Visitantes rendidos à "excelência" da "verdadeira jóia do concelho, da região e do país"
O Castelo de Palmela, monumento emblemático da região, foi distinguido com o prémio Travellers Choice 2020 pelo portal de viagens TripAvisor, na sequência das avaliações e opiniões dos viajantes. O Castelo reuniu 488 avaliações na plataforma online TripAdvisor, 251 são “Excelente” e 187 “Muito Bom”. O presidente da Câmara de Palmela, Álvaro Amaro, realça a importância do Castelo de Palmela, como sendo a "verdadeira jóia do concelho, da região e do país", que o município tem procurado que seja "um espaço vivido pela população e pelos milhares de visitantes" que visitam o monumento nacional. Recorde-se ainda que os trabalhos arqueológicos que tiveram início no passado mês de Julho no Castelo de Palmela já permitiram confirmar a existência de uma necrópole no espaço da antiga Igreja de Santa Maria, anunciou a Câmara Municipal.
Sede definitiva da Ordem de Santiago, de 1443 até à sua extinção, em 1834, a fortificação é Monumento Nacional desde 1910. Dentro das suas muralhas encontram-se a Pousada Histórica de Palmela, situada no antigo convento da Ordem de Santiago; a Igreja de Santiago; as ruínas da Igreja de Santa Maria, onde está instalado o Gabinete de Estudos sobre a Ordem de Santiago; o Posto de Turismo; lojas de artesanato e produtos regionais e um Café-Esplanada. Espaços visitáveis do Castelo de Palmela.Visitantes escolheram castelo de Palmela como o "melhor" |
O Museu Municipal apresenta diversos espaços visitáveis no Castelo: o Espaço Arqueológico, o Espaço de Transmissões Militares e a Reserva Visitável de escultura de São Tiago.
Recorde-se que a “Intervenção de natureza estrutural para evitar derrocadas nas Encostas do Castelo de Palmela”, a decorrer, é uma das obras de referência do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos e foca-se na prevenção de um risco específico - derrocadas em vertente nas Encostas do Castelo de Palmela - potenciado por alterações climáticas.
Como explica a Câmara de Palmela, as encostas, onde fica o castelo, “apresentam problemas de estabilidade que remontam há várias décadas” e esta era uma medida que, mais tarde ou mais cedo, tinha de avançar.
O presidente da Câmara de Palmela, Álvaro Amaro, realça a importância do Castelo de Palmela, como sendo a "verdadeira jóia do concelho, da região e do país", que o município tem procurado que seja "um espaço vivido pela população e pelos milhares de visitantes".
O investimento nos trabalhos é superior a três milhões de euros financiados em 85 por cento pelo Programa Operacional da Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos, no quadro do Portugal 2020. Os restantes 15 por cento serão assegurados pela Direção Geral do Tesouro e Finanças, proprietária do castelo. O município de Palmela garante os diversos projetos e o acompanhamento da obra.
O Castelo de Palmela é também um dos monumentos que faz parte dos projetos previstos e em execução pela marca Território Arrábida - Património Partilhado apresentado em Maio do ano passado. O projeto intermunicipal de cooperação entre os municípios de Setúbal, Palmela e Sesimbra que partilham o recurso natural da Serra da Arrábida traduz-se num conjunto de ações concretas nas áreas de valorização do património cultural e turístico, acessibilidades, mobilidade suave, saúde, bem-estar e inclusão social. Todos eles são co-financiados pela União Europeia, no âmbito do Portugal 2020.
A candidatura “Castelos e Fortalezas da Arrábida - Castelo de Palmela” é uma das ações previstas no programa Praarrábida - Plano de conservação, valorização e promoção do património histórico, cultural e natural da Arrábida. O concurso a decorrer vai permitir a construção de um sistema de passadiços e outras estruturas para tornar o castelo acessível a todos, independentemente da sua condição física ou de mobilidade.
Quando estiver concluída, a intervenção irá contribuir para uma ligação do monumento, da Igreja de Santiago à Praça de Armas, onde serão promovidos alguns eventos numa lógica de turismo inclusivo.
Recorde-se ainda que os trabalhos arqueológicos que tiveram início no passado mês de Julho no Castelo de Palmela já permitiram confirmar a existência de uma necrópole no espaço da antiga Igreja de Santa Maria, anunciou a Câmara Municipal.
A história continua a surpreender num dos "maiores monumentos da região". Uma intervenção arqueológica, com enfoque no adro da antiga Igreja de Santa Maria, onde vai ser instalada uma escada rampeada, criando um novo acesso, precede a realização das obras para a criação de percursos acessíveis - eliminando as barreiras físicas - no Castelo de Palmela.
"Das cerca de quatro dezenas de enterramentos exumados até ao momento (cronologicamente delimitados entre o século XVIII e os séculos XV/XVI), os arqueólogos do Museu Municipal confirmaram tratar-se, efetivamente, de população natural da antiga vila (homens e mulheres de várias idades)", referiu a autarquia.
"Nota-se uma forte presença de crianças de muito tenra idade, própria da alta taxa de mortalidade que era comum nos primeiros anos de vida de então", acrescenta.
O município afirma que "todas as inumações respeitam os rituais associados às práticas cristãs" e que "os objetos associados são muito raros, normalmente rosários ou terços, botões, crucifixos ou moedas, embora a maioria [das sepulturas] não tenha qualquer objeto, dada a condição social das pessoas que eram enterradas no adro" da Igreja de Santa Maria, no interior do castelo.
A Câmara de Palmela salienta ainda que alguma "documentação escrita de 1510 refere que no adro da igreja se praticavam enterramentos" e que as intervenções arqueológicas vieram confirmar a utilização daquele espaço como "cemitério da população de Palmela". A maioria dos enterramentos encontra-se em "bom estado de conservação".
Os trabalhos de campo têm contado, além dos arqueólogos, com a presença de uma antropóloga, prevendo-se que o trabalho laboratorial de antropologia, a realizar posteriormente, permita obter ainda "mais informação sobre a antiga população de Palmela, nomeadamente ao nível da estatura, alimentação, doenças ou deformações causadas pelo trabalho".
"Nota-se uma forte presença de crianças de muito tenra idade, própria da alta taxa de mortalidade que era comum nos primeiros anos de vida de então", acrescenta.
O município afirma que "todas as inumações respeitam os rituais associados às práticas cristãs" e que "os objetos associados são muito raros, normalmente rosários ou terços, botões, crucifixos ou moedas, embora a maioria [das sepulturas] não tenha qualquer objeto, dada a condição social das pessoas que eram enterradas no adro" da Igreja de Santa Maria, no interior do castelo.
A Câmara de Palmela salienta ainda que alguma "documentação escrita de 1510 refere que no adro da igreja se praticavam enterramentos" e que as intervenções arqueológicas vieram confirmar a utilização daquele espaço como "cemitério da população de Palmela". A maioria dos enterramentos encontra-se em "bom estado de conservação".
Os trabalhos de campo têm contado, além dos arqueólogos, com a presença de uma antropóloga, prevendo-se que o trabalho laboratorial de antropologia, a realizar posteriormente, permita obter ainda "mais informação sobre a antiga população de Palmela, nomeadamente ao nível da estatura, alimentação, doenças ou deformações causadas pelo trabalho".
Agência de Notícias
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