"Queremos assinalar as festas de forma simbólica mas com alegria"
Cancelada em 2020, por culpa de uma pandemia que ainda por cá anda, as Festas Populares do Pinhal Novo voltam este ano para 11 "noites" de tradição bairrista. Segundo Aurélia Caseiro, da organização, as festas deste ano "são apenas uma pequena amostra" daquilo que são as Festas Populares. Concentradas no Largo José Maria dos Santos - onde ficará o único palco das festas deste ano - reservado a apenas 400 pessoas com lugar marcado. Nas ruas circundantes do largo ficarão alguns stands de comes e bebes que funcionarão com as mesmas regras das esplanadas. Os divertimentos ficarão no parque de estacionamento da estação nova [com controle de entradas]. Serão umas festas em "formato diferente, mais intimista, com um programa menos arrojado e essencialmente voltado para dentro do Concelho", disse Herlander Vinagre, presidente da Associação. Ainda assim serão "dias divertidos" e noites cheias de música onde se destacam os concertos de Rosinha [5 de Junho], Shivers + Orquestra Nova de Guitarras [9 de Junho], Ricardo Savedra, [11 de Junho], Jorge Nice [12 de Junho] e Belito Campos que encerra as festividades deste ano, na noite de 13 de Junho. No dia 10, de manhã, há o mítico passeio das pasteleiras, pelas ruas da vila. Há arraial, divertimentos, couratos no pão, farturas e sopa caramela. Mas, sobretudo, tem de haver "cuidado, civismo e responsabilidade de todos", de 3 a 13 de Junho.
Há quase 25 anos, as Festas Populares de Pinhal Novo são já uma referência cultural no distrito de Setúbal e em toda a grande Lisboa. São as primeiras grandes festividades da região [sempre no inicio de Junho], movimentam milhares de pessoas e são um forte estimulo à economia local. Foi sempre assim até 2019. Tudo mudou com a chegada da pandemia de covid-19, no início de 2020. "Não sabemos, mas podemos antecipar cenários e desenhar caminhos", disse ainda Herlander Vinagre. Porque a vontade é de "fazer as Festas" mas ainda se espera o veredito das autoridades de saúde e a hora que as mesmas podem funcionar que depende da situação do país e da região à data do evento.
"Encarando 2021 como um desafio para sobrevivermos económica e socialmente, é nossa intenção fazer a 24ª edição das Festas Populares, num formato diferente, mais intimista, com um programa
menos arrojado e essencialmente voltado para dentro do Concelho", disse Herlander Vinagre, presidente da Associação das Festas, na apresentação do evento que decorreu na sede da associação na passada sexta-feira. Para já sabe-se que a intenção da organização é fazer um espetáculo por noite. A hora de começo? Às 22 horas mas... "depende daquilo que o governo venha a decidir durante esta semana", disse José Faria, secretário da associação. Sabendo-se que, para já, os contágios estão a subir na capital.
A Câmara de Palmela aprovou, por unanimidade, em Abril, a atribuição de um apoio financeiro à Associação das Festas Populares de Pinhal Novo, no valor de 25 mil euros, como comparticipação (programação e infraestrutura eléctrica) para a realização da 24.ª edição deste evento.
"As Festas Populares de Pinhal Novo decorrem, este ano, entre os dias 3 e 13 de Junho, em moldes diferentes dos habituais, face ao contexto pandémico, com um calendário mais alargado e com a reorganização e redução dos espaços", explica o documento da autarquia.
A referida Associação tem apresentado, ao longo dos anos, "um orçamento equilibrado, mantendo a mesma orientação para este ano especialmente atípico, prevendo cerca de 50 por cento de receitas próprias para a concretização das Festas, sendo a sua principal dificuldade, a diminuição de receitas e o esforço para com os encargos das infraestruturas", diz a Câmara de Palmela.
O arraial é mais pequeno, não há palco na Praça da Independência, nem Pátio Caramelo e muito menos o espaço da Gastronomia. As largadas de toiros também foram "cortadas" do programa.
