Sem disciplinas, nem toques ou TPC. Escolas da Boa Água reduziram chumbos e não têm indisciplina
O projecto-piloto “EduLabs” transformou a forma de ensinar nas escolas do Agrupamento da Boa Água, na Quinta do Conde, em Sesimbra, acabando com as disciplinas, com os trabalhos de casa e até com os toques. E os resultados são positivos. Este Agrupamento de Escolas é um dos que integra o projecto-piloto de inovação pedagógica que foi lançado pelo Ministério da Educação e que, neste ano lectivo de 2019/2020, envolve mais de 70 escolas. Estas escolas têm autonomia para tomarem decisões, em termos de currículo e da forma como se ensina, com o intuito de reduzir os chumbos e o abandono escolar.
Há aulas diferentes na Boa Água, em Quinta do Conde |
No Agrupamento da Boa Água, numa das freguesias mais populosas do concelho, Quinta do Conde, o projecto “EduLabs” começou mais cedo, com a imposição de várias mudanças que surtiram os resultados desejados.
“Não temos português, matemática, inglês. Temos trabalho individualizado, projecto, tutoria”, explica o director do Agrupamento, Nuno Manta, à Rádio Renascença. “Não faz sentido dividir em disciplinas, porque a vida não tem essa divisão e, além disso, o que queremos é que eles se concentrem naquilo que estão a fazer“, explica.
“Temos aulas de 100 minutos e não é preciso toques. Os alunos têm um plano individual que tem de ser cumprido”, revela ainda Nuno Manta.
Os alunos desta escola “trabalham em grupos interactivos, têm tertúlias para trabalhar a literacia da língua e outros projectos que chegam a incluir os encarregados de educação”, esclarece a Renascença.
O projecto durou três anos e conseguiu passar os chumbos de 10,9 por cento para apenas dois por cento no terceiro ciclo. Uma das novidades, neste âmbito, foi o facto de se ter permitido aos alunos retidos por várias vezes que repetissem apenas as disciplinas onde não tiveram aproveitamento e não o ano lectivo completo.
“Não temos português, matemática, inglês. Temos trabalho individualizado, projecto, tutoria”, explica o director do Agrupamento, Nuno Manta, à Rádio Renascença. “Não faz sentido dividir em disciplinas, porque a vida não tem essa divisão e, além disso, o que queremos é que eles se concentrem naquilo que estão a fazer“, explica.
“Temos aulas de 100 minutos e não é preciso toques. Os alunos têm um plano individual que tem de ser cumprido”, revela ainda Nuno Manta.
Os alunos desta escola “trabalham em grupos interactivos, têm tertúlias para trabalhar a literacia da língua e outros projectos que chegam a incluir os encarregados de educação”, esclarece a Renascença.
O projecto durou três anos e conseguiu passar os chumbos de 10,9 por cento para apenas dois por cento no terceiro ciclo. Uma das novidades, neste âmbito, foi o facto de se ter permitido aos alunos retidos por várias vezes que repetissem apenas as disciplinas onde não tiveram aproveitamento e não o ano lectivo completo.
“Quando os alunos estão interessados e envolvidos a trabalhar na sala de aula aprendem mais”, analisa Nuno Manta, frisando que os bons resultados também se reflectiram nos exames nacionais.
“As turmas piloto dos ‘EduLabs’ que chegaram ao 9.º ano tiveram melhores resultados,acima da média nacional, foi a primeira vez que aconteceu”, aponta o director do Agrupamento.
“Segredo é manter alunos com interesse em aprender”.
Os bons resultados do projecto-piloto de inovação pedagógica são abrangentes e não apenas caso único do Agrupamento de Sesimbra, verificando-se nas seis escolas do país que implementaram a medida até ao final do ano lectivo passado. Todas estas escolas que tinham taxas de retenção e de abandono escolar elevadas conseguiram reduzir os chumbos em todos os ciclos de ensino básico.
“Em todos os anos dos três ciclos do ensino básico, as taxas de retenção diminuíram. Mas, no segundo ciclo, houve uma evolução fantástica, há um agrupamento que passa dos 10,3 para os zero por cento de retenção", salienta a professora Estela Costa, do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, que coordenou o estudo que avaliou o projecto.
“Não é facilitismo, é resultado de um trabalho diferente”, considera a professora, notando que “o segredo é manter os alunos na escola com interesse em aprender”.
“As turmas piloto dos ‘EduLabs’ que chegaram ao 9.º ano tiveram melhores resultados,acima da média nacional, foi a primeira vez que aconteceu”, aponta o director do Agrupamento.
“Segredo é manter alunos com interesse em aprender”.
Os bons resultados do projecto-piloto de inovação pedagógica são abrangentes e não apenas caso único do Agrupamento de Sesimbra, verificando-se nas seis escolas do país que implementaram a medida até ao final do ano lectivo passado. Todas estas escolas que tinham taxas de retenção e de abandono escolar elevadas conseguiram reduzir os chumbos em todos os ciclos de ensino básico.
“Em todos os anos dos três ciclos do ensino básico, as taxas de retenção diminuíram. Mas, no segundo ciclo, houve uma evolução fantástica, há um agrupamento que passa dos 10,3 para os zero por cento de retenção", salienta a professora Estela Costa, do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, que coordenou o estudo que avaliou o projecto.
“Não é facilitismo, é resultado de um trabalho diferente”, considera a professora, notando que “o segredo é manter os alunos na escola com interesse em aprender”.
Agência de Notícias
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