Hospital cria condições para "aumentar gradualmente a sua atividade"
Já começaram as obras de ampliação da Unidade de Cuidados Intensivos do Centro Hospitalar Barreiro Montijo. O investimento, na ordem dos dois milhões de euros, prevê "a beneficiação do espaço existente, expansão do serviço e capacitação tecnológica da Unidade de Cuidados Intensivos, permitindo o isolamento de até seis doentes em simultâneo, dois dos quais em quartos com pressão negativa". Atualmente a Unidade dispõe de cinco camas de cuidados intensivos, em área do "espaço aberto, servindo diretamente na sua área de influência a população dos concelhos de Alcochete, Barreiro, Moita e Montijo, num total de mais de 216 mil habitantes.Obras vão melhorar serviço de urgência |
De acordo com o Centro Hospitalar Barreiro Montijo, a intervenção que teve agora início permitirá aumentar a lotação da Unidade para 11 camas (Nível II e Nível III), "apetrechando o Centro Hospitalar de uma infraestrutura mais adequada à intensidade dos cuidados prestados aos doentes em situação crítica e permitindo".
Por outro lado, este investimento permite que a Unidade de Cuidados Intensivos "passe a dispor de idoneidade formativa em medicina intensiva, para médicos em formação noutras especialidades".
Com a implementação do presente projeto, "criam-se condições físicas para que a Unidade de Cuidados Intensivos venha a aumentar gradualmente a sua atividade, quer no número de internamentos, quer na complexidade dos doentes internados", assegura o centro hospitalar.
As boas notícias não ficam por aqui. É ainda expectável que "seja possível reduzir os tempos médios para cirurgias mais complexas e em doentes com níveis de severidade superiores, atendendo ao aumento potencial da disponibilidade de cama em Unidade de Cuidados Intensivos para o pós-operatório imediato".
A administração dos hospitais do Barreiro e Montijo anuncia também que o aumento da atual capacidade da Unidade de Cuidados Intensivos permitirá ainda evitar, em muitos casos, a transferência de doentes críticos para outras unidades hospitalares, com consequências evidentes.
"Contribui para a fluidez da Rede Nacional de Especialidade Hospitalar e de Referenciação em Medicina Intensiva, com premência para a possibilidade de tratamento simultâneo no Centro Hospitalar Barreiro Montijo de doentes críticos com outras patologias e de alguns dos doentes com patologia covid-19 que careçam de ventilação e cuidados intensivos em quartos de pressão negativa", diz a administração. E, como resultado final, "reduzindo a pressão da procura nos Hospitais Centrais da ARS Lisboa e Vale do Tejo".
Para o responsável da Unidade de Cuidados Intensivos, Paulo André, não há qualquer dúvida quanto ao alcance desta intervenção. Na sua opinião, significa “o início de um processo de melhoria que deverá conduzir a uma maior diferenciação da Unidade de Cuidados Intensivos, essencial para aumentar a qualidade da assistência aos doentes em estado crítico que acorrem aos hospitais do Barreiro e do Montijo, potencialmente contribuindo para a otimização da qualidade dos cuidados em todo o Centro Hospitalar”.
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