Associações consideram que o Governo não teve em conta os impactos que o aeroporto irá ter no Estuário do Tejo
Oito organizações ambientais puseram o Governo português em tribunal para tentar anular a declaração de impacto ambiental favorável ao novo aeroporto do Montijo. A Zero, Sociedade Portuguesa de Estudo das Aves, A Rocha, Fundo para a Proteção dos Animais Selvagens, Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente, Liga para a Protecção da Natureza, Almargem e ANP/WWF apresentaram uma ação no Tribunal Administrativo de Lisboa porque querem "impedir o avanço do projeto de construção do Aeroporto do Montijo". Consideram que o Governo não teve em conta os impactos que o aeroporto irá ter no Estuário do Tejo, "uma área natural protegida a nível nacional e internacional".
"Aves e habitats protegidos no Tejo sofrerão impactos permanentes se o aeroporto for construído. A segurança de aeronaves, pessoas e aves será também ameaçada, devido ao risco de colisões entre aves e aviões, enquanto a saúde das pessoas e dos espaços naturais ficaria afetada pelo aumento de poluição resultante do aumento do tráfego aéreo, rodoviário e fluvial", alertam as associações.
A advogada Soledad Gallego, da organização de direito ambiental Client Earth, que apoia a ação em tribunal, afirmou em comunicado que avançar com o aeroporto é "uma violação clara das leis de proteção da natureza da União Europeia e portuguesas, que não pode passar impune".
As associações consideram insuficiente que se tente "deslocar as aves que seriam afetadas e compensar efeitos negativos do aeroporto recuperando áreas marginais da Zona de Proteção Especial", medidas que afirmam que servem só para "encobrir as falhas sistemáticas na conservação e gestão desta área".
Se o tribunal lhes der razão, esperam que se consiga "corrigir de forma definitiva um erro do Governo português" e travar um projeto "altamente criticado a nível nacional e internacional".
A advogada Soledad Gallego, da organização de direito ambiental Client Earth, que apoia a ação em tribunal, afirmou em comunicado que avançar com o aeroporto é "uma violação clara das leis de proteção da natureza da União Europeia e portuguesas, que não pode passar impune".
As associações consideram insuficiente que se tente "deslocar as aves que seriam afetadas e compensar efeitos negativos do aeroporto recuperando áreas marginais da Zona de Proteção Especial", medidas que afirmam que servem só para "encobrir as falhas sistemáticas na conservação e gestão desta área".
Se o tribunal lhes der razão, esperam que se consiga "corrigir de forma definitiva um erro do Governo português" e travar um projeto "altamente criticado a nível nacional e internacional".
Agência de Notícias com Lusa
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