Jéssica esteve na casa da ama durante cinco dias. Padrasto desconhecia paradeiro da criança e a mãe acusa a ama
A Polícia Judiciária (PJ) está a investigar a morte de uma menina de três anos que ocorreu na segunda-feira à tarde na cidade de Setúbal, num “quadro evidente de maus-tratos”, confirmou esta terça-feira fonte policial. Segundo a fonte da PJ, a investigação pretende apurar se a morte da criança ocorreu num quadro de ofensas à integridade física agravadas pelo resultado morte ou se se tratou de um homicídio deliberado. A estação CNN Portugal noticiou que a vítima esteve durante cinco dias, até segunda-feira, com a ama, sobre a qual recaem as suspeitas de maus-tratos. O padrasto desconhecia que a menina estivesse com uma ama e destaca a boa relação entre a companheira e a enteada. A Polícia Judiciária já ouviu a mãe de Jéssica e o padrasto assim como a ama da menina e fez buscas na casa do casal e da ama. O corpo da menina vai agora ser autopsiado para ser apurada a causa da morte.Inem não conseguiu salvar a vida de Jéssica |
Quando a mãe foi buscar a menina à ama, a criança apresentava ferimentos na boca e no nariz, além de vários hematomas no corpo. A progenitora terá questionado a cuidadora, que lhe disse que a menor tinha caído de uma cadeira no dia anterior. Além disso, a ama disse à mãe que tinha administrado cinco mililitros de Atarax, um anti-histamínico”, referiu a CNN no seu site.
O estado da criança agravou-se e a mãe chamou o Instituto Nacional de Emergência Médica, que “declarou o óbito”.
A autópsia ao cadáver da menina de três anos que morreu na segunda-feira, em Setúbal, alegadamente devido a maus-tratos, só deverá realizar-se esta quarta-feira, revelou o coordenador do Gabinete Médico-Legal e Forense da Península de Setúbal, Ferreira Santos.
Ainda segundo o coordenador do Gabinete Médico-Legal e Forense da Península de Setúbal, “se o teste à covid-19 der negativo, a autópsia deverá, com grande probabilidade, ter lugar nesta quarta-feira”.
Se o resultado for positivo, terá que existir uma reavaliação, pois terão de ser tomadas “outras precauções”, acrescentou.
De acordo com o Centro Hospitalar de Setúbal (CHS), a menina de três anos que morreu na segunda-feira, alegadamente devido a maus-tratos, deu entrada na unidade de saúde “entubada e ventilada”, tendo sido sujeita a manobras de reanimação, mas “não foi possível reverter a situação”.
PJ está a investigar "morte suspeita"
Judiciária fez buscas na casa do casal e da ama |
A investigação, de acordo com a PJ, deverá permitir esclarecer se a morte da menina de três anos resultou de um eventual quadro de ofensas à integridade física, agravadas pelo resultado morte, ou se se tratou de um homicídio deliberado.
Pelo menos até esta terça-feira de tarde, a PJ de Setúbal ainda não tinha anunciado nenhuma detenção relacionada com o caso.
De acordo com o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Setúbal, o alerta para a situação terá sido dado cerca das 15h40 de segunda-feira, tendo sido mobilizados para o local uma mota, uma equipa de emergência médica do Hospital de São Bernardo e uma ambulância do INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica).
O padrasto da menina de três anos que morreu em Setúbal, alegadamente após ter sido vítima de maus-tratos, explicou alguns dos contornos do sucedido. O homem diz ainda que a mãe da criança tem 37 anos e mais cinco filhos. "Dois estão com a avó, um numa instituição e os outros não conheço", disse o homem.
Agência de Notícias com Lusa
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