Elisabete Jacinto e Telma Monteiro foram ao Palácio de Belém falar de motivação
Elisabete Jacinto e Telma Monteiro estiveram à conversa com alunos do ensino básico e secundário, numa iniciativa promovida pela Presidência da República, no Palácio de Belém. Telma Monteiro, de Almada, destacou a importância da medalha de bronze conquistada nos Jogos Olímpicos de 2016 e anunciou a "retirada" nos Jogos de Tóquio, no Japão, no próximo ano. A piloto do Montijo, Elisabete Jacinto, recordou as primeiras participações no rali Dakar. A Piloto portuguesa ponderou o fim da carreira após vencer o África Eco Race2019, mas foi ao Palácio de Belém afirmar que conta regressar às corridas africanas já em Abril do próximo ano.
Piloto do Montijo esteve com Marcelo |
"Tenho tentado criar condições para voltar, mas, este ano, não se conseguiu concretizar. Estou convencida que para o ano há essa possibilidade. A África Race, em Janeiro, é a maior prova, mas está provado que não vou conseguir. Depois há outra em Abril e é para essa que me estou a preparar", avançou, à margem da iniciativa Desportistas no Palácio de Belém, promovida pela Presidência da República.
Depois de ter sido submetida a uma cirurgia ao ombro e "ter ficado parada para recuperar", Elisabete Jacinto confessou a Marcelo Rebelo de Sousa, que sonha "voltar ao Dakar com um camião". A piloto portuguesa recorreu às primeiras experiências na mítica corrida em África de moto, em 1998, 1999, 2000 e 2001, que "correram mal", para passar uma mensagem motivacional aos mais de 70 alunos oriundos da Escola Secundária D. Maria II, de Vila Nova da Barquinha, Colégio Nossa Senhora da Conceição, de Guimarães, e Escola Básica e Secundária da Ponta do Sol, na Madeira, que marcaram presença no Palácio de Belém.
"Somos muito mais fortes do que aquilo que pensamos", defendeu, aludindo às muitas quedas sofridas no Rali Dakar e aos mais variados incidentes, como o sucedido em 2001, quando o seu carro de assistência pisou uma mina na fronteira entre Marrocos e a Mauritânia e foram todos evacuados para o hospital. "Foi muito duro, mexeu muito comigo, parti-me toda, mas acabei a prova e realizei o meu sonho de terminar o Dakar de moto", recordou, defendendo ainda que "todos os sonhos se realizam, desde que se queira muito e os objetivos sejam muito fortes", revelou a piloto, oferecendo a fórmula do sucesso aos jovens estudantes: "Começar a sonhar grandioso, de forma ambiciosa, e depois transformar esse sonho num objetivo".
"O meu maior mérito é deixar o exemplo de que podemos fazer tudo o que quisermos, com inteligência, racionalidade e trabalho. Essa é a minha mensagem, também na luta pela igualdade de género", finalizou a antiga professora de geografia, caracterizada por Marcelo Rebelo de Sousa como "uma campeã".
E pode dizer-se que a piloto fez as pazes com o Presidente da República, de quem tinha alguma queixas. Em Janeiro, após vencer o o África Eco Race2019, a piloto lamentou não ter sido saudada por Marcelo Rebelo de Sousa: "O presidente Marcelo não me deu os parabéns e já vem tarde". Depois disso o Presidente convidou-a para almoçar e agora incluiu-a no programa Desportista no Palácio de Belém, uma iniciativa que já levou ao Palácio de Belém desportistas como Rosa Mota, Jorge Fonseca, João Sousa, Frederico Morais, Patrícia Mamona e Telma Monteiro, por exemplo.
"Tem outra qualidade importantíssima que é consistência. Não é só a resistência física e psíquica, é a capacidade de ao longo de muito tempo fazer, em média, resultados excecionais. O mais difícil, que são os Jogos Olímpicos, demorou mais tempo. E estamos em vésperas de novos Jogos Olímpicos e cá está ela a pensar: ‘como é vou fazer culminar quatro anos, desde o Brasil até ao Japão, para conseguir o melhor que é a medalha de ouro?’", disse o Presidente da República, elogiando ainda ambição, a disciplina e a humildade de Telma Monteiro.
Marcelo Rebelo de Sousa destacou a importância que os desportistas têm não só para a suas área de atuação, mas também para a sociedade no geral. "No outro dia disse a propósito de outra atleta [Rosa Mota], e ficou tudo muito chocado em Portugal, porque acham que os governos, primeiros ministros e presidentes são necessariamente mais importantes e fundamentais, e não são. Uma atleta como a Telma, por exemplo, consegue aquilo que muitos chefes de estado não conseguem, que é estar permanentemente entre os melhores do mundo. Por isso, temos de ter admiração pelo seu exemplo", referiu ainda durante a iniciativa Desportistas no Palácio de Belém.
