Super Bock Super Rock regressa ao Meco esta quinta-feira

Dos Måneskin a 21 Savage, de Slow J aos Mind da Gap, passando por Stormzy e Tom Morello, há música até sábado 

Música, campismo e praia a curta distância são a fórmula ideal de um festival de verão. Mas na 28.ª edição do Super Bock Super Rock, há vários pontos de destaque. As estreias dos italianos Måneskin e do rapper norte-americano 21 Savage em Portugal, o regresso dos portugueses Mind da Gap aos palcos, os concertos de Slow J, Will Butler (ex-Arcade Fire) ou Tom Morello são antecipados momentos fortes do cartaz do Super Bock Super Rock, que está de volta à Herdade do Cabeço da Flauta, em Sesimbra, entre esta quinta-feira e sábado.
O festival é um dos maiores do país e tem cartaz de luxo 

É uma longa história, com quase três décadas, que recua aos tempos do nascimento dos festivais de música em Portugal. Uma história que se foi fazendo em vários formatos e localizações, de Alcântara ao Parque Tejo, do Meco ao Parque das Nações, de festival em recinto único à sua dispersão por várias salas. Em 2010, o festival chegou a casa, ao seu espaço privilegiado: a Herdade do Cabeço da Flauta, entre a Lagoa de Albufeira e a praia do Meco, em Sesimbra. 
O festival divide-se entre a tendência mais rock no primeiro dia e hip hop nos seguintes. Esta quinta-feira, sobem a palco os italianos Måneskin, que saltaram para o estrelato com a vitória na Eurovisão, em 2021, Tom Morello, o guitarrista dos Rage Against the Machine, ou os britânicos Royal Blood. 
Nos dias seguintes marca presença Savage 21, um dos nomes de destaque no panorama hip hop atual, questionador metódico da ideia de “sonho americano”, Slow J, músico em estado de graça com a edição do celebrado Afro Fado (ambos sexta-feira), Stormzy, estrela maior no Reino Unido e os Mind da Gap, reunidos quase uma década depois para atuar no festival (ambos sábado).
Na última noite há Stormzy, voz poderosa a emergir da mais recente vaga emanada do grime, e os históricos Mind da Gap, mas também, por exemplo, o rock visceral de Anna Calvi e o funk criativo dos Vulfpeck.
Como habitualmente, os concertos serão divididos por três palcos. O principal, Super Bock Super Rock, o palco Pull & Bear, onde ouviremos Capitão Fausto ou Anna Calvi, e o palco Sommersby, o último a iniciar atividade, às 23 horas, e que se prolongará até madrugada alta, com os últimos protagonistas de cada um dos dias a subirem a palco às 2h45 (por ali passarão nomes como New Max, dos Expensive Soul, Anna Prior, baterista dos Metronomy, DJ sets dos Chromeo e de Yen Sung ou o hip hop norte-irlandês dos Kneecap).

Melhorias no recinto e transportes públicos acessíveis 
Festival decorre de quinta a sábado na zona do Meco 
A zona de estacionamento e campismo foram recolocados numa área não florestal mas “com sombras” e com mais espaço, sendo que nesse campo o evento tem este ano uma novidade, diz Luís Montez, da Música no Coração: quem compra bilhete de um dia pode também ficar a descansar e a acampar nessa noite, fazendo um "upgrade" ao ingresso.
Ainda nas novidades, há uma orientação diferente da tenda dedicada à eletrônica, para não perturbar o som do palco principal.
Os bilhetes para o Super Bock Super Rock custam 72 euros (um dia) ou 164 euros (três dias), havendo diversas combinações de pacotes e passes com ou sem campismo ou acesso ao "golden circle" (zona da plateia mais perto do palco).
Há autocarros para o evento, sendo recomendado o uso de transportes públicos, mas há também acesso (e estacionamento) para carros particulares.
O campismo abre às 10 horas de quinta-feira e fecha às 17 horas de domingo. Há ainda autocarros gratuitos e regulares para a praia do Meco, a partir do recinto do festival.

Comentários