Alcochete e Montijo reuniram com o Governo

Acessos, transportes, saúde e segurança são as exigências dos autarcas para aceitarem aeroporto 

Os presidentes da Câmaras do Montijo e Alcochete estiveram reunidos com o ministro do Planeamento e das Infra-estruturas, Pedro Marques. Fernando Pinto, reivindica para Alcochete investimentos nas áreas de saúde, segurança, socorro, acessibilidades e abastecimento de água, caso o novo aeroporto venha a localizar-se na BA6. Nuno Canta quer um novo acesso à Ponte Vasco da Gama, a conclusão da Circular Externa do Montijo, a variante da Atalaia, a Avenida do Seixalinho, que incluirá ciclovia e a valorização ecológica das salinas da Frente Ribeirinha do Montijo, tal como tinha sido reivindicado no caderno de encargos apresentado pela Câmara do Montijo à ANA - Aeroportos.

Autarcas apresentam reivindicações ao Governo 

O presidente da Câmara de Alcochete reuniu com Pedro Marques em Lisboa, com o objetivo de dar conta das preocupações do município “face à possibilidade de uma obra de enorme dimensão” que terá enorme impacto “no concelho e, em particular, na freguesia do Samouco”, diz a autarquia. Saúde, segurança, protecção civil e socorro, acessibilidades e abastecimento de água são as áreas que o município pretende ver acauteladas em termos de investimentos.
“A Saúde, com a melhoria do Centro de Saúde e maior e melhor prestação de cuidados aos cidadãos do concelho”, revela a autarquia, salientando que no campo da segurança é necessário aumentar meios da GNR no concelho. Até porque, conforme transmitiu o edil ao ministro, existe “escassez de efectivos” da GNR no concelho, constatando-se “a necessidade do incremento de um melhor policiamento em todas as freguesias”.
Na área da protecção civil e socorro, Fernando Pinto reclama maior apoio à corporação dos bombeiros locais, “dotando-os de meios para uma mais efectiva capacidade de resposta nos serviços que prestam às populações”.
O abastecimento de água é também uma das preocupações da autarquia. “De acordo com a Agência Portuguesa do Ambiente, o furo de água que abastece o Samouco, caso se concretize a construção do novo aeroporto, vai ter de ser selado”, revela a autarquia, lembrando que já tinha planeada a construção de um novo reservatório, “dada à já deficiente capacidade do [actual] furo abastecer em condições ideais” a referida freguesia.
A abertura de um novo furo que, sem necessidade de reservatório, possibilite o abastecimento em condições normais de quantidade e qualidade da água também consta no documento entregue ao ministro.
Outras das reivindicações apresentadas pelo presidente da Câmara de Alcochete é a “construção de um novo nó de acesso à Ponte Vasco da Gama”, assim como a “melhoria significativa de todas as acessibilidades do concelho”, sublinha o autarca de Alcochete. 
As exigências do Montijo 
O presidente da Câmara do Montijo, Nuno Canta, reuniu também no inicio do ano, em audiência com o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, para abordar o aumento da capacidade aeroportuária de Lisboa, nomeadamente no que diz respeito à construção do novo Aeroporto do Montijo.
A atualização da concessão reforça a localização do novo Aeroporto do Montijo e assegura os investimentos necessários à conetividade da cidade do Montijo com a nova infraestrutura aeroportuária, a instalar na atual Base Aérea n.º 6.
Estão, assim, contemplados investimentos num novo acesso à Ponte Vasco da Gama; na conclusão da Circular Externa do Montijo; na variante da Atalaia; na Avenida do Seixalinho, que incluirá ciclovia; e na valorização ecológica das salinas da Frente Ribeirinha da Cidade, tal como tinha sido reivindicado no caderno de encargos apresentado pela Câmara à ANA - Aeroportos.
Nuno Canta alertou para a "necessidade do reforço dos transportes públicos, quer fluviais quer rodoviários", tendo o ministro do Planeamento e das Infraestruturas afirmado que as negociações contemplam um "corredor Bus na Ponte Vasco da Gama, o alargamento da plataforma fluvial do Seixalinho e do número de barcos na ligação Montijo-Lisboa".
O presidente da câmara  do Montijo ressalvou, ainda, a necessidade de, no futuro, serem equacionadas medidas preventivas.




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