Clássico de Gil Vicente torna-se palco de uma luta contra o trabalho para ver no São Martinho
A célebre peça “A Farsa de Inês Pereira”, de Gil Vicente, é apresentada a 11 de Novembro, à noite, no Fórum Municipal Luísa Todi, em Setúbal, numa encenação e adaptação de Pedro Penim. Na nova criação, o encenador reescreve o texto original vicentino apresentado pela primeira vez há quinhentos anos e transforma-o numa obra ligada ao tempo presente. Inês Pereira, interpretada por David Costa, identifica-se como pessoa não-binária. Não quer trabalhar, nem viver numa vida subjugada aos interesses do capital e do patriarcado.
Farsa de Inês Pereira estreou há 500 anos. Regressa em versão atual |
Inês Pereira, podia ser uma mulher deste tempo, mesmo que Gil Vicente tenha apresentado esta comédia há 500 anos, faz agora esta conta redonda, as muitas aventuras, casamentos, amores e desamores desta mulher da classe média do século XVI. Pedro Penim, como diretor do Teatro Nacional, sente essa missão, de alguma forma olhar mais de perto para os clássicos, que por serem clássicos, não perdem o tempo, embora seja uma outra peça.
Nesta reescrita, Pedro Penim, manteve muitas das personagens, tirou outras, mas as palavras saem todas para aqueles atores, como se já estivessem a ser ditas por aquelas bocas.
Pedro Penim aproveita a ideia central de Inês Pereira a mulher que já estava, de certa maneira à frente do seu próprio tempo, e que traz aqui essa ideia do trabalho, ou do não trabalhar, de todo.
Esta é a Inês Pereira, 500 anos depois, continua a marcar o tempo, este tempo, e que continua a sacudir aqueles que são os pilares da sociedade contemporânea, a começar com o trabalho, a sexualidade e o que chamamos família.
Pedro Penim aproveita a ideia central de Inês Pereira a mulher que já estava, de certa maneira à frente do seu próprio tempo, e que traz aqui essa ideia do trabalho, ou do não trabalhar, de todo.
Esta é a Inês Pereira, 500 anos depois, continua a marcar o tempo, este tempo, e que continua a sacudir aqueles que são os pilares da sociedade contemporânea, a começar com o trabalho, a sexualidade e o que chamamos família.
O novo texto encerra uma trilogia do encenador e dramaturgo dedicada à família, iniciada com “Pais & Filhos”, em 2021, a que se seguiu “Casa Portuguesa”, no ano seguinte.
Na senda destas obras, “A Farsa de Inês Pereira” de 2023 deita o seu olhar cáustico sobre alguns alicerces da sociedade contemporânea, nomeadamente o trabalho, a sexualidade e a célula familiar.
Ana Tang, Bernardo de Lacerda, David Costa, Hugo van der Ding, João Abreu, Rita Blanco e Sandra Feliciano compõem o elenco da peça, que tem cenografia e adereços de Joana Sousa e figurinos de Béhen.
Os bilhetes, com um custo de 14 euros, estão à venda no Fórum Municipal Luísa Todi ou online.
Na senda destas obras, “A Farsa de Inês Pereira” de 2023 deita o seu olhar cáustico sobre alguns alicerces da sociedade contemporânea, nomeadamente o trabalho, a sexualidade e a célula familiar.
Ana Tang, Bernardo de Lacerda, David Costa, Hugo van der Ding, João Abreu, Rita Blanco e Sandra Feliciano compõem o elenco da peça, que tem cenografia e adereços de Joana Sousa e figurinos de Béhen.
Os bilhetes, com um custo de 14 euros, estão à venda no Fórum Municipal Luísa Todi ou online.
Agência de Notícias
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