Alcochete comemora 121 anos da restaurarão do concelho

"Somos um povo com memória, somos um povo livre, somos Alcochete restaurada!"

O Fórum Cultura de Alcochete teve lotação esgotada para a Sessão Solene alusiva ao 121.º aniversário da Restauração do Concelho e durante a qual a câmara municipal distinguiu pessoas e coletividades, com a atribuição das medalhas municipais. Alcochete comemorou uma data importante, o 15 de Janeiro de 1898, "um dos mais importantes e marcantes momentos da história do Concelho de Alcochete, relacionado com a recuperação da autonomia administrativa do município", sublinhou o presidente da autarquia. "Recordar e celebrar o 15 de Janeiro de 1898 é manter viva a identidade e história recente de Alcochete, é invocar e transmitir às gerações mais novas a perseverança e não conformismo de alcochetanos que lutaram pela autonomia do nosso município", disse Fernando Pinto. 
Alcochete celebra restauração com cultura e história 

O Ensemble de Trompetes da Sociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898 iniciou de forma sublime, com a interpretação do Hino de Restauração, a cerimónia de homenagem a diferentes personalidades, cujo trajeto de vida faz parte da história local, e que contribuem para a preservação da identidade singular deste povo da borda d’água.
“Somos um povo com memória, somos um povo livre, somos Alcochete restaurada! Que orgulho na minha terra e sua gente! Hoje voltámos a escrever um capítulo na nossa já longa história”, disse o presidente da câmara.
“Foi com muita emoção que esta tarde o Fórum Cultural de Alcochete se esgotou para lembrar o passado, viver o presente e sonhar o futuro. Obrigado a todos que tornaram esta sessão solene possível”, realçou Fernando Pinto.
Recordar o 15 de Janeiro de 1898 é recordar e manter na memória coletiva todos os que contribuem para o engrandecimento do concelho, e nesse sentido a autarquia homenageou o Agrupamento de Escuteiros 223 de Alcochete, Manuel Teixeira Ferreira, e a título póstumo, António Cruz, António Cardoso e Manuel Veludo, com a Medalha da Restauração.
A homenagem aos salineiros que protagonizaram a greve de 1957 foi um dos momentos mais emotivos da tarde, com a chamada ao palco de Agostinho Lóia e João Samouqueiro, os dois salineiros ainda vivos, e os familiares dos restantes 18 salineiros que com eles passaram o verão quente de 1957 na prisão do Aljube, nomeadamente: António Maduro, João Fernandes, Vitorino Pardal, João da Silva, José da Silva, Manuel Rei, António José Pereira, Frederico Varela, Francisco José Maciel, Francisco João Mitra Espiga, Torcato Guerra, Joaquim Gomes, Francisco José de Avó, José António Pinelas, Manuel Rocha, Manuel Baptista dos Santos, Luís Alfélua, José Pinto.
Recordar e celebrar o 15 de Janeiro de 1898 é manter viva a identidade e história recente de Alcochete, é invocar e transmitir às gerações mais novas a perseverança e não conformismo de alcochetanos que lutaram pela autonomia do nosso município, homens como António Luís Pereira Coutinho, João Pacheco Pereira Coutinho, José Luís da Cruz, Augusto Monteiro Forte, António Luís Nunes Júnior e João Baptista Lopes.
Após um período de três anos de dependência política e administrativa, Alcochete saiu à rua para a festa que começou nas vésperas da publicação do decreto libertador, que seria publicado a 15 de Janeiro de 1898 no Diário do Governo, após a boa nova trazida de Lisboa por D. João Pereira Coutinho.

Câmara distingue personalidades 
A autarquia distinguiu este ano com a Medalha de Mérito Desportivo o judoca Diogo Gancho, os lutadores de artes marciais mistas, José Pedro Machado e Rui Morgado, o atleta de marcha atlética José Mimoso, a equipa júnior de futsal e de jujutsu do Futebol Clube de São Francisco.
Com a Medalha Municipal de Bons Serviços a autarquia homenageou os funcionários da câmara municipal: Bárbara Martins, Júlio Ribeiro, Joaquim Pereira, Maria de Fátima Silva, Ângelo Melo, Armindo Barradas, Teresa Piedade, Ana Paula Dias.
Clique aqui para saber mais sobre os homenageados
A Escola de Dança D. Manuel I ofereceu a todos os presentes dois momentos de bailado, com coreografias de Ana Calafate, para a ária do bailado “Carmen”, de Georges Bizet e para a ária do bailado “Giselle”, com música de Adolphe Adam.
O fado também se fez ouvir por José Manuel Duarte, na guitarra portuguesa, João Vinhas, na viola, e Ricardo Anastácio, na viola baixo, que tão brilhantemente interpretaram “Variações sobre o Fado Menor e Fado Lopes”, “Velho Fado de Lisboa”, de Custódio Castelo, “Noturno”, de Casimiro Ramos e ainda o “Novo Fado de Alcochete”, com o qual terminaram a sua atuação.

Agência de Notícias com Câmara de Alcochete 

Comentários