Quercus diz que Microlime pode ser uma das indústrias poluidoras
“Ainda sem solução, o grave problema de poluição ambiental e da má qualidade do ar que Paio Pires enfrenta arrasta-se sem uma verdadeira acção por parte das autoridades com competências e responsabilidades no âmbito da fiscalização ambiental”, defendeu.
Na nota enviada, a Quercus também considerou “estranho” o facto de a licença ambiental da Microlime ter terminado em 15 de Abril de 2018 e ter sido “prorrogada sem imposição de qualquer limite”.
“É imprescindível e urgente uma rápida averiguação do efectivo cumprimento dos parâmetros estipulados nas diversas licenças ambientais emitidas para o parque empresarial em causa. É a saúde das populações vizinhas que está em causa e que exige medidas e respostas urgentes”, frisou.
A agência Lusa tentou contactar a Microlime, mas até ao momento não foi possível obter declarações.
Este mês foi apresentado o estudo que a Câmara do Seixal encomendou ao Centro de Ciências e Tecnologias Nucleares do Instituto Superior Técnico, que revelou que o pó depositado nas varandas e nos automóveis em Paio Pires não constitui um problema para a saúde, contudo, ainda não foram analisadas as partículas mais pequenas e potencialmente perigosas.
As queixas da existência de um pó preto sobre as ruas de Paio Pires já remontam a 2014, o que se ampliou no início deste ano, quando os carros e edifícios também começaram a ficar cobertos de uma substância branca, tendo sido ultrapassado durante 13 dias em Janeiro o valor-limite de partículas inaláveis, segundo a associação Zero. O Ministério Público avançou com uma investigação.
Perante esta situação, o grupo cívico Os Contaminados decidiu, no passado mês de Março, colocar uma acção em tribunal contra o Estado para “fazer respeitar as normas ambientais”.
Há pelo menos uma acção contra a Siderurgia Nacional, que foi admitida em Fevereiro pelo Tribunal de Almada e apresentada pela Associação Terra da Morte Lenta. O grupo pede a suspensão imediata da actividade da Siderurgia Nacional e uma indemnização de 500 milhões de euros.
A Quercus informou que a empresa de cal Microlime pode ser uma das indústrias que tem contribuído para os “sucessivos episódios” de poluição na Aldeia de Paio Pires, no Seixal, exigindo uma inspeção às instalações. Até aqui as atenções recaiam sobretudo sobre a Siderurgia Nacional, contudo, a associação avançou, em comunicado, que a Microlime também pode ser “uma das principais indústrias poluidoras locais”. Por este motivo, a Quercus exigiu uma “rápida fiscalização ambiental” ao Parque Empresarial Siderparque, por parte da Inspecção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território e da Agência Portuguesa do Ambiente, com o objectivo de verificar o cumprimento dos parâmetros nas três empresas que lá se situam (Microlime, Siderurgia Nacional e Ecometais).
Quercus pede inspeção a fabrica de cal |
Na nota enviada, a Quercus também considerou “estranho” o facto de a licença ambiental da Microlime ter terminado em 15 de Abril de 2018 e ter sido “prorrogada sem imposição de qualquer limite”.
“É imprescindível e urgente uma rápida averiguação do efectivo cumprimento dos parâmetros estipulados nas diversas licenças ambientais emitidas para o parque empresarial em causa. É a saúde das populações vizinhas que está em causa e que exige medidas e respostas urgentes”, frisou.
A agência Lusa tentou contactar a Microlime, mas até ao momento não foi possível obter declarações.
Este mês foi apresentado o estudo que a Câmara do Seixal encomendou ao Centro de Ciências e Tecnologias Nucleares do Instituto Superior Técnico, que revelou que o pó depositado nas varandas e nos automóveis em Paio Pires não constitui um problema para a saúde, contudo, ainda não foram analisadas as partículas mais pequenas e potencialmente perigosas.
As queixas da existência de um pó preto sobre as ruas de Paio Pires já remontam a 2014, o que se ampliou no início deste ano, quando os carros e edifícios também começaram a ficar cobertos de uma substância branca, tendo sido ultrapassado durante 13 dias em Janeiro o valor-limite de partículas inaláveis, segundo a associação Zero. O Ministério Público avançou com uma investigação.
Perante esta situação, o grupo cívico Os Contaminados decidiu, no passado mês de Março, colocar uma acção em tribunal contra o Estado para “fazer respeitar as normas ambientais”.
Há pelo menos uma acção contra a Siderurgia Nacional, que foi admitida em Fevereiro pelo Tribunal de Almada e apresentada pela Associação Terra da Morte Lenta. O grupo pede a suspensão imediata da actividade da Siderurgia Nacional e uma indemnização de 500 milhões de euros.
Agência de Notícias com Lusa
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