Peça estreia sexta-feira no Fórum Luísa Todi e pretende lembrar os perigos do fascismo
O Teatro Estúdio Fontenova prepara-se para estrear a peça “Qual Estado da Nação?”, sobre mendicidade no Estado Novo, com um espetáculo realista que pretende recordar as memórias do antes do 25 de Abril e lembrar os perigos do fascismo, porque “quando não há memória das coisas é como se elas não tivessem acontecido”. Com estreia marcada para esta sexta-feira, 15 de Novembro, no Fórum Luísa Todi, a obra feita a partir do texto original de Luísa Monteiro terá encenação de José Maria Dias, responsável também pelo espaço cénico. A peça tem música original de João M. Mota e voz de Cátia Oliveira na canção final, sendo que a interpretar estão Graziela Dias, Patrícia Paixão e Sara Túbio Costa.
Qual Estado Nação? é o texto original de Luísa Monteiro que nos veio desmoronar a rotina e questionar um tempo da história branqueado pelo regime ditatorial que vigorou em Portugal. Quando se abre um anexo de uma casa encontram-se vozes de homens, mulheres e crianças agrilhoadas pela condição social, orientação sexual ou pela fragilidade da saúde mental. Ocultar para não se falar.
Peça relembra os perigos do regresso do fascismo |
Propagandear uma harmonia fictícia fazendo crescer a penumbra dos degredos e desterros que existiram desde sempre na nossa sociedade. A Mitra é o exemplo paradigmático do caso português. O Asilo de Mendicidade que cativava os “desvalidados” da sociedade. Estes contos verídicos são mote para a peça de estreia do Teatro Estúdio Fontenova, “Qual Estado da Nação?”.
A criação, com texto original de Luísa Monteiro e encenação de José Maria Dias, também responsável pelo espaço cénico, estará no Fórum Municipal Luísa Todi de 15 a 24 de Novembro. A partir de “histórias de homens, mulheres e crianças agrilhoadas pela condição social, orientação sexual ou pela fragilidade da saúde mental”, o Teatro Estúdio Fontenova construiu uma peça para “desmistificar o que foi realmente o albergue”, escreve a companhia na apresentação da peça.
Este é um dos segredos menos conhecidos da ditadura e, no espetáculo, vão desvendar-se os momentos em que “era prática comum branquear para não se questionar e alimentar uma rotina de felicidade obedecida e calada”.
A criação, com texto original de Luísa Monteiro e encenação de José Maria Dias, também responsável pelo espaço cénico, estará no Fórum Municipal Luísa Todi de 15 a 24 de Novembro. A partir de “histórias de homens, mulheres e crianças agrilhoadas pela condição social, orientação sexual ou pela fragilidade da saúde mental”, o Teatro Estúdio Fontenova construiu uma peça para “desmistificar o que foi realmente o albergue”, escreve a companhia na apresentação da peça.
Este é um dos segredos menos conhecidos da ditadura e, no espetáculo, vão desvendar-se os momentos em que “era prática comum branquear para não se questionar e alimentar uma rotina de felicidade obedecida e calada”.
O Teatro Estúdio Fontenova revela agora segredos ocultos, a partir de “estórias tímidas, outras sem filtro, ora sussurradas, ora gritadas”.
Assim, pretende abrir-se “a porta de um anexo de uma casa portuguesa e encontrar o que não se diz, o que não se conta no campo da saúde mental durante a ditadura. Seres para a morte: calculada, antecipada, civilizada?”.
O espetáculo tem sessões diárias às 21 horas, com exceção do dia 17, em que é apresentada às 17 horas. Terá também uma sessão especial para escolas, no dia 19, às 15 horas, mediante marcação, e uma apresentação com audiodescrição, no dia 24, às 17.
Os bilhetes estão à venda no Fórum Luísa Todi e na bilheteira online. Custam oito euros para o público em geral e seios euros para estudantes, desempregados, profissionais do espetáculo e menores de 25 anos ou maiores de 65.
Os bilhetes estão à venda no Fórum Luísa Todi e na bilheteira online. Custam oito euros para o público em geral e seios euros para estudantes, desempregados, profissionais do espetáculo e menores de 25 anos ou maiores de 65.
Agência de Notícias
Fotografia: Ana Rodrigues/Teatro Estúdio Fontenova
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