Autoeuropa prepara-se para fabricar o último Sharan, após 27 anos de produção
27 anos depois da produção do primeiro exemplar do monovolume de sete lugares, a fábrica de Palmela abandonará, este mês, o modelo que ajudou a fundar a fábrica, na década de 1990, e foca-se ainda mais na produção do Volkswagen T-Roc. De acordo com Thomas Hegel Gunther, diretor-geral da empresa de Palmela, o Sharan será sempre um marco na Volkswagen Autoeuropa: "Foi o modelo que lançou as bases da nossa história de sucesso. Os modelos que se seguiram – o Scirocco e o Eos - contribuíram para a consolidação da fábrica, mas o monovolume foi sempre o carro que nos caracterizou". Com o fim da produção deste monovolume, a fábrica vai apostar no T-Roc, "modelo mais vendido na Europa, em Julho e Agosto deste ano".O final de ciclo de um monovolume com história mundial |
Ainda não tem o dia marcado mas, durante o mês de Outubro, deverá sair da linha de produção da Volkswagen Autoeuropa, em Palmela, o último monovolume, um Volkswagen Sharan, 1.4L TSI edição Active, de cor exterior “Indiumgrau metallic” da gama Comfortline.
Este é um caso de longevidade nos modelos automóveis da marca germânica, tendo sido produzido durante 27 anos e foi para o concretizar que, em 1991, a Volkswagen – na altura em parceria com a Ford – deu início à instalação daquele que viria a ser o maior investimento da indústria automóvel em Portugal.
O arranque da produção do monovolume Volkswagen Sharan deu-se quatro anos mais tarde, em Maio de 1995 e, à época, foi uma autêntica inovação neste segmento. A Autoeuropa propunha ao mercado uma oferta diferenciada, que combinava um generosa capacidade de carga com sete lugares para passageiros.
Em nota distribuída à imprensa esta quinta-feira, a Autoeuropa explica que, “se combinarmos os três modelos – Sharan, Seat Alhambra e Ford Galaxy, este produzido em Palmela até ao ano 2000 -, foram construídas mais de dois milhões de unidades entre 1995 e 2022 (dos quais mais de um milhão de Sharan), um valor que atesta bem o enorme sucesso do monovolume em todo o mundo”.
No mesmo comunicado de imprensa, Thomas Hegel Gunther, diretor-geral da Volkswagen Autoeuropa, refere que o monovolume Sharan será sempre um marco na Volkswagen Autoeuropa: “Foi o modelo que lançou as bases da nossa história de sucesso. Os modelos que se seguiram – o Scirocco e o Eos -contribuíram para a consolidação da fábrica, mas o monovolume foi sempre o carro que nos caracterizou. Essa identificação está agora a cargo do T-Roc, um SUV de enorme sucesso comercial”, na Europa.
O final da produção do Volkswagen Sharan irá libertar capacidade de produção que, segundo a empresa de Palmela, “será ocupada pelo incremento de volume do T-Roc”.
A Autoeuropa não explicou oficialmente a causa do fim da produção do monovolume da Volkswagen, mas provavelmente que tem a ver com a quebra na procura, num mercado que já não pede aquele tipo de configuração e que, em termos de volumetrias, está mais virado para os SUV de grande e média dimensão, onde se inclui precisamente o T-Roc, um dos carros mais procurados em toda a Europa.
Agência de Notícias
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