Escolas de Setúbal e Barreiro movimentam cerca de 58 milhões de euros na região
O presidente do Instituto Politécnico de Setúbal afirmou, esta terça-feira, que o investimento do Estado na instituição, de 18 milhões de euros, é altamente reprodutivo porque permite injetar na economia regional mais do triplo daquele montante. " O Instituto recebe 18 milhões do Orçamento do Estado e coloca na região cerca de 58 milhões de euros", revelou Pedro Dominguinhos, que antecipava alguns aspetos fundamentais de um estudo, apresentado esta terça-feira, sobre o impacto do Instituto Politécnico de Setúbal nos concelhos do Barreiro e de Setúbal, bem como em toda a região de Setúbal.
A avaliação sobre os impactos do Instituto Politécnico de Setúbal na região de Setúbal resulta do estudo de âmbito nacional sobre "O Impacto Económico dos Institutos Superiores Politécnicos em Portugal", apresentado pelo Conselho Coordenador do Institutos Superiores Politécnicos, que, globalmente, revela a importância dos diferentes Institutos Politécnicos no desenvolvimento dos territórios onde estão inseridos.Politécnico dinamizou o investimento na região |
Segundo Pedro Dominguinhos, que também é o atual presidente do Conselho Coordenador do Institutos Superiores Politécnicos, "a metodologia utilizada foi tentar perceber quanto é que os docentes, não docentes e estudantes gastam na economia local (sendo que 80 por cento dos gastos são da responsabilidade dos estudantes)".
"Isso significa que, com os gastos que alunos, docentes e não docentes fazem em alimentação, alojamento, transportes e outras despesas, colocam na economia real cerca de 58 milhões de euros. Ou seja, há uma reprodutividade do investimento público na região que é muito significativa. É um investimento altamente reprodutivo que o Estado faz para a sua economia", frisou o presidente do Instituto Politécnico de Setúbal.
Pedro Dominguinhos salientou ainda que 62 por cento dos alunos disseram que iriam estudar para outras zonas do país se não tivessem a possibilidade de o fazer nas diferentes escolas do Politécnico em Setúbal ou no Barreiro.
"Isto significa que o Instituto Politécnico contribui decisivamente para fixar 62 por cento dos estudantes que frequentam este estabelecimento de ensino, e que, de outra forma, teriam de mudar de residência para estudar noutras regiões do país", disse o presidente da instituição.
"Os outros alunos (38 por cento) nem sequer teriam a possibilidade de continuar a estudar, ou seja, o Instituto Politécnico de Setúbal também contribui de forma inequívoca para aumentar a qualificação das pessoas. E, de acordo com outro estudo, que vamos apresentar brevemente, a maior parte dos diplomados acaba por se fixar na região envolvente de Setúbal", sublinhou Pedro Dominguinhos.
O estudo sobre o impacto do Instituto Politécnico de Setúbal na região de Setúbal é da autoria das investigadoras Sandra Nunes, Sandrina Moreira e Raquel Pereira, docentes do Instituto Politécnico de Setúbal e membros da equipa científica responsável pelo estudo nacional.
O Instituto Politécnico de Setúbal divulgou, em sessão pública, qual a dimensão do impacto da sua atividade na economia regional, no âmbito do estudo "O Impacto Económico dos Institutos Superiores Politécnicos em Portugal", recentemente apresentado pelo Conselho Coordenador do Institutos Superiores Politécnicos e que, globalmente, revela o papel fundamental destas instituições enquanto alavanca de desenvolvimento dos territórios.
Agência de Notícias com Lusa
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