"Quero apenas uma casa, uma renda para pagar, para poder habitar com os meus filhos"
Algumas dezenas de moradores estiveram durante a manhã desta terça-feira a manifestar-se no Monte da Caparica contra ordens de despejo que começaram a ser emitidas na semana passada. Ao longo da semana, segundo os moradores, foram emitidas mais de 50 ordens de despejo. Quem aqui está garante que conseguirá pagar renda acessível. "As famílias em Portugal continuam sem ver uma solução, os jovens continuam sem conseguir aceder a uma habitação, os despejos continuam a ser muitos", afirma uma das porta-vozes da manifestação Casa Para Viver. O Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana alega que as situações mencionadas pelos moradores não se referem a processos de despejo, mas a desocupações determinadas devido a ocupações ilegais de habitações.![]() |
Manifestação decorreu esta terça-feira no Monte da Caparica |
"A minha situação é a seguinte: a mãe do meu filho foi posta na rua e foi ameaçada com a Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens quando ela pediu um teto para garantir as condições mínimas para ela e para o filho e a resposta Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana e da câmara de Almada foi sempre a mesma, que não há casas, não há espaços, mas ela encontra-se numa habitação. Então porque é que querem tirar de lá, fechar e não dar a oportunidade de alguém começar do zero”, explicou um morador à SIC.
De acordo com o mesmo canal, a ocupação desta casa foi feita de forma ilegal, mas o jovem explica que foi “porque não tinha outra forma de ter um teto sobre a cabeça”.
“Ela na quinta-feira recebeu a carta para se apresentar no centro comunitário Pia II (...) Tinha de abandonar o espaço até hoje. E se ela não tem para onde ir, onde é que vai meter as coisas que lhe têm dado, as coisas que se tem arranjado, como é que ela vai fazer… vem para a rua com as coisas. O meu filho vai dormir na rua”, acrescentou o morador.
Ao longo da semana, segundo os moradores, foram emitidas mais de 50 ordens de despejo. Quem aqui está garante que conseguirá pagar renda acessível.
“Tenho 28 anos, sou jovem, tenho possibilidades de trabalhar, não sou aleijada, não tenho problemas de saúde. Quero apenas uma casa, uma renda para pagar, para poder habitar com os meus filhos. (...) [Por parte da câmara] não tenho tido resposta nenhuma. A minha assistente diz que está a fazer o pedido. Diz que só para o mês que vem… só para o mês que vem… e não há pedidos, não há nada porque não há soluções para isto” explica outra moradora do bairro.
Estas casas pertencem ou à Câmara de Almada ou ao Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana. Algumas dessas habitações já foram a concurso público e vão ser entregues a outras famílias.
“Ela na quinta-feira recebeu a carta para se apresentar no centro comunitário Pia II (...) Tinha de abandonar o espaço até hoje. E se ela não tem para onde ir, onde é que vai meter as coisas que lhe têm dado, as coisas que se tem arranjado, como é que ela vai fazer… vem para a rua com as coisas. O meu filho vai dormir na rua”, acrescentou o morador.
Ao longo da semana, segundo os moradores, foram emitidas mais de 50 ordens de despejo. Quem aqui está garante que conseguirá pagar renda acessível.
“Tenho 28 anos, sou jovem, tenho possibilidades de trabalhar, não sou aleijada, não tenho problemas de saúde. Quero apenas uma casa, uma renda para pagar, para poder habitar com os meus filhos. (...) [Por parte da câmara] não tenho tido resposta nenhuma. A minha assistente diz que está a fazer o pedido. Diz que só para o mês que vem… só para o mês que vem… e não há pedidos, não há nada porque não há soluções para isto” explica outra moradora do bairro.
Estas casas pertencem ou à Câmara de Almada ou ao Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana. Algumas dessas habitações já foram a concurso público e vão ser entregues a outras famílias.
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Rendas altas e falta de casas aumenta desespero das pessoas |
De acordo com a SIC, o instituto refere que as casas estavam em processo de reabilitação para serem disponibilizadas a famílias inscritas no programa de Arrendamento Apoiado, quando foram ilegalmente ocupadas.
O Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana sublinhou ainda que, nos procedimentos cautelares, é solicitado apoio a outras entidades, como a Segurança Social, e que os ocupantes mantêm direito a uma habitação pública conforme os termos legais aplicáveis.
Uma jovem manifestante destacou que, apesar de querer uma casa com renda que possa pagar, não tem recebido respostas da Câmara Municipal, questionando o porquê da falta de apoio perante as dificuldades. A situação é complexa, com muitos moradores a pedirem soluções que assegurem o direito à habitação digna.
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