Bastonário pede explicação rápida sobre questão da convenção da clínica
O Secretário de Estado da Saúde admitiu que é necessário reforçar a fiscalização das clínicas e unidades de saúde privadas. Em causa estão suspeitas levantadas pelo presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.
Luís Pisco afirmou que há indícios de irregularidades na clínica que realizou ecografias à mãe do bebé que nasceu com malformações graves em Setúbal. O presidente da ARS de Lisboa e Vale do Tejo revelou que a clínica aceitou uma credencial passada pelo Serviço Nacional de Saúde, apesar de não ter qualquer protocolo com o Estado.
"Essa entidade não tem qualquer convenção com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo. O que é certo é que a pessoa fez lá e não pagou, o que indicia que há alguma irregularidade nesta situação, que é o que está a ser investigado neste momento. Já tínhamos aberto um inquérito e, com muita brevidade, obviamente que daremos os resultados desse inquérito", explicou Luís Pisco.
Confrontado com estes indícios de irregularidades, o secretário de Estado da Saúde afirmou que o Governo pediu celeridade no inquérito da ARS de Lisboa e Vale do Tejo e reconheceu que é necessário reforçar a área da fiscalização, não só das convenções. António Sales admitiu que para isso é necessário dotar de mais meios a entidade reguladora da saúde.
A ARS tem um inquérito em curso desde que surgiram as primeiras notícias sobre o caso do bebé Rodrigo, sabendo-se que a mãe tinha sido acompanhada num centro de saúde e que faria as ecografias numa clínica ao abrigo de supostas convenções com o Estado.
Ordem dos Médicos quer respostas rápidas
O bastonário dos Médicos manifestou-se surpreendido com a informação de que a clínica que seguiu a mãe do bebé que nasceu com malformações graves não tinha convenção com o Estado apesar de realizar exames de pessoas encaminhadas pelos serviços públicos, nomeadamente a mulher grávida do bebé que nasceu com malformações graves em Setúbal.
Miguel Guimarães voltou a alertar para a importância de fiscalizar as convenções e as unidades privadas que têm convenções com o SNS: “Coloca-se aqui a questão do que é feito da fiscalização e do controlo que deve existir nas situações em que existem contratos [com o Estado]”.
“A situação está a ser investigada. Espero que os resultados sejam conhecidos muito rapidamente. Não podemos ficar com dúvidas sobre o controlo da qualidade que tem de ser feito pela Entidade Reguladora da Saúde ou as Administrações Regionais de Saúde (...) se existirem clínicas que, à margem de potenciais convenções que existam com clínicas maiores, as pessoas estejam lá a fazer os exames sem o Estado saber”, afirmou Miguel Guimarães.
O bastonário voltou a considerar inaceitável o tempo excessivo que o conselho disciplinar do Sul demorou a analisar os processos do obstetra Artur Carvalho e entende que é necessário priorizar os processos relativos a queixas mais graves.
Miguel Guimarães disse não ter tido ainda “uma explicação cabal” da parte do conselho disciplinar do Sul sobre os processos pendentes em relação ao obstetra que não identificou as malformações graves no bebé que nasceu em Setúbal.
“É demasiado tempo a analisar processos”, vincou o bastonário, sublinhado que “é inaceitável ter tantos processos há tanto tempo sem ter tido uma conclusão”.
O bastonário afirma que o conselho disciplinar do Sul necessita de um plano de recuperação dos processos que tem pendentes, cerca de 1500, e que deve fazer um trabalho para priorizar as queixas potencialmente mais graves.
O conselho disciplinar da região Sul da Ordem dos Médicos, que tem autonomia em relação ao bastonário, tem sete processos pendentes em análise em relação ao obstetra Artur Carvalho, alguns desde 2013.
O presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo afirmou, esta terça-feira, que há indícios de irregularidades na clínica que realizou ecografias à mãe do bebé que nasceu com malformações graves em Setúbal. Luís Pisco disse a jornalistas que a clínica Ecosado não tinha nem tem qualquer convenção com a Administração Regional de Saúde ou com o SNS mas que aceitava credenciais de exames de utentes encaminhados pelos serviços públicos. Foi este pelo menos o caso da mãe do bebé Rodrigo, que realizou ecografias na clínica, com o médico Artur Carvalho, através de credenciais passadas pelo SNS. O Bastonário pede explicação rápida sobre questão da convenção da clínica de Setúbal.
ARS investiga irregularidades da clínica de Setúbal |
O Secretário de Estado da Saúde admitiu que é necessário reforçar a fiscalização das clínicas e unidades de saúde privadas. Em causa estão suspeitas levantadas pelo presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.
Luís Pisco afirmou que há indícios de irregularidades na clínica que realizou ecografias à mãe do bebé que nasceu com malformações graves em Setúbal. O presidente da ARS de Lisboa e Vale do Tejo revelou que a clínica aceitou uma credencial passada pelo Serviço Nacional de Saúde, apesar de não ter qualquer protocolo com o Estado.
"Essa entidade não tem qualquer convenção com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo. O que é certo é que a pessoa fez lá e não pagou, o que indicia que há alguma irregularidade nesta situação, que é o que está a ser investigado neste momento. Já tínhamos aberto um inquérito e, com muita brevidade, obviamente que daremos os resultados desse inquérito", explicou Luís Pisco.
Confrontado com estes indícios de irregularidades, o secretário de Estado da Saúde afirmou que o Governo pediu celeridade no inquérito da ARS de Lisboa e Vale do Tejo e reconheceu que é necessário reforçar a área da fiscalização, não só das convenções. António Sales admitiu que para isso é necessário dotar de mais meios a entidade reguladora da saúde.
Ordem dos Médicos quer respostas rápidas
O bastonário dos Médicos manifestou-se surpreendido com a informação de que a clínica que seguiu a mãe do bebé que nasceu com malformações graves não tinha convenção com o Estado apesar de realizar exames de pessoas encaminhadas pelos serviços públicos, nomeadamente a mulher grávida do bebé que nasceu com malformações graves em Setúbal.
Miguel Guimarães voltou a alertar para a importância de fiscalizar as convenções e as unidades privadas que têm convenções com o SNS: “Coloca-se aqui a questão do que é feito da fiscalização e do controlo que deve existir nas situações em que existem contratos [com o Estado]”.
“A situação está a ser investigada. Espero que os resultados sejam conhecidos muito rapidamente. Não podemos ficar com dúvidas sobre o controlo da qualidade que tem de ser feito pela Entidade Reguladora da Saúde ou as Administrações Regionais de Saúde (...) se existirem clínicas que, à margem de potenciais convenções que existam com clínicas maiores, as pessoas estejam lá a fazer os exames sem o Estado saber”, afirmou Miguel Guimarães.
O bastonário voltou a considerar inaceitável o tempo excessivo que o conselho disciplinar do Sul demorou a analisar os processos do obstetra Artur Carvalho e entende que é necessário priorizar os processos relativos a queixas mais graves.
Miguel Guimarães disse não ter tido ainda “uma explicação cabal” da parte do conselho disciplinar do Sul sobre os processos pendentes em relação ao obstetra que não identificou as malformações graves no bebé que nasceu em Setúbal.
“É demasiado tempo a analisar processos”, vincou o bastonário, sublinhado que “é inaceitável ter tantos processos há tanto tempo sem ter tido uma conclusão”.
O bastonário afirma que o conselho disciplinar do Sul necessita de um plano de recuperação dos processos que tem pendentes, cerca de 1500, e que deve fazer um trabalho para priorizar as queixas potencialmente mais graves.
O conselho disciplinar da região Sul da Ordem dos Médicos, que tem autonomia em relação ao bastonário, tem sete processos pendentes em análise em relação ao obstetra Artur Carvalho, alguns desde 2013.
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