Autarquia de Sesimbra reabilitou a Capela de São Sebastião

A vida está de volta ao templo mais antigo da vila

A Capela de São Sebastião, o templo mais antigo da vila de Sesimbra, foi inaugurada nesta terça-feira após obras de reabilitação levadas a cabo pela Câmara de Sesimbra. Poucos sesimbrenses se recordam de entrar na Capela de São Sebastião e ninguém se lembra de aqui assistir a missas, casamentos ou batizados. A ermida deixou de ter culto há mais de um século, foi vendida em hasta pública, foi viveiro de plantas, armazém e esteve quase para ser hospital de isolamento após a gripe pneumónica. O edifício do mais antigo templo da vila de Sesimbra foi reabilitado pela autarquia e agora reabre portas à comunidade, com novas funções. A vida está de volta ao templo mais antigo da vila. 
Capela é um dos mais importantes monumentos da região

A igreja foi construída em 1484 pelos mareantes e mandadores sesimbrenses em devoção ao São Sebastião, santo protetor contra a peste e doenças originadas por via marítima. Apenas os registos das visitações das ordens religiosas dão algumas pistas de como seria a capela original. A Visitação da Ordem de Santiago, em 1516, refere que seria feita de “paredes de pedra e barro, madeira de castanho, [e] ocupava uns modestos 93,7m2”, sabe-se ainda que a capela-mor teria paredes forradas a azulejos.
Após várias reconstruções e usos ao longo de cinco séculos, até chegar ao estado de ruína, a Capela foi agora alvo de um cuidadoso trabalho de recuperação.
Parte da obra foi executada com base em métodos tradicionais, com argamassas à base de cal e areia. No seu interior, a traça original apresenta uma nave ampla, de onde se destaca o arco triunfal, uma peça muito importante de cantaria em pedra do Zambujal.
Junto ao edifício principal foi construída uma capela mortuária, que substituirá as atuais instalações anexas à capela da Santa Casa da Misericórdia, no Largo 5 de Outubro.
A Capela de São Sebastião abre portas, transformada num espaço cultural com uma das melhores vistas sobre a vila e o mar.
O investimento total foi de 802 mil euros, 557 mil euros suportados pelo orçamento da autarquia e 225 mil euros financiados pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, no âmbito de uma candidatura apresentada pela Câmara Municipal ao Programa Operacional Regional de Lisboa 2020.

Agência de Notícias 

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