Utentes pedem entendimento entre sindicatos e Soflusa mas a greve dos mestres continua
A Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Barreiro pediu um entendimento entre os sindicatos e a Soflusa, de modo a resolver a situação relativa à supressão de embarcações entre Lisboa e a margem sul do Tejo. “O que nós desejamos é que a administração [da Transtejo/Soflusa] se entenda com os sindicatos e que resolvam as reivindicações como entenderem da melhor maneira”, disse o porta-voz da comissão, José Encarnação, durante um protesto que reuniu cerca de 30 pessoas que se manifestaram contra a supressão de barcos no terminal fluvial do Terreiro do Paço, em Lisboa, que faz ligação com o Barreiro. De acordo com José Encarnação, os utentes reclamam a necessidade de mais uma embarcação, explicando que muitos dos constrangimentos, como atrasos nas viagens, se devem à falta de frota e pessoal. A empresa afirma que as perturbações na ligação fluvial entre o Barreiro e Lisboa se vão manter até quinta-feira e apresenta a lista de supressões para os próximos dias.
Falta de barcos afeta milhares de pessoas no Barreiro |
“Muitos dos constrangimentos que se estão a verificar no transporte fluvial entre o Barreiro e Lisboa decorrem da falta de mestres, da falta de marinheiros, da falta de maquinistas”, salientou José Encarnação, adiantando que “a frota está muito curta” e que “das oito embarcações há uma que está em grande recuperação há cerca de três meses”.
A Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Barreiro pede ainda urgência em resolver as reivindicações dos utentes.
A comissão reuniu-se com a administração da Soflusa, à qual entregou um memorando em que elenca alguns problemas no serviço, desde a falta de embarcações, avarias e falta de pessoal.
Segundo José Encarnação, na reunião foram apresentadas as preocupações e reclamações dos utentes.
Por seu lado, Aurora Mousinho, utente da Soflusa, garantiu que as condições dos serviços se têm degradado nos últimos sete anos, especificando que há “avarias constantes” e que há “barcos suprimidos sem aviso”, obrigando os utentes a esperar, muitas vezes, cerca de 20 minutos para poderem ir para casa.
“Há atrasos praticamente a toda a hora. Más condições em alguns barcos, más condições no terminal fluvial do Barreiro”, realçou Aurora Mousinho, pedindo à Soflusa que fale com os utentes, os trabalhadores e o Governo, de modo a resolver a situação.
À agência Lusa, a utente defendeu que deve ser encontrada uma solução, uma vez que a população do Barreiro não tem outros meios para chegar a Lisboa.
“Nós queremos é que seja encontrada uma solução. Nós, no Barreiro, não temos autocarros para Lisboa; nós, no Barreiro, não temos comboios para Lisboa. Para virmos para Lisboa temos de vir de barco do Barreiro. Nós não temos alternativa”, frisou. A Soflusa é responsável por fazer a ligação entre o Barreiro e Lisboa, enquanto a Transtejo, que faz parte do mesmo grupo, assegura as ligações fluviais entre o Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão e Lisboa.
Sindicatos não cancelam greves A Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Barreiro pede ainda urgência em resolver as reivindicações dos utentes.
A comissão reuniu-se com a administração da Soflusa, à qual entregou um memorando em que elenca alguns problemas no serviço, desde a falta de embarcações, avarias e falta de pessoal.
Segundo José Encarnação, na reunião foram apresentadas as preocupações e reclamações dos utentes.
Por seu lado, Aurora Mousinho, utente da Soflusa, garantiu que as condições dos serviços se têm degradado nos últimos sete anos, especificando que há “avarias constantes” e que há “barcos suprimidos sem aviso”, obrigando os utentes a esperar, muitas vezes, cerca de 20 minutos para poderem ir para casa.
“Há atrasos praticamente a toda a hora. Más condições em alguns barcos, más condições no terminal fluvial do Barreiro”, realçou Aurora Mousinho, pedindo à Soflusa que fale com os utentes, os trabalhadores e o Governo, de modo a resolver a situação.
