Trabalhadores da Transtejo decidem avançar com greve parcial. No Barreiro chegou-se a um acordo
Os trabalhadores da Transtejo, que fazem as ligações entre o Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão a Lisboa, decidiram, nesta quinta-feira, marcar cinco dias de greve parcial para continuar a reivindicar por aumentos salariais, disse à agência Lusa fonte sindical. A decisão foi tomada durante um plenário de trabalhadores, realizado na tarde desta quinta-feira, não estando para já estabelecido os dias em que ocorrerá a paralisação, segundo adiantou o dirigente da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações, Paulo Lopes. Esperam-se mais dias complicados para as populações obrigadas a atravessar o Tejo para trabalhar ou estudar. Mas há uma boa notícia: Patrões e trabalhadores já chegaram a acordo na Soflusa. As ligações entre o Barreiro e a capital está, assim, fora do mapa de greves previstas.Trabalhadores da Transtejo param cinco dias. Não sabem quando |
"Os trabalhadores estão disponíveis para continuar a luta e deram autorização aos sindicatos para marcarem, assim que acharem correto, cinco dias de paralisação nos moldes que têm ocorrido nestes dias todos (três horas por cada turno)”, explicou o sindicato, acrescentando que a definição dos cinco dias de greve será feita na segunda-feira.
Também nesta quinta-feira, os trabalhadores da Soflusa (com uma administração comum com a Transtejo) realizaram um plenário, mas decidiram aceitar a “última proposta” da administração, de integrar no salário 75 por cento de um subsídio que já recebiam. A Soflusa é responsável pelas ligações do Barreiro a Lisboa.
Paulo Lopes salientou que o subsídio já era recebido pelos trabalhadores, mas agora passa a integrar o salário base e “desaparece como subsídio”, salientando que irá ter um “reflexo no valor da hora” de trabalho.
Questionado pela Lusa pelos motivos que levaram os cerca de 250 trabalhadores da Transtejo a não aceitar o acordo, o sindicalista respondeu apenas que foi por “uma questão de dignidade”.
Os trabalhadores da Transtejo "decidiram com muita dignidade, porque a última coisa que lhes tiravam era a dignidade", sublinhou.
Os trabalhadores da Transtejo, juntamente com os da Soflusa, fizeram várias greves parciais durante este ano, a última das quais em 21 de Setembro, devido a falhas nas negociações salariais entre a administração da empresa e os sindicatos, tendo o Ministério do Ambiente reunido igualmente com os sindicatos na tentativa de desbloquear a situação.
A Transtejo assegura as ligações fluviais entre o Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão, no distrito de Setúbal, e Lisboa, enquanto a Soflusa é responsável por ligar o Barreiro à capital.
Agência de Notícias com Lusa
Comentários
Enviar um comentário