Festa de Todos os Santos anima Quinta do Anjo até domingo

Festividade tem mantido viva a memória da promessa realizada para proteção da aldeia face ao terramoto de 1755

A aldeia Quinta do Anjo prepara-se para receber uma das mais antigas festividades do concelho, a 268.ª edição da Festa de Todos os Santos, que decorrerá de 31 de Outubro a 3 de Novembro. Promovida pela Associação de Festas de Quinta do Anjo, a Festa de Todos os Santos continua a contar com o envolvimento da comunidade para manter viva a memória da promessa de proteção da aldeia de Quinta do Anjo face ao terramoto de 1755. De cariz religioso e profano, com fortes tradições na freguesia, valoriza a história e as tradições locais, assumindo grande importância na vida cultural e religiosa da comunidade. Além da componente musical, com destaque para o Dj Pedro Monchique, Simão Correia e Rosinha, o programa integra procissões, mercado de produtos locais, gastronomia, carrosséis e muita animação.
Procissão é um dos momentos altos da festa a 1 de Novembro 

Durante quatro dias, esta que é uma das festividades que junta a vertente religiosa ao lado profano da vida. Esta festividade, uma das mais antigas do concelho, é promovida pela Associação de Festas de Quinta do Anjo e conta com o apoio do município de Palmela. De cariz religioso e profano, com fortes tradições na freguesia, a Festa valoriza a história e as tradições locais, assumindo grande importância na vida cultura e religiosa da comunidade. 
A inauguração desta 268.ª edição da festa está marcada para as 20h30 de quinta-feira, no salão nobre da Sociedade de Instrução Musical (SIM).
Um concerto com Jorge Nice, na sala da SIM, seguido da primeira de seis largadas de toiros – promovidas pelo Snack Bar Basquitos – e a atuação do DJ Pedro Monchique completam a programação do primeiro dia.
A Procissão de Todos os Santos – com saída da Igreja de Nossa Senhora da Redenção – é um dos principais destaques na sexta-feira, 1 de Novembro (Dia de Todos os Santos). Esta celebração tem início pelas 15h30 e antecede outro momento de forte simbolismo: o Leilão dos Santos, anunciado para as 17h30 (sala da SIM). 
Neste feriado, destaca-se ainda do programa a subida ao palco da Orquestra Barroca da Sociedade Filarmónica Humanitária (na Igreja de Nossa Senhora da Redenção), pelas 19 horas, e o espetáculo com Rosinha (22h30), na sala da SIM.
Sábado é o dia com maior número de atividades, que se iniciam logo pela manhã. Mas, é a partir da tarde que têm lugar os momentos mais significativos: romaria ao cemitério (com homenagem aos festeiros de Quinta do Anjo), pelas 15 horas; atuações do Grupo Coral Modalentejo (17h30) e do Grupo de Cavaquinhos da SFPA (18h30); da Orquestra e Coro da SIM (21h30); e da banda “A Kind of Queen” (23h15).
Para o último dia da festa, domingo, está agendada a caminhada “Todos os Santos Ajudam” (10 horas), um concerto da Camerata de Estudantes do Instituto Superior Técnico (na Casa do Arrabidine, pelas 15h30) e a sexta e última largada de toiros. 
Momento alto acontece a partir das seis da tarde com a Procissão das Velas, com saída da capela da Quinta da Fonte do Anjo. À noite a actuação da Banda da Sociedade de Instrução Musical (21h30) e o concerto com Simão Correia (22h30) marcam o encerramento das festividades (na sala da SIM).
O município de Palmela assume-se, mais uma vez, como parceiro na concretização desta iniciativa e atribuiu apoios financeiros, técnicos e logísticos no valor global de 7300 euros como comparticipação na realização da Festa de Todos os Santos, além da cedência temporária de domínio público de espaços nas Ruas Jorge de Lencastre e João de Deus.

A historia da Festa da Quinta do Anjo
Festa acontece desde 1756 na Quinta do Anjo 
Foi no ano de 1756 que pela primeira vez se promoveu a Festa de Todos os Santos, ou em maior rigor, a Festa em honra da Nossa Senhora da Redenção, em dia de Todos os Santos, a 1 de Novembro. A comemoração religiosa e festiva decorreu junto à capela da Quinta do Anjo, acolhendo todos os montanhões que viviam nos montes e cabeços dispersos pelas abas da Serra do Louro.
António Mestre, presidente da Junta de Quinta do Anjo, lembra que "este é o momento em que, de forma festiva e devota, a nossa população agradece a proteção divina concedida a esta aldeia a quando do grande terramoto de 1755". Os dados históricos revelam que na aldeia ninguém faleceu nem existiu grandes estragos. 
Factos, lendas, devoção e crença "foram motivos bastantes para que de forma interrupta esta seja uma das mais antigas manifestações festivas do nosso território", sublinha António Mestre.  268 anos depois, a tradição continua com a mesma "fé" e "crença" de sempre. 

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