ANA quer criação de novas salinas que possam acolher aves
Um estudo da Agência Portuguesa do Ambiente calcula que 246,4 hectares de áreas de refúgio das aves serão perturbadas com a chegada do aeroporto, teme-se o abandono da avifauna da zona. A meta é compensar com, pelo menos, 370 hectares de novas áreas de refúgio.
Segundo a rádio TSF, as salinas deverão ser ecologicamente idênticas às áreas afetadas, ter zonas de alimentação e devem ficar longe das rotas aéreas. A Santa Casa da Misericórdia de Alcochete e pelo menos duas entidades privadas já demonstraram estar disponíveis para discutir a venda ou aluguer das salinas de que são proprietárias.
O ministro do Ambiente considerou esta quarta-feira "absolutamente normal" a proposta da ANA - Aeroportos de Portugal de "tomar conta" de salinas degradadas para compensar a avifauna que pode ser prejudicada pela construção do Aeroporto do Montijo. "É uma proposta absolutamente normal, do próprio promotor [da obra do aeroporto] e que consta do estudo [de impacto ambiental - EIA]", afirmou João Pedro Matos Fernandes aos jornalistas no Porto.
O ministro notou que "consta do Estudo de Impacto Ambiental" a possibilidade de a ANA "tomar conta de um conjunto de salinas que estão degradadas e que podem ser um novo habitat para a avifauna" da zona para onde se prevê a construção do aeroporto, numa iniciativa também seguida aquando da construção da ponte Vasco da Gama ou da variante à EN 10. "Isto já aconteceu em dois momentos.
Impacte "muito significativo" para uma espécie de ave
Quanto ao aeroporto do Montijo, o ministro notou que "a avaliação de impacto ambiental está a correr dentro da comissão de avaliação e está neste momento em discussão pública". "Portanto, esta [a criação de novas salinas que possam acolher aves] é uma decisão técnica que vai ser tomada sobre o aeroporto", disse.
O ministro notou que "os impactos ambientais de uma obra ou são insuportáveis ou minimizáveis e compensáveis" e, no caso de impactos sobre a avifauna, "é desejável que seja compensável".
A autoridade dos aeroportos ANA - Aeroportos de Portugal quer alugar ou comprar salinas para compensar as aves afetadas pelo aeroporto do Montijo, cujo estudo de impacto ambiental está em consulta pública. De acordo com a TSF , a carta enviada pela ANA aos proprietários das salinas diz que "perante as conclusões do estudo do impacto ambiental do aeroporto do Montijo é preciso realizar medidas de compensação para travar os impactos significativos para as aves do estuário". Os contactos com vários proprietários de "salinas foram feitos em Julho, depois dos pedidos de esclarecimento da Agência Portuguesa do Ambiente, enviados no início de Junho, em resposta à primeira versão do estudo de impacto ambiental e pouco antes da entrega da sua versão final", referiu a rádio. A criação de novas salinas que possam acolher aves está assim "em avaliação".
Aves ameaçadas com novo aeroporto |
Segundo a rádio TSF, as salinas deverão ser ecologicamente idênticas às áreas afetadas, ter zonas de alimentação e devem ficar longe das rotas aéreas. A Santa Casa da Misericórdia de Alcochete e pelo menos duas entidades privadas já demonstraram estar disponíveis para discutir a venda ou aluguer das salinas de que são proprietárias.
O ministro do Ambiente considerou esta quarta-feira "absolutamente normal" a proposta da ANA - Aeroportos de Portugal de "tomar conta" de salinas degradadas para compensar a avifauna que pode ser prejudicada pela construção do Aeroporto do Montijo. "É uma proposta absolutamente normal, do próprio promotor [da obra do aeroporto] e que consta do estudo [de impacto ambiental - EIA]", afirmou João Pedro Matos Fernandes aos jornalistas no Porto.
O ministro notou que "consta do Estudo de Impacto Ambiental" a possibilidade de a ANA "tomar conta de um conjunto de salinas que estão degradadas e que podem ser um novo habitat para a avifauna" da zona para onde se prevê a construção do aeroporto, numa iniciativa também seguida aquando da construção da ponte Vasco da Gama ou da variante à EN 10. "Isto já aconteceu em dois momentos.
Com a construção da ponte Vasco Gama, as salinas de Samouco foram área de compensação. Também quando foi feita a variante à EN10, em que é mordida numa curva do concelho de Loures uma parte estuário do Tejo, as salinas de Alverca foram usadas como espaço de compensação para avifauna", disse Matos Fernandes.
Impacte "muito significativo" para uma espécie de ave
Quanto ao aeroporto do Montijo, o ministro notou que "a avaliação de impacto ambiental está a correr dentro da comissão de avaliação e está neste momento em discussão pública". "Portanto, esta [a criação de novas salinas que possam acolher aves] é uma decisão técnica que vai ser tomada sobre o aeroporto", disse.
O ministro notou que "os impactos ambientais de uma obra ou são insuportáveis ou minimizáveis e compensáveis" e, no caso de impactos sobre a avifauna, "é desejável que seja compensável".
O Estudo de Impacto Ambiental do futuro aeroporto do Montijo, que entrou em consulta pública no fim de Julho, aponta diversas ameaças para a avifauna e efeitos negativos sobre a saúde da população por causa do ruído.
Do conjunto da documentação disponibilizada no 'site' da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) consta um aditamento entregue este mês em que se reconhece um impacte "muito significativo" para uma espécie de ave (fuselo - 'Limosa lapponica'), "moderadamente significativo" para nove espécies e "pouco significativo" para 18 outras.
Contudo, do ponto de vista do impacto global previsto para a avifauna, os responsáveis pelo documento consideram que "é, em geral, pouco significativo a moderado para a comunidade estudada, e não 'muito significativo', como mencionado no Parecer ao Estudo de Impacto Ambiental".
A caracterização efetuada para a fauna permitiu elencar 260 espécies para a área abrangida pelo estudo. Das espécies identificadas, 45 aves apresentam estatuto de proteção.
Do conjunto da documentação disponibilizada no 'site' da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) consta um aditamento entregue este mês em que se reconhece um impacte "muito significativo" para uma espécie de ave (fuselo - 'Limosa lapponica'), "moderadamente significativo" para nove espécies e "pouco significativo" para 18 outras.
Contudo, do ponto de vista do impacto global previsto para a avifauna, os responsáveis pelo documento consideram que "é, em geral, pouco significativo a moderado para a comunidade estudada, e não 'muito significativo', como mencionado no Parecer ao Estudo de Impacto Ambiental".
A caracterização efetuada para a fauna permitiu elencar 260 espécies para a área abrangida pelo estudo. Das espécies identificadas, 45 aves apresentam estatuto de proteção.
Comentários
Enviar um comentário