Câmara conclui Convento de Jesus e reabre Museu de Setúbal

Presidente da República elogia recuperação do convento, um símbolo da história de Portugal

No último dia de Novembro, Setúbal celebrou a reabertura do Museu de Setúbal e a conclusão da terceira fase das obras de requalificação do Convento de Jesus. O presidente da Câmara Municipal, André Martins, destacou o evento como um marco histórico para a cidade, sublinhando o sentimento de "dever cumprido" após a recuperação do monumento, que ficou abandonado por anos. André Martins lembrou que, ao assumir a gestão em 2002, a autarquia encontrou o convento em avançado estado de degradação, e que a requalificação foi uma prioridade do seu mandato. A cerimônia contou com a presença de diversas autoridades, incluindo o bispo de Setúbal, D. Américo Aguiar, e uma mensagem especial do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que elogiou o projeto de recuperação do convento, um símbolo da história e arquitetura de Setúbal e de Portugal.
Convento de Jesus volta a ter a importância que merece

O Museu de Setúbal no Convento de Jesus reabriu este fim-de-semana, após mais de três décadas de encerramento para as obras de recuperação do monumento nacional. A reabertura, que assinalou também a conclusão da terceira e ultima fase dos trabalhos de recuperação, teve lugar este sábado com o Presidente da República a elogiar o feito.
Marcelo Rebelo de Sousa, numa mensagem em vídeo, considerou o Convento de Jesus como um “símbolo” da cidade e do país, e deu os parabéns ao município.
“Quero felicitar a câmara, na pessoa do seu presidente, mas também todos os autarcas e, sobretudo, o povo de Setúbal porque é uma grande obra para Setúbal e para Portugal”, sublinhou o Chefe-de-Estado que anunciou a vinda a Setúbal para visitar o “novo” museu no próximo Sábado, dia 8.
O Presidente da República recordou alguns aspectos da história do convento, construído entre o final do século XV e o princípio do século XVI, considerando que se trata de um monumento com o que há de “mais bonito” do estilo manuelino. Marcelo acrescentou que o museu dá um segundo significado ao Convento de Jesus. “Além do significado histórico há o artístico”, afirmou.
Já o presidente da câmara municipal, André Martins, defendeu que a reabilitação do monumento nacional, que custou quase 10 milhões de euros, foi “um longo processo liderado pelo executivo CDU”.
“Há 22 anos, quando chegámos a esta câmara municipal, encontrámos um panorama desolador aos mais diversos níveis. O Convento de Jesus era, a todos os títulos, o mais marcante exemplo do desleixo a que tinha chegado a administração da cidade e do concelho.”, disse o autarca da CDU.
André Martins repetiu a ideia de que a reabilitação do convento “apenas se deve ao forte empenho” da gestão CDU, após anos de “inércia” dos mandatos de gestão socialista.
André Martins lembrou que a reabilitação deste “edifício emblemático, classificado como Monumento de Interesse Nacional, representa um investimento global próximo dos dez milhões de euros”, sendo mais de dois milhões relativos à terceira fase, um investimento cofinanciado pelo programa POR Lisboa 2020 que abre as portas “para novo capítulo na história do Museu de Setúbal”, instalado no convento.
O presidente da Câmara salientou que “Setúbal, cidade e concelho que se afirmam como uma das centralidades económicas e culturais mais importantes do país, vê, finalmente, dignificado aquele que é o seu mais importante monumento”, lembrando que a sua importância se deve à sua “qualidade arquitetónica”, ao seu “valor histórico” e ao “peso simbólico que tem para os setubalenses”.
André Martins lembrou que o convento foi hospital até 1959 e em 1961 foi transformado em Museu da Cidade, passando os seus claustros a ser um “verdadeiro centro cultural” após o 25 de Abril, sendo palco do Festival de Teatro de Setúbal, de festivais de cinema, de espetáculos musicais e de “uma diversidade de atividades culturais como a cidade nunca tinha visto” até então.

Agência de Notícias 
Fotografia: CM Setúbal 

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