Seixal exige "resolução urgente" de impactos ambientais provocados pela Siderurgia
Em 2013, no Facebook, nasceu o grupo Os Contaminados onde João Pereira, um dos membros, partilha assiduamente informação sobre o caso que atormenta os moradores de Paio Pires. "Estamos sujeitos 24 horas por dia, 356 dias por ano, a estes poluentes. Não queremos que a fábrica feche mas sim que se sujeite aos regulamentos ambientais a que está obrigada", informa.
"Está em curso desde Setembro de 2018 um estudo epidemiológico, que terá a duração de sete meses, e que conta com o apoio de várias entidades, entre as quais a Universidade Nova de Lisboa e o Instituto Ricardo Jorge", afirmou Joaquim Santos, citado em comunicado da câmara enviado à agência Lusa.
A autarquia do Seixal, solicitou a intervenção do ministro do Ambiente e da Transição Energética junto dos organismos que tutela, sobre um estudo de medição do ruído que aponta níveis superiores aos definidos na lei.
O estudo, realizado por um laboratório técnico, foi pedido pela Câmara do Seixal e "remetido em Setembro de 2018 para diversos organismos, não tendo obtido qualquer resposta das entidades competentes até ao momento".
Joaquim Santos defendeu ainda uma análise às partículas que se depositam em edifícios e viaturas para determinar a sua origem e natureza, estando a desenvolver em conjunto com o Instituto Superior Técnico um estudo sobre esta matéria, que terá de ter a participação de um laboratório internacional, devido à complexidade desta matéria.
Está também a ser elaborada, pela Universidade de Aveiro, a Carta da Qualidade do Ar do Município do Seixal, que permitirá obter um diagnóstico da qualidade do ar e das fontes poluentes.
"A Câmara do Seixal entende a importância do desenvolvimento económico e a importância da indústria para a região e para o país, mas defenderemos sempre em primeira instância a saúde das nossas populações, bem como dos trabalhadores que laboram nestas indústrias", disse o autarca, acrescentando que com o devido acompanhamento pelos organismos competentes é possível compatibilizar a atividade industrial e a qualidade de vida dos habitantes.
Moradores querem solução para a poluição
Nas redes sociais são vários os vídeos e fotografias com imagens de partículas, sobretudo em veículos e habitações, com os munícipes a alegarem que o material é proveniente da Siderurgia Nacional, localizada na Aldeia de Paio Pires, no concelho do Seixal.
Nos vídeos disponibilizados é possível ver as pessoas a recorrerem a ímanes para recolherem as partículas em causa.
O presidente da Câmara do Seixal, Joaquim Santos, defendeu junto do ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, a "necessidade urgente" de resolver os impactos ambientais provocados pela laboração da Siderurgia Nacional no concelho. O autarca que esteve presente numa reunião com o ministro esta semana, referiu que, apesar de a autarquia não ter competências nesta matéria, tem vindo a avançar com uma série de medidas que "são da competência do Governo". Centenas de pessoas vivem praticamente paredes meias com a Siderurgia Nacional na Aldeia de Paio Pires. Os moradores dizem que acordam diariamente com os carros cobertos de partículas de pó que não saem das viaturas.
Poeiras e mau ambiente preocupa residentes |
"Está em curso desde Setembro de 2018 um estudo epidemiológico, que terá a duração de sete meses, e que conta com o apoio de várias entidades, entre as quais a Universidade Nova de Lisboa e o Instituto Ricardo Jorge", afirmou Joaquim Santos, citado em comunicado da câmara enviado à agência Lusa.
A autarquia do Seixal, solicitou a intervenção do ministro do Ambiente e da Transição Energética junto dos organismos que tutela, sobre um estudo de medição do ruído que aponta níveis superiores aos definidos na lei.
O estudo, realizado por um laboratório técnico, foi pedido pela Câmara do Seixal e "remetido em Setembro de 2018 para diversos organismos, não tendo obtido qualquer resposta das entidades competentes até ao momento".
Joaquim Santos defendeu ainda uma análise às partículas que se depositam em edifícios e viaturas para determinar a sua origem e natureza, estando a desenvolver em conjunto com o Instituto Superior Técnico um estudo sobre esta matéria, que terá de ter a participação de um laboratório internacional, devido à complexidade desta matéria.
Está também a ser elaborada, pela Universidade de Aveiro, a Carta da Qualidade do Ar do Município do Seixal, que permitirá obter um diagnóstico da qualidade do ar e das fontes poluentes.
"A Câmara do Seixal entende a importância do desenvolvimento económico e a importância da indústria para a região e para o país, mas defenderemos sempre em primeira instância a saúde das nossas populações, bem como dos trabalhadores que laboram nestas indústrias", disse o autarca, acrescentando que com o devido acompanhamento pelos organismos competentes é possível compatibilizar a atividade industrial e a qualidade de vida dos habitantes.
Moradores querem solução para a poluição
Nas redes sociais são vários os vídeos e fotografias com imagens de partículas, sobretudo em veículos e habitações, com os munícipes a alegarem que o material é proveniente da Siderurgia Nacional, localizada na Aldeia de Paio Pires, no concelho do Seixal.
Nos vídeos disponibilizados é possível ver as pessoas a recorrerem a ímanes para recolherem as partículas em causa.
Ao Correio da Manhã, uma morador de Paio Pires disse que "na semana passada tive de lavar o meu carro com um esfregão palha de aço. Há dias que se tira meio quilo de poeira dos carros", explica José Figueira. "Vivo aqui há 14 anos e nunca dei muita importância mas a semana passada não pude ir logo lavar o carro e agora o pó não sai. Contactei a empresa e o que respondem é como é que eu tenho a certeza que é da Siderurgia".
Perante a resposta, decidiu apresentar queixa na GNR que recolheu amostras da viatura afectada. As mesmas partículas, que a população afirma virem da Siderurgia Nacional, invadem casas, esplanadas de café e até parques infantis da vila onde os escorregas ficam cobertos de pó. "As pessoas respiram isto todos os dias, crianças e tudo. Temos aqui muitas creches e escolas", afirma José Figueira.
Agência de Notícias com Lusa
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