A judoca de Almada, que deverá estar presente nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020, não prometeu medalhas, mas deixou uma garantia. "Trabalhar é algo que está inerente àquilo que sou, tal como dedicação e acreditar. Vou lutar sempre até ao fim para ganhar o máximo de medalhas.(...) O foco, para já, é apurar-me entre as oito primeiras para ser cabeça de série e saber quem vou encontrar no dia da competição. A partir daí, é preparar-me da melhor maneira. E quando me preparo para uma competição não é para perder, por isso todas as medalhas têm de fazer parte do meu pensamento", sublinhou a atleta do Benfica.
Depois de ter sido submetida a uma cirurgia ao ombro e "ter ficado parada para recuperar", Elisabete Jacinto confessou a Marcelo Rebelo de Sousa, que sonha "voltar ao Dakar com um camião". A piloto portuguesa recorreu às primeiras experiências na mítica corrida em África de moto, em 1998, 1999, 2000 e 2001, que "correram mal", para passar uma mensagem motivacional aos mais de 70 alunos oriundos da Escola Secundária D. Maria II, de Vila Nova da Barquinha, Colégio Nossa Senhora da Conceição, de Guimarães, e Escola Básica e Secundária da Ponta do Sol, na Madeira, que marcaram presença no Palácio de Belém.
"Somos muito mais fortes do que aquilo que pensamos", defendeu, aludindo às muitas quedas sofridas no Rali Dakar e aos mais variados incidentes, como o sucedido em 2001, quando o seu carro de assistência pisou uma mina na fronteira entre Marrocos e a Mauritânia e foram todos evacuados para o hospital. "Foi muito duro, mexeu muito comigo, parti-me toda, mas acabei a prova e realizei o meu sonho de terminar o Dakar de moto", recordou, defendendo ainda que "todos os sonhos se realizam, desde que se queira muito e os objetivos sejam muito fortes", revelou a piloto, oferecendo a fórmula do sucesso aos jovens estudantes: "Começar a sonhar grandioso, de forma ambiciosa, e depois transformar esse sonho num objetivo".
"O meu maior mérito é deixar o exemplo de que podemos fazer tudo o que quisermos, com inteligência, racionalidade e trabalho. Essa é a minha mensagem, também na luta pela igualdade de género", finalizou a antiga professora de geografia, caracterizada por Marcelo Rebelo de Sousa como "uma campeã".
E pode dizer-se que a piloto fez as pazes com o Presidente da República, de quem tinha alguma queixas. Em Janeiro, após vencer o o África Eco Race2019, a piloto lamentou não ter sido saudada por Marcelo Rebelo de Sousa: "O presidente Marcelo não me deu os parabéns e já vem tarde". Depois disso o Presidente convidou-a para almoçar e agora incluiu-a no programa Desportista no Palácio de Belém, uma iniciativa que já levou ao Palácio de Belém desportistas como Rosa Mota, Jorge Fonseca, João Sousa, Frederico Morais, Patrícia Mamona e Telma Monteiro, por exemplo.
Telma promete lutar pelo Ouro nos seus últimos Jogos Olímpicos
Marcelo Rebelou de Sousa recebeu esta terça-feira no Palácio de Belém Telma Monteiro e elogiou a judoca pelos feitos alcançados ao longo da carreira.Marcelo também recebeu a judoca de Almada |
"Tem outra qualidade importantíssima que é consistência. Não é só a resistência física e psíquica, é a capacidade de ao longo de muito tempo fazer, em média, resultados excecionais. O mais difícil, que são os Jogos Olímpicos, demorou mais tempo. E estamos em vésperas de novos Jogos Olímpicos e cá está ela a pensar: ‘como é vou fazer culminar quatro anos, desde o Brasil até ao Japão, para conseguir o melhor que é a medalha de ouro?’", disse o Presidente da República, elogiando ainda ambição, a disciplina e a humildade de Telma Monteiro.
Marcelo Rebelo de Sousa destacou a importância que os desportistas têm não só para a suas área de atuação, mas também para a sociedade no geral. "No outro dia disse a propósito de outra atleta [Rosa Mota], e ficou tudo muito chocado em Portugal, porque acham que os governos, primeiros ministros e presidentes são necessariamente mais importantes e fundamentais, e não são. Uma atleta como a Telma, por exemplo, consegue aquilo que muitos chefes de estado não conseguem, que é estar permanentemente entre os melhores do mundo. Por isso, temos de ter admiração pelo seu exemplo", referiu ainda durante a iniciativa Desportistas no Palácio de Belém.
A judoca de Almada, que deverá estar presente nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020, não prometeu medalhas, mas deixou uma garantia. "Trabalhar é algo que está inerente àquilo que sou, tal como dedicação e acreditar. Vou lutar sempre até ao fim para ganhar o máximo de medalhas.(...) O foco, para já, é apurar-me entre as oito primeiras para ser cabeça de série e saber quem vou encontrar no dia da competição. A partir daí, é preparar-me da melhor maneira. E quando me preparo para uma competição não é para perder, por isso todas as medalhas têm de fazer parte do meu pensamento", sublinhou a atleta do Benfica.
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