IHRU lança concurso para 164 casas de renda acessível em Almada

Projeto Habitacional de Almada Poente vai arrancar num investimento de mais de quase 21 milhões de euros

O Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, lançou dois concursos de seleção das equipas que irão elaborar os projetos para a construção de dois novos empreendimentos, em terrenos de que o instituto é proprietário, no município de Almada, num investimento que deverá rondar os 20,8 milhões de euros. Estas casas serão destinadas, na sua totalidade, a arrendamento acessível. a entrega das propostas decorre até 6 de Março do próximo ano. "É a verdadeira reforma que queremos fazer. As reformas têm como objetivo melhorar a vida do povo. É isso que estamos a fazer neste momento em Portugal com a política de habitação", disse o governo.  
Autarquia quer priorizar famílias que vivem em bairros carenciados 

O Programa Preliminar prevê a conceção de um conjunto de projetos de arquitetura e respetivas especialidades para habitação a custos controlados em Almada, no âmbito no âmbito do Projeto Habitacional de Almada Poente. 
Em causa estão dois empreeendimentos, nomeadamente o conjunto habitacional “Casquilho Poente”, localizado entre a Estrada do Casquilho e a Rua da Bela Vista, com uma superfície total de 3.218 metros quadrados (m2) e uma área máxima de implantação de 627,00 m2, cujo valor estimado de construção é de cinco milhões 517 mil e 300 euros + IVA. As propostas devem ser entregues até 19 de Fevereiro de 2022.
Já conjunto habitacional “Casquilho Nascente”, localizado entre a Estrada do Casquilho, a Rua dos Três Vales e a Avenida Torrado da Silva, no Plano Integrado de Almada, tem uma uma superfície total de 6.540 m2 e uma área máxima de implantação de 2.677 m2. Neste caso, o valor máximo para custo da obra são 11,3 milhões  + IVA, e a data limite para entrega das propostas termina a 6 de Março de 2022.
O concurso público de conceção para a elaboração dos projetos é promovido pelo Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana em associação com a Câmara de Almada, e conta com a assessoria técnica da Ordem dos Arquitetos. 
O local, na encosta sobre o Tejo, à direita da Ponte 25 de Abril, para quem vêm de Lisboa, oferece condições excecionais aos futuros residentes, com pouca densidade urbanística e perto do Metro Sul do Tejo, Hospital Garcia de Orta, Faculdade de Ciência e Tecnologia, auto-estrada, piscina e biblioteca públicas.
A prossecução do Projeto Habitacional de Almada Poente procurará "dar resposta à necessidade de habitações para arrendamento a preços inferiores ao atualmente praticado no mercado, contribuindo para aumentar o acesso à habitação por um maior número de famílias que não encontram resposta no mercado imobiliário às suas necessidades", diz a autarquia socialista liderada por Inês de Medeiros. 
Todas as localizações previstas no Projeto Habitacional de Almada Poente correspondem a "situações quer de 'falhas' no tecido edificado, quer de carência de remate das estruturas construídas, procurando-se com a presente promoção uma abordagem no sentido de promover a consolidação do espaço urbano", sublinha ainda a autarquia. 
Os novos empreendimentos, como é o caso presente, devem inserir-se na malha urbana existente e constituírem-se como elementos estruturantes reforçando a qualidade do espaço público em que se inserem, com uma imagem bem integrada do ponto de vista arquitetónico.
A autarca socialista especificou que através do programa 1.º Direito vão ser realojadas 400 famílias que vivem em barracas no no bairro do 2.º Torrão, 50 agregados familiares das terras de Lelo e Abreu, na Costa da Caparica, e 10 famílias residentes junto à Escola da Trafaria.

Comentários