Ritual pagão anima época da Páscoa nas ruas históricas da vila
Palmela acolhe mais uma edição da tradicional “Queima do Judas” no dia 8 de Abril, sábado de Aleluia. O desfile das associações locais, acompanhadas pela população, tem início às 21 horas no Largo dos Loureiros e percorrerá o Centro Histórico da Vila, até ao Largo de S. João. A cada paragem, as associações locais fazem a dramatização do seu testamento, texto de tom satírico, que aborda temas da atualidade e dita o destino do Judas - boneco de palha, com recheio pirotécnico, que, assim, expia, simbolicamente, os pecados do mundo. O percurso termina no Largo de S. João, com animação musical e um espetáculo de fogo-de-artifício. Em Palmela, esta tradição pascal, foi recuperada em 1995 pela autarquia, depois de longos anos de esquecimento.
Judas volta a arder em Palmela no sábado de Aleluia |
A “Queima do Judas” é um ritual de origens pagãs, ligado à celebração do equinócio da primavera e ao início de um novo ciclo de vida, saindo à rua, anualmente, em Sábado de Aleluia. Este ritual foi recuperado pela Câmara Municipal em 1995, no âmbito do Programa Municipal do Teatro.
A “Queima do Judas” envolve a participação de centenas de participantes, num percurso que inicia no Largo dos Loureiros, às nove da noite, com passagem pelo Largo do Município, Praça Duque de Palmela, Largo D. Afonso Henriques, Largo D. João I, Largo do Mercado, Rua Hermenegildo Capelo (frente à Columbófila), entroncamento entre a Rua Hermenegildo Capelo e a Rua Heliodoro Salgado, Largo do Marquês de Pombal e Largo Passo da Formiga e termina no Largo de São João.
À luz dos archotes, com o rufar dos tambores a marcar o ritmo, o movimento associativo do concelho irá ditar o destino dos Judas - bonecos de palha com recheio pirotécnico. Cada Judas ouve a leitura do seu testamento, texto teatral que dá voz à crítica e à sátira social, culminando na Queima, gesto simbólico da expiação de pecados e início de uma nova etapa.
O evento integra o Programa Municipal de Teatro, contribuindo para a preservação do património cultural local.Agência de Notícias
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