Sesimbra lança concurso para valorização da Lagoa de Albufeira

Qualificar a frente lagunar e preservar os ecossistemas naturais do concelho 

A construção de um novo observatório no Espaço Interpretativo da Lagoa Pequena, a criação de um espaço de apoio às atividades náuticas e de um núcleo de apoio à aquicultura, que engloba, por exemplo, a construção de abrigos para viveiristas e de um cais e pontão, e a implementação de medidas que contribuam para a diminuição da circulação de pessoas e veículos em zonas sensíveis, consideradas importantes para a preservação do ecossistema lagunar são algumas das intervenções enquadradas no projeto de recuperação e valorização da Lagoa de Albufeira. A abertura de concurso público para esta ampla operação, orçado em cerca de 800 mil euros já foi aprovado pela autarquia.
Concurso já foi lançado e irá dar nova vida à zona 

O objetivo é "qualificar a frente lagunar, melhorar infraestruturas de apoio à atividades, preservar os ecossistemas lagunares e dunares, e valorizar este património natural costeiro de forma ordenada e sustentável", conta a câmara de Sesimbra liderada por Francisco Jesus. Em relação ao Espaço Interpretativo da Lagoa Pequena, para além de um novo observatório de maiores dimensões, "está ainda incluída a construção de uma nova torre de observação e instalação de mobiliário urbano", sublinha a autarquia.
Relativamente às estruturas de apoio às atividades náuticas, que incluem o desporto escolar, vela, canoagem, e iniciativas de âmbito desportivo, entre as ações previstas contam-se, por exemplo, a reabilitação das construções existentes (antigos abrigos de pescadores), construção de um sanitário de apoio, de uma zona coberta para parqueamento e embarcações e limpeza florestal.
A valorização desta zona do concelho passa também pela criação de "uma plataforma de acesso à margem da Lagoa, no final da Avenida do Alcaide, que engloba a instalação de mobiliário urbano para melhorar as condições de usufruto do espaço florestal, que ficará vedado à circulação de veículos motorizados", diz ainda o município. 
Este conjunto de intervenções será dinamizado em várias fases e conta com apoio do Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas, no âmbito do Programa Operacional Mar 2020 – Portugal 2020, ao abrigo de candidatura apresentada pela autarquia.
A Casa do Infantado, imóvel do século XIX que se encontra em ruinas na margem da Lagoa será também reabilitado, não ao abrigo desta candidatura, mas de um acordo recentemente estabelecido entre a Câmara Municipal e a Direção-geral do Tesouro e Finanças, que prevê a "transferência de competências de gestão para a autarquia por um período de 50 anos. O programa de valorização prevê ainda a instalação de um centro de recursos multidisciplinares", conclui a autarquia. 


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