À agência Lusa, a utente defendeu que deve ser encontrada uma solução, uma vez que a população do Barreiro não tem outros meios para chegar a Lisboa.
“Nós queremos é que seja encontrada uma solução. Nós, no Barreiro, não temos autocarros para Lisboa; nós, no Barreiro, não temos comboios para Lisboa. Para virmos para Lisboa temos de vir de barco do Barreiro. Nós não temos alternativa”, frisou. A Soflusa é responsável por fazer a ligação entre o Barreiro e Lisboa, enquanto a Transtejo, que faz parte do mesmo grupo, assegura as ligações fluviais entre o Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão e Lisboa.
Os mestres da Soflusa anunciaram mais dias de greve parcial. São 3h/turno nos dias 23 e 24, quinta e sexta-feira Além disso, no dia 23 entra em vigor o pré-aviso de greve às horas extraordinárias que pode prolongar-se até ao fim do ano.As paralisações vão agravar ainda mais a circulação de barcos entre as duas margens, que já tem sido muito complicada na última semana, devido à falta de pessoal. Dezenas de ligações foram suprimidas até ao momento, provocando múltiplos protestos dos passageiros.
A administração da empresa assume que não tem trabalhadores suficientes para garantir todas as escalas e normalmente recorre a trabalho extraordinário, trocas ou prolongamento de serviços. No entanto, nos últimos tempos os mestres têm recusado essas alternativas, insistindo em fazer o seu trabalho em horário normal.Uma forma de pressão para tentar que as reivindicações sejam atendidas. Em declarações à rádio Renascença o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Fluviais e Costeiros, revelou que o ano passado os mestres da Soflusa fizeram quatro mil horas extraordinárias, o que na opinião de Carlos Costa, seria suficiente para pagar os vencimentos de oito novos trabalhadores.
Neste momento o quadro da Soflusa tem 24 mestres mas para garantir as escalas completas seriam necessários pelo menos mais quatro. No entanto só 21 estão no ativo, já três estão com baixa e um deles, prolongada.
O aumento do número de carreiras posto em prática desde o dia 1 de Abril, altura em que entraram em vigor os novos passes sociais, ainda obrigou a maior sobrecarga.
A empresa abriu concurso interno para quatro mestres, que vêm da carreira de marinheiro, mas ainda deverá ser insuficiente.
Finanças autoriza contratações mas poucas
Na reunião com os sindicatos representativos dos trabalhadores da Soflusa o Secretário de estado Adjunto e da Mobilidade, José Mendes, anunciou que o Ministério das Finanças tinha autorizado a contratação de seis marinheiros. Ou seja, menos de metade dos trabalhadores que a empresa tinha pedido: doze marítimos (marinheiros e maquinistas práticos de 1ª classe) e três comerciais, para as bilheteiras.
Além disso, há um pré-acordo com o Secretário de Estado do Tesouro para autorização imediata de contratação de trabalhadores para substituir os que abandonam a empresa, por reforma.
Entretanto, a Soflusa também lançou um concurso interno para quatro mestres, que saiem da carreira de marinheiro.
Lista de supressões até quinta-feira
A greve da Soflusa vai estender-se até dia 23, quinta-feira desta semana. Na página na Internet, a empresa afirma que as perturbações na ligação fluvial entre o Barreiro e Lisboa se vão manter e apresenta a lista de supressões para os próximos dias. Nos dias 20 e 22 de Maio, segunda e quarta-feira, no trajeto Barreiro-Lisboa vão ser canceladas as ligações da 0h05, 5h20 e 23h30. No sentido Lisboa-Barreiro vão ser suspensos apenas dois serviços 00h30 e 05h50
Quanto aos dias 21 e 23 de Maio, terça e quinta-feira, no sentido Barreiro-Lisboa vão ser suprimidas as ligações das 00h30 01h30 e 05h20. No sentido contrário, Lisboa-Barreiro 00h00, 01h00, 02h00 e 05h50.
Agência de Notícias com Lusa
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