EuroResinas "lamenta a decisão do sindicato de interromper as negociações em curso"
A administração da EuroResinas – Indústrias Químicas confirma que está em curso uma greve, convocada pelo Sindicato das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul, na fábrica de Sines. Este protesto teve início às zero horas do dia 3 de Novembro e terminará às oito horas de dia 12 de Novembro. Nesta quarta-feira, disse a empresa em comunicado enviado à ADN-Agência de Notícias, "a adesão à greve é insignificante, uma vez que apenas seis colaboradores aderiram". Os números do sindicato são diferentes. A adesão à greve situa-se nos 90 por cento e a "produção totalmente parada". |
| Greve decorre até 12 de Novembro |
De acordo com o que foi previamente transmitido aos trabalhadores, a EuroResinas "lamenta a decisão do sindicato de interromper as negociações em curso, que se esperava estar concluída até ao final do ano, como acordado entre empresa e sindicato e como é habitual neste tipo de processos", disse a empresa no comunicado.
Ao longo deste processo, a EuroResinas "tem apresentado propostas que visam ir ao encontro das expectativas dos trabalhadores", mas, "lamentavelmente, o sindicato recusa-se a negociar, mantendo uma postura de total inflexibilidade, desadequada a um processo que ainda deveria estar a decorrer", sublinha a empresa de Sines.
A empresa apresentou já algumas propostas para apreciação dos trabalhadores que passam por 1,5 por cento de incremento salarial geral para 2022, 1,75 por cento para 2023 e 1,75 por cento para 2024, "propostas estas rejeitadas pelo sindicato", garante a administração da fábrica de Sines.
Ainda no âmbito do caderno reivindicativo, a empresa tem apresentado "propostas para revisão da atual grelha salarial, também estas rejeitadas pelo sindicato".
De forma geral, a empresa tem "tentado, sempre que possível, dar resposta aos pedidos dos trabalhadores, como atesta a recente contratação de mais 2 colaboradores, o que possibilita harmonizar os horários e tempos de descanso", diz a EuroResinas à ADN-Agência de Notícias.
A empresa "reitera o convite endereçado ao sindicato para retomar o processo negocial e desconvocar a greve, pois só com diálogo será possível desbloquear este processo", conclui a administração da empresa.
O Site Sul, também em comunicado, disse que em causa está “a luta pela defesa das justas propostas reivindicativas apresentadas”, como “aumento dos salários, progressão das carreiras, eliminação da precariedade, seguro de saúde igual para todos e atribuição de subsídio transporte”.
O sindicato acusa ainda a empresa de falta de diálogo. “Esta é uma luta que surge no seguimento da falta de respostas concretas por parte da empresa. Não tendo, até ao presente momento, a administração da EuroResinas feito chegar junto do sindicato propostas concretas que visem responder às justas reivindicações dos trabalhadores”, sublinhou a estrutura sindical.
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