de instrução do Barreiro rejeitou o pedido da constituição de assistente por parte de Bruno de Carvalho no processo de invasão a Alcochete, de acordo com o Correio da Manhã. A publicação vai mais longe e infere que a rejeição implica que o ex-presidente do Sporting será suspeito de envolvimento.
Foram detidos esta terça-feira mais dois suspeitos da invasão dos adeptos do Sporting à Academia de Alcochete, no dia 15 de Maio. De acordo com uma notícia avançada pela TVI, que cita uma fonte da Polícia de Segurança Pública, um dos detidos é Bruno Jacinto, que na altura dos acontecimentos era o Oficial de Ligação aos Adeptos, nomeadamente às claques. No total, estão em prisão preventiva 37 arguidos, dos quais 23 foram detidos no dia dos acontecimentos, 15 de Maio, e os restantes em Junho e Julho. Entre eles, está o antigo líder da claque Juventude Leonina Fernando Mendes. De acordo com o Correio da Manhã, Bruno de Carvalho, ex-presidente do Sporting, é suspeito de envolvimento nas agressões em Alcochete. O juiz de instrução do Barreiro rejeitou o pedido de constituição de assistente do ex-presidente do clube porque colide com a investigação.
Ataque ocorreu em Maio deste ano |
Bruno Jacinto dirigente telefonou ao diretor de operações da Academia de Alcochete às 16h55 de 15 de Maio, 14 minutos da invasão do centro de estágios do clube. Nessa chamada, o antigo dirigente terá revelado a Ricardo Gonçalves, responsável pela segurança da Academia, que elementos da Juventude Leonina iam a caminho "para falar com a equipa", segundo o Expresso.
Bruno Jacinto, segundo as fontes policiais, terá tido conhecimento prévio do crime, da sua preparação e execução, sem nada fazer para o evitar – e ajudou à fuga dos agressores para que não fossem detidos. O ex-dirigente responde por crimes de terrorismo, sequestro, ofensa à integridade física qualificada, ameaça agravada e dano com violência.
Bruno Jacinto, que não estava em Alcochete na altura do crime, a 15 de Maio, chegou logo depois das agressões. E evitou que o grupo onde estava Fernando Mendes fosse preso. Permitiu que Nuno Torres saísse e levou-o no seu carro até ao BMW que aquele tinha estacionado a poucos quilómetros. A seguir deu-lhe entrada na academia com o BMW para que retirasse os chefes da Juve Leo, entre os quais Fernando Mendes.
Esta quarta-feira será presente ao juiz, no Tribunal do Barreiro. Arrisca prisão preventiva.
O juiz de instrução do Barreiro rejeitou o pedido da constituição de assistente por parte de Bruno de Carvalho no processo de invasão a Alcochete, de acordo com o Correio da Manhã. A publicação vai mais longe e infere que a rejeição implica que o ex-presidente do Sporting será suspeito de envolvimento.
Este é um processo em investigação que já conta com 37 arguidos em prisão preventiva suspeitos dos crimes de terrorismo, ofensa à integridade física qualificada, ameaça agravada, sequestro e dano com violência e incêndio florestal. Outros três suspeitos estão sujeitos a termo de identidade e residência, aumentando agora os suspeitos para 40.
Refira-se que Bruno Jacinto não estava na Academia no momento em que cerca de 40 adeptos invadiram a Academia, tendo chegado depois e alegadamente terá permitido que Nuno Torres entrasse nas instalações para ir buscar alguns dos envolvidos na invasão, entre os quais Fernando Mendes, antigo líder da claque Juventude Leonina, que só foi posteriormente detido.
Agência de Notícias
Foto: Mário Cruz/Lusa
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