Fertagus transportou quase 500 milhões de passageiros em 25 anos de existência
A travessia ferroviária na Ponte 25 de Abril, inaugurada há 25 anos, permitiu transportar 498 milhões de passageiros e retirar 80 milhões de automóveis do tabuleiro rodoviário, entre Lisboa e Almada, disse à agência Lusa a administração da concessionária. A Fertagus assinalou a data com a inauguração de um novo comboio batizado com o nome de um poeta da região, Sebastião da Gama. “É um gesto muito nobre da Fertagus, num ano em que se comemora o centenário do nascimento de Sebastião da Gama. A atribuição a um comboio do nome de um dos poetas maiores de Setúbal e Azeitão dá ainda mais dignidade a estas comemorações”, diz a Câmara de Setúbal. |
| Comboio da ponte fez 25 anos esta segunda-feira |
"Estamos neste momento na estação de Coina para fazermos a inauguração de um comboio com o nome de Sebastião da Gama, que é um poeta da nossa área de atuação e que falou muito da Serra da Arrábida. Este ano é o centenário do nascimento dele e vamos comemorar isso a batizar um comboio", explica a presidente da Fertagus, Cristina Dourado, que fala de um meio de transporte público que se tornou imprescindível com mais de 100 mil passageiros por dia.
"É um serviço imprescindível para a qualidade de vida da população e da nossa zona, facilita muito a vida às pessoas e aproxima muito os diversos lugares. A grande parte dos utilizadores do comboio já não têm recordação de não haver comboio para atravessar a ponte", diz Cristina Dourado, sublinhando que o comboio "contribuiu para diminuir a utilização do transporte individual e melhorar a qualidade de vida da população".
Em 25 anos, a substituição do carro pela viagem de comboio permitiu que se evitasse a emissão de mais de 900 mil toneladas de CO2. Sem adiantar por onde passam os planos, a Fertagus promete novidades a curto prazo.
A ligação ferroviária foi inaugurada ao fim da manhã de 29 de Julho de 1999, uma quinta-feira, com as presenças dos então primeiro-ministro, António Guterres, ministro do Equipamento, João Cravinho, secretário de Estado dos Transportes, Guilhermino Rodrigues, e dos presidentes das câmaras de Lisboa, João Soares, do Seixal, Alfredo Monteiro, e de Almada, Maria Emília Sousa.
25 anos de balanço muito positivo
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| Comboio transporta cerca de 100 mil pessoas por dia |
Duas décadas e meia depois, a administração da Fertagus, empresa concessionária do serviço ferroviário entre as estações de Roma-Areeiro( Lisboa) e Setúbal (54 quilómetros), faz um balanço "muito positivo", destacando os impactos na mobilidade e no ambiente.
"Consideramos que a Fertagus se tornou imprescindível para a mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa e com um contributo fundamental para a sua melhoria. Conseguimos com um serviço de grande qualidade, rápido e pontual garantir a ligação ferroviária entre a Margem Sul e Lisboa", afirmou à agência Lusa Clara Esquível, administradora da Fertagus.
Em 25 anos de operação, o serviço ferroviário da Ponte 25 de Abril transportou 498 milhões de passageiros, o equivalente à população de toda a União Europeia e percorreu cerca de 51 milhões de quilómetros, o correspondente a 1.273 voltas ao planeta Terra.
"Estimamos que tenhamos retirado cerca de 80 milhões de automóveis da Ponte 25 de Abril, o que também é muito significativo e um importante contributo", apontou, considerando que estes números significam que se evitou a emissão de mais de 900 mil toneladas de CO2 nestes últimos 25 anos.
Em 2023, a Fertagus transportou cerca de 27 milhões de passageiros e só no primeiro trimestre deste ano já foram contabilizados 14,8 milhões.
"Temos trabalhado sempre com o mesmo material circulante e procurado a realidade do serviço, nomeadamente esta pontualidade e a regularidade na realização do serviço", apontou Clara Esquível.
Sebastião da Gama dá nome a comboio
"Consideramos que a Fertagus se tornou imprescindível para a mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa e com um contributo fundamental para a sua melhoria. Conseguimos com um serviço de grande qualidade, rápido e pontual garantir a ligação ferroviária entre a Margem Sul e Lisboa", afirmou à agência Lusa Clara Esquível, administradora da Fertagus.
Em 25 anos de operação, o serviço ferroviário da Ponte 25 de Abril transportou 498 milhões de passageiros, o equivalente à população de toda a União Europeia e percorreu cerca de 51 milhões de quilómetros, o correspondente a 1.273 voltas ao planeta Terra.
