Sesimbra vai aproximar centro da vila da Mata da Vila Amália

Demolição do Bloco da Mata abre portas a novo edifício para habitação social 

A demolição do Bloco da Mata, no Largo 2 de Abril, em Sesimbra, já está em curso. Esta intervenção, conta a Câmara de Sesimbra, "está a ser feita com recurso a uma giratória equipada com tesoura, prevendo-se que fique concluída na segunda quinzena de Fevereiro".  Após a demolição serão contruídas as estruturas de contenção de terras. A reabilitação do Bloco da Mata engloba a "demolição do edifício situado na zona norte do Largo e a construção de um novo bloco, e também permitirá requalificar a área envolvente e ligar o largo ao futuro parque da Mata da Vila Amália, melhorando muito a qualidade de vida dos moradores", explica a autarquia. Esta intervenção representa um investimento superior a dois milhões de euros, cofinanciado pelo Portugal 2020, ao abrigo de uma candidatura apresentada pela Câmara de Sesimbra. 
Começou a ser demolido o edifício mais problemático da vila 

Em "perigo de derrocada" quase há 25 anos, o Bloco da Mata, em Sesimbra, está a ser demolido e no seu lugar irá nascer um novo edifício. A operação engloba a demolição do atual edifício de quatro pisos e a construção de um complexo de habitação, composto por vinte fogos para habitação social. A par do edifício, o projeto prevê a "requalificação de espaços públicos, reordenamento do Largo 2 de Abril, que inclui estacionamento, zonas verdes e acessos à Mata da Vila Amália, que, por sua vez, vai ser transformada num parque urbano, cuja obra arranca brevemente", refere a Câmara de Sesimbra. 
O Bloco da Mata foi construído nos anos 80 do século XX, mas, explica a Câmara Municipal, "há muito que apresenta problemas estruturais, o que exigiu uma solução para o edifício".
O Bloco da Mata é um projeto de habitação social e foi edificado com 25 fogos, dos quais cinco eram T1 (uma sala e um quarto) e os restantes T2 (uma sala e dois quartos). Em 1995, na sequência de trabalhos realizados num edifício vizinho, as fundações do bloco nascente começaram a ceder e a ameaçar ruína, obrigando à retirada de cinco famílias e ao encerramento de uma loja da EDP no piso térreo.
Decorridos 25 anos, o edifício começou a ser demolido para dar lugar a um novo edifício de habitação, composto "por vinte fogos para habitação social, de tipologias T1 e T2, e área de serviços no piso térreo", sublinha a autarquia.
Em simultâneo o município prevê ligar o local, o Largo 2 de Abril, à Mata da Vila Amália, criando assim uma nova centralidade dentro da vila.
As obras prolongam-se por 545 dias, diz a autarquia. O investimento será de 2,1 milhões de euros, sendo que 740 mil são provenientes do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.
“É um trabalho de grandes dimensões e também de importante relevância social, porque, depois de concluído, irá permitir trazer para o centro da vila mais habitantes e, em consequência, dinamizar todas as atividades comerciais aqui instaladas”, disse Francisco Jesus, presidente da Câmara de Sesimbra, citado pelo jornal Semmais.
Lembre-se que quando foram detetados os problemas estruturais no edifício, a câmara teve de realojar cerca de 50 por cento dos inquilinos noutros locais de Sesimbra e até noutras freguesias fora da vila.
Para Francisco Jesus, a obra é fundamental, uma vez que “existem zonas de comprovado risco e outras que se encontram seladas. É uma obra complexa, porque se localiza numa área complicada e que requer um grande trabalho de estabilização das estruturas”.
Agora, de acordo com a autarquia, o mesmo piso térreo será recuperado de modo a poder albergar um conjunto de lojas e serviços, enquanto a parte habitacional, dispersa por dois blocos de quatro pisos, será composta por 19 fogos, dez T2 e os restantes T1. Serão ainda criados 18 lugares de estacionamento para residentes e quatro lojas para comerciantes e entidades prestadoras de serviços.

Agência de Notícias 

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