"Problema endémico do serviço de urgência não se resolve com medidas pontuais de contratação de prestadores de serviços"
Após ausência de resposta ao pedido por escrito, os presidentes das Câmaras Municipais de Setúbal, de Sesimbra e de Palmela foram pessoalmente ao Ministério da Saúde, em Lisboa, exigir uma reunião com o ministro Manuel Pizarro para que se encontrem soluções para a falta de profissionais de saúde no Hospital de São Bernardo, que integra o Centro Hospitalar de Setúbal. Os presidentes das câmaras não foram ouvidos, mas viram o seu pedido de reunião ser satisfeito. A reunião ficou marcada para a próxima semana.Autarcas foram ao Ministério da Saúde |
“Podia ter sido evitado estarmos hoje aqui, se tivesse sido dada uma resposta ao pedido de uma reunião. Estamos satisfeitos pelo facto de termos uma reunião marcada para podermos explicar ao senhor ministro quais as questões que nos preocupam”, afirmou André Martins, presidente da Câmara de Setúbal, à saída do Ministério da Saúde.
Segundo o autarca, que falava ao lado dos autarcas de Palmela e Sesimbra, o objetivo é obter uma “garantia de que haverá medidas que façam um caminho para resolver definitivamente os problemas do Centro Hospitalar de Setúbal”.
André Martins destacou a necessidade de ter um “quadro de pessoal” – médicos, enfermeiros e técnicos de diagnóstico –, nos “diversos departamentos”, de forma a assegurar que “os serviços estão em condições de funcionar”.
Na sexta-feira, os três autarcas tinham anunciado que, caso a reunião não fosse marcada até domingo, nesta segunda-feira estariam “à porta” do Ministério da Saúde. Foi o que acabou por acontecer: foram recebidos pela chefe de gabinete e atingiram o objetivo de marcação do encontro.
Na sexta-feira, os três autarcas tinham anunciado que, caso a reunião não fosse marcada até domingo, nesta segunda-feira estariam “à porta” do Ministério da Saúde. Foi o que acabou por acontecer: foram recebidos pela chefe de gabinete e atingiram o objetivo de marcação do encontro.
Autarcas querem resolver problema de vez
A Câmara de Setúbal reuniu-se com o Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Setúbal na sexta-feira, devido às dificuldades que se têm verificado relativamente à falta de médicos no Hospital de São Bernardo, que têm provocado o encerramento temporário de alguns serviços.
Nesse dia, os autarcas defenderam, em conferência de imprensa, que a contratação de tarefeiros não é solução. “Isto não é caminho. Nós exigimos que este assunto seja tratado como deve ser tratado, ou seja, com a garantia do reforço do quadro de pessoal do Centro Hospitalar de Setúbal”, declarou André Martins.
Nesse dia, os autarcas defenderam, em conferência de imprensa, que a contratação de tarefeiros não é solução. “Isto não é caminho. Nós exigimos que este assunto seja tratado como deve ser tratado, ou seja, com a garantia do reforço do quadro de pessoal do Centro Hospitalar de Setúbal”, declarou André Martins.
O presidente da Câmara de Palmela, Álvaro Amaro, também considera que o "problema endémico do serviço de urgência" não se resolve com medidas pontuais de contratação de prestadores de serviços.
"Isto é insuficiente e não se resolve sem criar equipas [médicas]. Nós ficámos ainda mais apreensivos e percebemos os motivos que levam à demissão de grande parte dos responsáveis, porque, sem conseguir manter equipas médicas permanentes, bem tratadas, motivadas e com condições de trabalho, dificilmente estes assuntos serão resolvidos e debelados", disse o autarca de Palmela.
"Isto é insuficiente e não se resolve sem criar equipas [médicas]. Nós ficámos ainda mais apreensivos e percebemos os motivos que levam à demissão de grande parte dos responsáveis, porque, sem conseguir manter equipas médicas permanentes, bem tratadas, motivadas e com condições de trabalho, dificilmente estes assuntos serão resolvidos e debelados", disse o autarca de Palmela.
A urgência pediátrica do Hospital de São Bernardo, que integra o Centro Hospitalar de Setúbal, reabriu às nove horas desta segunda-feira, depois de ter estado encerrada desde terça-feira por falta de médicos.
Agência de Notícias
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