"Estimamos que tenhamos retirado cerca de 80 milhões de automóveis da Ponte 25 de Abril, o que também é muito significativo e um importante contributo", apontou, considerando que estes números significam que se evitou a emissão de mais de 900 mil toneladas de CO2 nestes últimos 25 anos.
Em 2023, a Fertagus transportou cerca de 27 milhões de passageiros e só no primeiro trimestre deste ano já foram contabilizados 14,8 milhões.
"Temos trabalhado sempre com o mesmo material circulante e procurado a realidade do serviço, nomeadamente esta pontualidade e a regularidade na realização do serviço", apontou Clara Esquível.
Sebastião da Gama dá nome a comboio
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| Sebastião da Gama dá nome a um dos comboios |
Para assinalar os 25 anos da travessia ferroviária na Ponte 25 de Abril a empresa concessionária vai levar a cabo algumas iniciativas, nomeadamente a distribuição de brindes alusivos à efeméride nas estações e o batismo de um comboio com o nome do poeta Sebastião da Gama, natural de Azeitão.
Para o vereador da Câmara de Setúbal, Pedro Pina, esta é “uma forma de promover a leitura de uma referência da cultura do país, de Setúbal e de Azeitão em milhares de cidadãos que todos os dias viajam de comboio, tornando também a viagem mais interessante”.
A presidente da Junta de Freguesia de Azeitão, Sónia Paulo, considera que o dia de hoje “é muito marcante para os azeitonenses e setubalenses”, pois a Fertagus “escolheu um poeta do concelho para dar nome a um comboio que todos os dias transportará milhares de pessoas”, levando-as a descobrir quem é Sebastião da Gama.
O comboio, que já circula na linha ferroviária entre Setúbal e Lisboa, ostenta o nome do poeta acompanhado do verso “Meu caminho é por mim fora”, do poema “Itinerário”, e do símbolo das comemorações do 25.º aniversário da Fertagus.
A cerimónia de batismo do comboio Sebastião da Gama incluiu a declamação, por João Completo, de três poemas do poeta azeitonense, acompanhado de música pelo quarteto da Orquestra Nova de Guitarras.
Para o vereador da Câmara de Setúbal, Pedro Pina, esta é “uma forma de promover a leitura de uma referência da cultura do país, de Setúbal e de Azeitão em milhares de cidadãos que todos os dias viajam de comboio, tornando também a viagem mais interessante”.
A presidente da Junta de Freguesia de Azeitão, Sónia Paulo, considera que o dia de hoje “é muito marcante para os azeitonenses e setubalenses”, pois a Fertagus “escolheu um poeta do concelho para dar nome a um comboio que todos os dias transportará milhares de pessoas”, levando-as a descobrir quem é Sebastião da Gama.
O comboio, que já circula na linha ferroviária entre Setúbal e Lisboa, ostenta o nome do poeta acompanhado do verso “Meu caminho é por mim fora”, do poema “Itinerário”, e do símbolo das comemorações do 25.º aniversário da Fertagus.
A cerimónia de batismo do comboio Sebastião da Gama incluiu a declamação, por João Completo, de três poemas do poeta azeitonense, acompanhado de música pelo quarteto da Orquestra Nova de Guitarras.
O prazo de concessão da travessia ferroviária do Tejo à Fertagus termina em 30 de Setembro de 2024.
A travessia ferroviária sobre o Tejo em Lisboa era uma ideia antiga: aquando da construção da ponte, em 1966, no tempo de Oliveira Salazar, foi também construído sob a Praça da Portagem, na "outra banda", um túnel de 600 metros (aumentado em mais 300 em 1999) que ficou 33 anos à espera dos comboios.
O valor total da obra na época foi de cerca de 150 milhões de contos (cerca de 750 milhões de euros), sendo que 50 milhões (250 milhões de euros) foi para as obras de reforço estrutural da ponte, criação da sexta via no tabuleiro rodoviário, pinturas e iluminação, 77 milhões (385 milhões de euros) na infraestrutura e 22 milhões (110 milhões de euros) na aquisição de material circulante.
A travessia ferroviária sobre o Tejo em Lisboa era uma ideia antiga: aquando da construção da ponte, em 1966, no tempo de Oliveira Salazar, foi também construído sob a Praça da Portagem, na "outra banda", um túnel de 600 metros (aumentado em mais 300 em 1999) que ficou 33 anos à espera dos comboios.
O valor total da obra na época foi de cerca de 150 milhões de contos (cerca de 750 milhões de euros), sendo que 50 milhões (250 milhões de euros) foi para as obras de reforço estrutural da ponte, criação da sexta via no tabuleiro rodoviário, pinturas e iluminação, 77 milhões (385 milhões de euros) na infraestrutura e 22 milhões (110 milhões de euros) na aquisição de material circulante.
Agência de Notícias com Lusa
Fotografia: DR
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