Em causa está um esquema de criação de empresas fictícias para reduzir as entregas de IVA ao Estado
O Fisco, a Segurança Social e a GNR estão esta terça-feira a levar a cabo a Operação Lava Tudo, de combate à fraude e ao branqueamento de capitais. Segundo um comunicado da Segurança Social estão a ser executados 27 mandados de busca nos distritos de Lisboa e Setúbal por suspeitas de fraude qualificada, branqueamento de capitais e associação criminosa. Com esta atuação as empresas de limpeza visaram e conseguiram, praticar preços muito concorrenciais, conseguindo assim ganhar os concursos públicos.Empresas de limpezas suspeitas de fraude fiscal |
De acordo com a SIC Notícias, em causa está uma suspeita de fraude fiscal no valor de 25 milhões de euros por parte de um grupo de empresas ligado ao setor das limpezas.
Em causa está um esquema de criação de empresas fictícias para reduzir as entregas de IVA ao Estado e a não entrega de contribuições à Segurança Social. Os factos datam de um período de tempo que vai de 2012 a 2019.
A Segurança Social diz que, com esta atuação, as empresas de limpeza visaram e conseguiram praticar preços muito concorrenciais, conseguindo assim ganhar os concursos públicos.
No âmbito da operação estão a ser cumpridos sete mandados de busca domiciliária e sete não domiciliárias, um a escritório de advogados, um a escritório de Revisor Oficial de Contas, 10 a veículos e um a cofre bancário, levados a cabo por cerca de 44 Inspetores Tributários e Aduaneiros, 15 inspetores da Segurança Social e 51 militares da Unidade de Ação Fiscal da GNR.
As investigações em causa são da responsabilidade e têm a direção do Departamento Investigação e Ação Penal de Lisboa (DIAP), cuja intervenção direta na 'Operação Lava-Tudo' se traduz na presença de cinco magistrados do Ministério Público e quatro magistrados judiciais nos locais de busca.
Na mesma nota, a Segurança Social revelou que os factos sob investigação e que motivaram a instauração do processo em causa reportam-se aos anos de 2012 a 2019 e confirmou que em causa está a criação e utilização de diversas empresas fictícias, emitentes de faturas falsas a sociedades que prestam serviços de limpezas, a diversas entidades públicas e privadas, designadamente Câmaras Municipais e Hospitais.
Este procedimento visa não só reduzir substancialmente as entregas de IVA nos cofres do Estado, como também a não entrega das contribuições devidas à Segurança Social.
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