A criação de centros de apoio que torna possível que “as vítimas tenham voz e proteção”
“A violência doméstica existe. Não desista, estamos aqui para si” é a mensagem transmitida pelo município da Moita e pela RUMO - Cooperativa de Solidariedade Social, no folheto de sensibilização, divulgado recentemente, sobre o Centro de Atendimento a Vítimas de Violência Doméstica Barreiro | Moita. "Mais uma vez e, em especial, nesta altura de maior vulnerabilidade para as vítimas de violência doméstica as duas entidades dão a conhecer a existência e o trabalho desta importante resposta social, em funcionamento no concelho da Moita", esclarece a autarquia da Moita em nota enviada à ADN-Agência de Noticias. Os presidentes dos municípios da Moita e do Barreiro, em conjunto com os parceiros, "farão o que estiver ao alcance, no âmbito da prevenção ou do apoio, "para que este problema diminua".Centro já ajudou mais de 1500 pessoas vítimas de violência |
Até ao momento, diz a nota da Câmara da Moita, "o Centro de Atendimento acompanhou 335 processos de violência doméstica, foram realizados, pela equipa técnica, 1492 atendimentos, 91 reuniões de parceria e 25 ações de sensibilização, divulgação e informação".
Esta resposta social, coordenada pela RUMO, tem "desenvolvido a sua atividade no âmbito da promoção da Igualdade, Cidadania e Não Discriminação, Igualdade de Género e combate à Violência de Género, em particular no que respeita à violência doméstica, contra pessoas idosas, contra pessoas com deficiência ou incapacidade, nas relações de intimidade entre jovens adolescentes e no namoro".
O trabalho desenvolvido assenta em pressupostos "fundamentais para a sua prossecução: proximidade e relação entre a equipa e as pessoas, confiança entre as instituições e solidariedade entre os parceiros do Conselho Local de Ação Social que tantas vezes fazem a diferença na celeridade das respostas às vítimas de violência doméstica", aponta a autarquia da Moita.
O centro está aberto nos sete dias da semana e pode sempre pedir ajuda pelo número 910 313 180, disponível para emergência 24 horas por dia. Os serviços também podem ser contactados pelo número 21 206 49 20 ou pelo email: cavbm@rumo.org.pt.
Autarcas unidos contra a violência doméstica
Em 2019 morreram 32 pessoas em contexto de violência doméstica: 23 mulheres, oito homens e uma criança. Todas conheciam os homicidas. Estavam ou estiveram com eles unidos por laços de intimidade ou família. Mas a violência quebra tudo, desamarra. Não há sentimentos nobres num crime.
Na assinatura do protocolo, o presidente da Câmara da Moita afirmou que “a violência doméstica não é tolerável. É um problema grave e disseminado na nossa sociedade e só mantém essa presença porque ainda há demasiada complacência para com a agressão e a discriminação, designadamente das mulheres”.Considerando que os eleitos têm “responsabilidades sociais acrescidas”, Rui Garcia referiu que “um problema desta dimensão convoca-nos, a todos, a tomarmos ações concretas e decisivas e sem qualquer tipo de complacência”.
Para Frederico Rosa, presidente da Câmara do Barreiro, "desde o primeiro dia (da tomada de posse), que é um designo para todos nós. Lutámos muito para que o Barreiro tivesse esta resposta social”.
O autarca do Barreiro referiu, ainda, a “imensa satisfação” pelo facto de o protocolo ir para além do Barreiro e abranger o território da Moita. “As duas populações não reconhecem esta fronteira administrativa, é um território uno. É uma população quase gémea e fazia sentido este serviço para os dois concelhos”.
O autarca do Barreiro referiu, ainda, a “imensa satisfação” pelo facto de o protocolo ir para além do Barreiro e abranger o território da Moita. “As duas populações não reconhecem esta fronteira administrativa, é um território uno. É uma população quase gémea e fazia sentido este serviço para os dois concelhos”.
Agência de Notícias
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