Assim, o único palco da festa, estará junto ao coreto. Será um recinto fechado e com lugar para 400 pessoas, todas sentadas, e com circuitos de entrada e saída gerida por uma empresa de segurança. E há mais: São espetáculos pagos. "Os bilhetes, para cada concerto, custa dois euros e podem ter adquiridos no stand das festas, no recinto das festas".
A SFUA inaugura a primeira noite das festas, a 3 de Junho. Na sexta-feira, 4 de Junho, sobem ao palco a dupla Kris Rosa e Zé Carolino. A 5 de Junho. O palco é da Rosinha e no domingo, 6 de Junho, há a atuação da Orquestra Nova de Guitarras. O ATA terá palco a 7 de Junho, o Coletivo Alexandre Miguel tocam na noite de 8 de Junho.
Outro dos momentos mais aguardados deste ano acontece a 9 de Junho, onde os Shivers [que festejam os 20 anos de carreira este ano] se juntam à Orquestra Nova de Guitarras para um espetáculo que promete "muitas surpresas". A 10 de Junho, a noite é de fado com Maria Graça, Jezelde Zabelo, Inês Calado, Nuno Rocha, António Marto, Gilberto Santos e Laurina Alves.
A 11 de Junho chega a noite de Ricardo Savedra, a 12 o palco pertence a um amigo das Festas Caramelas: Jorge Nice. O último dia será de Belito Campos que encerra as Festas de 2021 ao som do "Pinhal Novo é sexy".
Gastronomia na Rua da Estação Velha e carrocéis em espaço fechado
A gastronomia passa para a rua da Estação Velha com as regras que estão atualmente em vigor nas esplanadas. Na rua da Estação Nova existirá outros quiosques de comes e bebes que tem de cumprir "as regras em vigor", diz a organização.
Os carrocéis ficam desta vez no parque de estacionamento da Estação Nova. Segundo contou José Faria à ADN-Agência de Notícias, "toda esta zona será vedada com entradas e saídas controladas por segurança privada e sujeitos a um plano especial de contingência". Haverá ainda limitação de espaço.
Ainda assim, realça a organização, "depois de um longo confinamento há que dar lugar à confiança, com civismo e responsabilidade".
Herlander Vinagre lembra que as Festas Populares são solidários "com todos os parceiros comerciais, incluindo os feirantes, que precisam de trabalhar para manter os negócios familiares, pois têm neles o seu único sustento".
O passeio das pasteleiras pelas ruas da vila, a estafeta jovem do Pinhal Novo [na manhã do dia 10] e o passeio BTT das Festas Populares, na manhã de 13 de Junho, completam a programa. A abertura das festas decorrem na quinta-feira, 3 de Junho, às 17 horas.
Ainda assim, diz Herlander Vinagre, "é melhor fazer as festas do que nada fazer". Afinal, desde 2019, a Associação das Festas Populares tem "zero de receita" mas "os nossos compromissos e despesas nunca pararam".
Sendo assim, diz o líder da Associação, "vamos assinalar as Festas Populares da forma que for possível e seja permitida, estando a ser preparados alguns cenários que melhor se adequem à realidade dessa altura, bem como às restrições impostas pela Direção Geral de Saúde".
O orçamento que costuma ultrapassar os 250 mil euros nos anos "normais", em 2021 não ultrapassa os 60 mil euros.
Autarquia apoia com 25 mil euros
Festas realizam-se desde 1997, sempre em Junho |
"As Festas Populares de Pinhal Novo decorrem, este ano, entre os dias 3 e 13 de Junho, em moldes diferentes dos habituais, face ao contexto pandémico, com um calendário mais alargado e com a reorganização e redução dos espaços", explica o documento da autarquia.
A referida Associação tem apresentado, ao longo dos anos, "um orçamento equilibrado, mantendo a mesma orientação para este ano especialmente atípico, prevendo cerca de 50 por cento de receitas próprias para a concretização das Festas, sendo a sua principal dificuldade, a diminuição de receitas e o esforço para com os encargos das infraestruturas", diz a Câmara de Palmela.
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