Hospital de Setúbal recusou doentes durante várias horas

Lotação esgotada da urgência obrigou a desviar doentes para o Barreiro, Montijo e Almada

A sobrelotação do serviço de Urgência do Hospital de São Bernardo, unidade do Centro Hospitalar de Setúbal, levou este domingo a que vários doentes em situação de emergência, transportados em ambulâncias, fossem encaminhados para outras unidade hospitalares do Barreiro, Montijo ou Almada. A indicação do Centro de Orientação de Doentes Urgentes chegou aos bombeiros durante a manhã deste domingo, dando conta de "constrangimentos" na Urgência Geral - para adultos - do Hospital de São Bernardo, em Setúbal. Urgências de Hospital de Setúbal estiveram sobrelotadas. Medida durou das 12 horas de domingo até às 16h30. Bombeiros falam em constrangimentos ao longo de toda a semana, no hospital que recebe os doentes dos concelhos de Setúbal, Palmela e Sesimbra.  
Rotura nas urgências este domingo em Setúbal 


O serviço de urgência do Hospital de São Bernardo, em Setúbal, esteve na tarde deste domingo sem receber ambulâncias, por não conseguir dar resposta à afluência de doentes à urgência.
A informação foi confirmada ao Jornal de Notícias por uma fonte oficial do Centro Hospitalar de Setúbal, que classificou a situação como um “constrangimento pontual”.
Ao que este jornal e a SIC apuraram, a medida foi comunicada aos bombeiros pelo CDOS ao meio-dia e previa-se que durasse até às oito da manhã desta segunda-feira. Contudo, a partir do meio da tarde, “o serviço voltou a funcionar normalmente”. 
Apesar de fonte oficial do hospital ter assegurado "que, a partir das 16h30, a Urgência já se encontrava a "funcionar normalmente", 45 minutos depois, uma emergência na localidade de Praias do Sado, a 15 minutos do São Bernardo, obrigava ainda os bombeiros de Palmela a transportar um doente urgente para o Hospital Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro, a mais de meia hora do local. 
A informação foi avançada pelo Correio da Manhã que falou com Eduardo Martins, comandante daquela corporação de bombeiros, dando nota de que a "última semana tem sido bastante castigadora", sublinhando que "durante alguns períodos, o socorro esteve em causa por falta de ambulâncias e operacionais", retidos até quatro horas na unidade, por falta de macas para transferir os doentes da viatura para o interior do Hospital de São Bernardo.
O comandante dos bombeiros de Palmela diz que “tem sido hábito” as ambulâncias ficarem retidas no Hospital de São Bernardo e Rui Laranjeira, comandante dos Bombeiros de Águas de Moura, afirma que os serviços têm demorado “duas a três horas” em vez de uma hora, “porque as ambulâncias simplesmente não podem sair do hospital sem as macas que levam os doentes”.
O hospital de São Bernardo é o hospital de referência das populações dos concelhos de Setúbal, Palmela e Sesimbra.

Agência de Notícias 
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