"Mais do que reivindicar, é indispensável assumir necessidades e o fazer, criando riqueza" diz Frederico Rosa
Frederico Rosa já tomou posse para o mandato 2021/2025. O autarca do PS foi um dos grandes vencedores na noite de 26 de Setembro ao conseguir a maioria absoluta, com mais 11 mil 474 votos do que o candidato Carlos Humberto, da CDU. O PS conseguiu ainda a maioria na Assembleia Municipal, liderada por André Pinotes Batista, e o pleno [com maioria] em todas as juntas de freguesia do concelho. Os socialistas elegeram sete vereadores contra dois da CDU. O PSD "desapareceu" do governo do concelho. Para este mandato, Frederico Rosa, é claro: Quer uma "visão positiva" do concelho e aponta como grande aposta do novo executivo, a atração de "mais investimento para o território".
Durante a cerimónia de tomada de posse dos titulares dos órgãos autárquicos para o próximo mandato, Frederico Rosa congratulou-se pelo facto de ter a seu lado "uma equipa de eleitos" que terá, nos próximos quatro anos, a "convicção de que, mais do que reivindicar, é indispensável assumir necessidades e o fazer, criando riqueza", disse o autarca reeleito.
Olhares virados também para um maior apoio ao "movimento associativo, à cultura, à educação", mas também as áreas da "Proteção Civil e às nossas forças de segurança", sublinhou o presidente.
"É na criação de riqueza que, certamente, vamos conseguir maior capacidade de investimento e um concelho mais solidário”, realçou o autarca. Para Frederico Rosa, o orgulho que tem em ser do Barreiro será algo fundamental para melhorar a cidade em todos os aspetos. O autarca conta com todos para tornar o Barreiro numa cidade "que olha o futuro de frente, que cresce e que não se ajoelha perante ninguém", sublinhou. "Este ciclo vai estar sempre presente em todo o mandato que agora se inicia", garantiu Frederico Rosa.
E para criar essa cidade melhor, diz ainda o autarca, a voz do município "não se esgota com a participação nos eventos públicos" ou em Assembleias de Freguesia e outros atos municipais. "É uma voz que tem de ser ouvida de forma permanente e, por isso, mais do que maiorias que fazem temer, temos que ter sempre a humildade e a responsabilidade de aceitar o resultado e de praticar aquilo que as pessoas querem ver: um futuro risonho".
Para trás ficaram "quatro anos que foram muito difíceis", onde "tivemos todos que respirar fundo, de fechar os olhos ou pôr as mãos nos ouvidos, para não se ouvir aquilo que, não em nome da Polis mas no ataque pessoal, muitos nos quiseram fazer", recorda o autarca.
Além de Frederico Rosa, presidente da autarquia, o PS elegeu ainda Rui Braga, Sara Ferreira, Rui Pereira, Maria João Regalo, Carlos Guerreiro e Maria Arlete Cruz como vereadores. A CDU elegeu Carlos Humberto e António Amaral. Bruno Vitorino, do PSD, que era vereador com pasta, não conseguiu votos suficientes para nova reeleição.
Uma Assembleia para todos
Na Assembleia Municipal também há maioria socialista. Dos 27 deputados eleitos, o PS elegeu 16. Ainda assim, disse o presidente da Assembleia Municipal, André Pinotes Batista, os restantes membros da CDU [sete deputados], PSD [dois deputados], Bloco de Esquerda e Chega, com um deputado cada, "vão ser tão ouvidos como os eleitos do PS e por eu próprio, com o compromisso muito forte do presidente de Câmara, de que fizemos acontecer aquilo que há muito tempo pedíamos, que era que fosse tudo público", acrescentando que tudo fará para ser "um presidente justo" e para "fazer cumprir a lei".
"Um resultado muito díspar, o que traz uma enorme responsabilidade para quem foi eleito", diz André Pinotes Batista que quer "respeitar todos quantos não votaram nesta força [PS] que teve este resultado muito grande", realçando que "a soberania popular não se respeita parcialmente, respeita-se na íntegra e nós respeitamos todos os cidadãos, todos os que votaram e tiveram uma opção e aqueles que não vieram votar", e esta "é uma mensagem que tem de ser assimilada por todos", realçou o líder da Assembleia que aproveitou para transmitir aos presentes que "é fundamental que o poder local tenha cada vez mais meios e não apenas cada vez mais competências". André Pinotes Batista lembrou ainda que em 1985 e em 1987 foram registadas quebras de participação dos eleitores no território, numa tendência de abstenção apenas travada em 2009, que se retomou, mas que nos últimos 12 anos teve uma inversão. Por esse motivo, defendeu que "no Barreiro não há cada vez menos pessoas a participar nas eleições", mas o contrário, com "muito menos votos brancos e menos votos nulos".
Ainda assim, dos 68 mil 267 inscritos só votaram 34 mil 506 pessoas. Destas, 640 pessoas votaram em branco e 422 votos foram nulos. O ato solene ficou também marcado por intervenções de eleitos de todas as forças políticas.
Agência de Notícias
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