Obra fundamental para o desenvolvimento da Trafaria
A Universidade Nova de Lisboa vai instalar, no Forte da Trafaria, no concelho de Almada, um Instituto de Artes e Tecnologias. Assim, a Câmara de Almada aprovou a proposta de celebração de um contrato para efeitos de constituição de direito de superfície a favor daquela instituição privada de ensino. Assim a autarquia vai celebrar um contrato de cedência do direito de superfície do imóvel municipal do Forte de Nossa Senhora da Saúde da Trafaria a favor da Universidade Nova de Lisboa, para instalação do Instituto de Artes e Tecnologias. A proposta para este contrato foi aprovado, por unanimidade, na última reunião pública da Câmara. "Para além da recuperação de património, a localidade ribeirinha vai ser referência do conhecimento académico", diz a autarquia. O investimento da universidade ultrapassa os sete milhões. O Edifício das Celas que integra o Forte da Trafaria ficará na posse do município de Almada, onde simultaneamente "funcionará um Centro de Arte ligado aos temas que definem a sua história e um espaço de memória que permita ao público conhecer a história e vivências do edificado", sublinha Inês de Medeiros, presidente da autarquia.
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| Forte da Trafaria ganha nova vida com Artes e Tecnologia |
A proposta para este contrato, a ser efectuado através de escritura pública, foi aprovado, por unanimidade, na última reunião pública da Câmara, no passado dia 7.
Assim, o Forte da Trafaria, como é conhecido, vai receber o novo Instituto de Artes e Tecnologias, "o qual consiste numa unidade académica da Universidade Nova de Lisboa, dedicada à educação, formação, investigação e criação nas áreas de confluência das artes e tenologia, operando assim como um agente de investigação, criação e divulgação universal das artes e das tecnologias", conta o documento aprovado.
Segundo a autarquia, que este novo espaço vai "proporcionar, sucessivamente, as condições para a oferta de cursos formais em todos os graus, para além de cursos pós-graduados, de formação, especialização ou outros de qualquer duração que melhor respondam às necessidades identificadas para a área de actividade e aos objectivos do Instituto de Artes e Tecnologias".
Obra estruturante para a Trafaria e para todo o concelho
Com o histórico edificado, frente ao Tejo, a necessitar de obras de recuperação, o investimento previsto a cargo da Universidade Nova de Lisboa para esta intervenção ultrapassa os sete milhões e 600 mil euros, sendo que, como indicou a presidente da Câmara de Almada, Inês de Medeiros, “cerca de dois milhões será para aquisição de equipamento base em tecnologia”.
O plano global de investimento deverá ser comparticipado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo em 40 por cento, cabendo à Universidade Nova de Lisboa os restantes 60 por cento.
Da parte da Câmara de Almada fica assumido o investimento na ligação de água e saneamento até aos edifícios.
"Este novo instituto, e a recuperação do Forte da Trafaria, são fundamentais para o desenvolvimento da Trafaria, e não só", diz Inês de Medeiros. Para além disso, dá mais força à localidade para "exigir mais equipamentos públicos".
A unidade de conhecimento Instituto de Artes e Tecnologias vai funcionar com ligação a várias parcerias universitárias, e empresas, a nível internacional.
Edifício muito relevante da história do concelho de Almada
Funcionou, entre 1909 e 1981, como prisão militar e, não obstante as utilizações anteriores que lhe foram dadas, é, para o município de Almada um momento da história política recente que importa salientar e preservar.
O Edifício das Celas será simultaneamente um centro de arte ligado aos temas que definem a sua história e um espaço de memória que permita ao público conhecer a história e vivências do edificado.Nesse sentido pretende-se que seja "um espaço dedicado à Liberdade, Justiça, Resistência e Utopia. Dimensões que estão também muito vinculadas à história do município de Almada", refere a autarquia.
"A requalificação do Edifício das Celas ficará a cargo do município e o projeto de arquitetura deverá obrigatoriamente ser desenvolvido em estreita articulação com o programa museológico e em diálogo com a comunidade e a história locais", conclui a Câmara de Almada.
Agência de Notícias com Câmara de Almada
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