Secundária João de Barros, em Corroios, com aulas em contentores há 10 anos
A Câmara Municipal do Seixal aprovou, em reunião de câmara, uma tomada de posição pela conclusão urgente das obras da Escola Secundária João de Barros. As obras de modernização desta escola começaram em Outubro de 2010 e ainda estão por concluir.
A Câmara do Seixal voltou a exigir em reunião pública, a "conclusão urgente" das obras na Escola Secundária João de Barros, no concelho, que já duram há 10 anos e têm condicionado os alunos a aulas em contentores. Em comunicado, o município explicou que a escola, que se situa em Corroios, começou a ser intervencionada em Outubro de 2010, prevendo-se a conclusão da empreitada no prazo de um ano e meio, no entanto, em 2011 parou pela primeira vez e, desde aí, os trabalhos têm sido "interrompidos e os prazos sucessivamente adiados, sem um fim à vista". A Associação de Pais lembra que são 1500 pessoas, que coabitam diariamente com "esta indigência e indignidade funcional", que classifica de "terceiro-mundista".
Todos reclamam o fim da obras |
"É inquestionável a necessidade de modernização de uma escola instalada na freguesia de Corroios desde 1986, mas é igualmente inquestionável a necessidade de resolução de um problema que se arrasta há nove anos e que penaliza cerca de 1200 alunos, docentes e funcionários de forma injusta, sem que se vislumbre uma solução que conclua um processo iniciado em 2010", disse o presidente da Câmara do Seixal, Joaquim Santos.
O autarca acrescentou ainda que "apesar de as obras serem há muito reivindicadas pelas autarquias e pela comunidade educativa, não existe nenhum desenvolvimento, nem uma perspetiva de plano excecional de calendarização de intervenções por parte do Ministério de Educação, tendo em conta a urgência da situação existente".
As obras de requalificação da Escola Secundária João de Barros, intervenção da responsabilidade do Parque Escolar, encontram-se suspensas desde Abril de 2019, data em que a obra foi novamente interrompida, não existindo qualquer informação concreta sobre a previsão do reinício dos trabalhos.
Devido a este impasse, os alunos continuam a ter aulas em contentores, num espaço escolar “reduzido a um terço para as cerca de 1.500 pessoas que ali estão diariamente”, além de que têm de se deslocar para o exterior da instituição para terem aulas de Educação Física.
Alunos, país e professores unidos na luta
Já no inicio deste mês, mais de 600 pessoas, entre pais, alunos e professores, exigiram, a conclusão das obras e alertaram para a presença de amianto e para a falta de funcionários. “Estamos a fazer uma manifestação para que o Governo nos ouça”, disse à agência Lusa o presidente da Associação de Pais da Escola João de Barros, José Lourenço, referindo que o novo concurso lançado para a obra de requalificação “não teve concorrentes”.
Na visão de José Lourenço, esta foi uma “manobra dilatória” do Governo, para resolver o problema que já dura há 10 anos e que se acentuou em Abril, quando o empreiteiro responsável suspendeu a obra, levando todo o material.
Foi este o principal motivo que originou a concentração de mais de 600 pessoas em frente à Escola João de Barros, ontem de manhã, mas também a presença de amianto no telhado do edifício original, que “significa um risco para a saúde pública” e motiva muitas críticas, recordou José Lourenço.
Além disso, frisou, existe um “défice enorme de funcionários auxiliares, que põe em risco não só o funcionamento da Escola João de Barros, mas de todo o agrupamento”.
Segundo a associação de pais, nas instituições do Agrupamento de Escolas João de Barros apenas existem ao serviço 41 assistentes operacionais (para um rácio de 60), dos quais 17 são sexagenários e apenas seis têm menos de 40 anos.
Este foi o segundo protesto dinamizado pelos pais e alunos desta escola, que ainda não receberam qualquer resposta do Ministério da Educação sobre as possíveis soluções.
“Duvidamos que o Ministério da Educação nos ouça, porque nem sabemos se temos ministro. O ministro da Educação [Tiago Brandão Rodrigues] não se vê em lado nenhum, não aparece nas televisões, raramente aparece. Pronunciar-se sobre esta situação, não se pronuncia”, criticou.
As obras de requalificação da Escola Secundária João de Barros, intervenção da responsabilidade do Parque Escolar, encontram-se suspensas desde Abril de 2019, data em que a obra foi novamente interrompida, não existindo qualquer informação concreta sobre a previsão do reinício dos trabalhos.
Devido a este impasse, os alunos continuam a ter aulas em contentores, num espaço escolar “reduzido a um terço para as cerca de 1.500 pessoas que ali estão diariamente”, além de que têm de se deslocar para o exterior da instituição para terem aulas de Educação Física.
Alunos, país e professores unidos na luta
Já no inicio deste mês, mais de 600 pessoas, entre pais, alunos e professores, exigiram, a conclusão das obras e alertaram para a presença de amianto e para a falta de funcionários. “Estamos a fazer uma manifestação para que o Governo nos ouça”, disse à agência Lusa o presidente da Associação de Pais da Escola João de Barros, José Lourenço, referindo que o novo concurso lançado para a obra de requalificação “não teve concorrentes”.
Na visão de José Lourenço, esta foi uma “manobra dilatória” do Governo, para resolver o problema que já dura há 10 anos e que se acentuou em Abril, quando o empreiteiro responsável suspendeu a obra, levando todo o material.
Foi este o principal motivo que originou a concentração de mais de 600 pessoas em frente à Escola João de Barros, ontem de manhã, mas também a presença de amianto no telhado do edifício original, que “significa um risco para a saúde pública” e motiva muitas críticas, recordou José Lourenço.
Além disso, frisou, existe um “défice enorme de funcionários auxiliares, que põe em risco não só o funcionamento da Escola João de Barros, mas de todo o agrupamento”.
Segundo a associação de pais, nas instituições do Agrupamento de Escolas João de Barros apenas existem ao serviço 41 assistentes operacionais (para um rácio de 60), dos quais 17 são sexagenários e apenas seis têm menos de 40 anos.
Este foi o segundo protesto dinamizado pelos pais e alunos desta escola, que ainda não receberam qualquer resposta do Ministério da Educação sobre as possíveis soluções.
“Duvidamos que o Ministério da Educação nos ouça, porque nem sabemos se temos ministro. O ministro da Educação [Tiago Brandão Rodrigues] não se vê em lado nenhum, não aparece nas televisões, raramente aparece. Pronunciar-se sobre esta situação, não se pronuncia”, criticou.
Agência de Notícias
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