Autarquia já propôs ao Governo uma prorrogação dos atuais contratos
A Câmara de Almada assegurou que não enviou qualquer ordem de despejos aos concessionários da Frente Urbana da Costa da Caparica. O jornal Público noticiou na quarta-feira que mais de duas dezenas de restaurantes da Costa de Caparica, entre os quais 'O Barbas', receberam notificações de despejo no final de Novembro e inicio de Dezembro, com indicação de que teriam de deixar as instalações no prazo de 10 dias.22 restaurantes nas praias da Costa podem fechar |
Quem chega ao paredão junto às praias da Costa de Caparica e se habituou a ver, do lado esquerdo, o restaurante “Tarquínio” e, do lado direito, o mítico restaurante benfiquista “O Barbas” corre o risco de os ver fechados e substituídos por outros. Isto porque, dizem os empresários, a autarquia de Almada se prepara para lançar um concurso público para a exploração dos espaços onde atualmente estão os 22 restaurantes na frente urbana. Todos tinham um contrato com a Costa Polis desde há 18 anos que acabou em Maio do ano passado. A solução poderá ser novo concurso público.
Em causa, segundo o Público, está o fim dos contratos das concessões para explorar os restaurantes naquela zona da Costa de Caparica e segundo o advogado que representa alguns destes restaurantes, Paulo Edson Cunha, a carta enviada pela empresa municipal Wemob referia que ultrapassados os 10 dias os restaurantes poderiam continuar a laborar mediante o pagamento de uma mensalidade, mas que isso não significa a renovação dos contratos.
Nesta quinta-feira a autarquia de Almada divulgou uma nota de imprensa a assegurar que "não enviou qualquer ordem de despejo aos concessionários" negando as informações publicadas que lhe atribuem esse ato.
A Câmara de Almada acrescenta que partilha da preocupação dos comerciantes, com quem garante ter vindo a reunir de modo a garantir a continuidade da oferta de restauração e demais serviços necessários à fruição e qualidade das praias.
Segundo a autarquia, os 23 apoios de praia da Frente Urbana da Costa da Caparica são propriedade da Sociedade CostaPolis, que celebrou, em 2008, os respetivos contratos de uso e fruição dos equipamentos.
Nesta quinta-feira a autarquia de Almada divulgou uma nota de imprensa a assegurar que "não enviou qualquer ordem de despejo aos concessionários" negando as informações publicadas que lhe atribuem esse ato.
A Câmara de Almada acrescenta que partilha da preocupação dos comerciantes, com quem garante ter vindo a reunir de modo a garantir a continuidade da oferta de restauração e demais serviços necessários à fruição e qualidade das praias.
Segundo a autarquia, os 23 apoios de praia da Frente Urbana da Costa da Caparica são propriedade da Sociedade CostaPolis, que celebrou, em 2008, os respetivos contratos de uso e fruição dos equipamentos.
Autarquia quer resolver o problema
Em 2015, adianta, a CostaPolis transferiu a gestão, mas não a propriedade, desses equipamentos para a Agência Portuguesa do Ambiente, que, por sua vez, cedeu a sua posição contratual, em 2019, à Câmara Municipal de Almada.
Nesse ano a autarquia refere ter procedido à delegação de competências desta matéria na WeMob, empresa municipal com competência de gestão do litoral, assegurando o cumprimento das obrigações dos concessionários, nomeadamente a limpeza, vigilância da praia e assistência a banhistas, para além de garantir a manutenção e o bom estado de conservação dos equipamentos.
A Câmara de Almada refere ainda que os contratos com os concessionários, celebrados em 2008, com uma duração de 10 (dez) anos, foram prorrogados por mais cinco anos, no seguimento de intempéries ocorridas durante o ano de 2014, tendo agora, entre Maio de 2023 e Janeiro de 2024, terminado o período de vigência de cada um.
A autarquia garante que desde 2022 "tem insistentemente alertado a CostaPolis, entidade ainda com competência para celebração dos contratos, para o término dos mesmos e para a necessidade de lançar um novo procedimento concursal, porém sem sucesso".
Por outro lado, adianta a autarquia, foi feito um alerta para a tutela, nomeadamente o gabinete do Secretário de Estado do Tesouro, a Direção-Geral do Tesouro e Finanças e a Parpública, propondo uma prorrogação dos atuais contratos por período equivalente ao necessário à realização dos concursos de concessão, tendo a Câmara de Almada manifestado a sua disponibilidade para assumir essa competência.
Para tal, seria necessária uma deliberação da Assembleia de Acionistas da CostaPolis a mandatar o Município para o efeito, algo que a autarquia afirma não ter acontecido.
A autarquia garante que desde 2022 "tem insistentemente alertado a CostaPolis, entidade ainda com competência para celebração dos contratos, para o término dos mesmos e para a necessidade de lançar um novo procedimento concursal, porém sem sucesso".
Por outro lado, adianta a autarquia, foi feito um alerta para a tutela, nomeadamente o gabinete do Secretário de Estado do Tesouro, a Direção-Geral do Tesouro e Finanças e a Parpública, propondo uma prorrogação dos atuais contratos por período equivalente ao necessário à realização dos concursos de concessão, tendo a Câmara de Almada manifestado a sua disponibilidade para assumir essa competência.
Para tal, seria necessária uma deliberação da Assembleia de Acionistas da CostaPolis a mandatar o Município para o efeito, algo que a autarquia afirma não ter acontecido.
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