Movimento cívico pede urgência na variante à EN 252 em Pinhal Novo

Petição pública mobiliza cidadãos e autarcas para resolver problema com três décadas de espera

Um grupo de cerca de 20 cidadãos do Pinhal Novo, entre dirigentes associativos, jornalistas, artistas, autarcas e empresários, lançou uma petição pública pela construção imediata da variante à Estrada Nacional 252. Esta via, que atravessa o coração do Pinhal Novo, é fundamental para a ligação entre Setúbal e Montijo, mas enfrenta graves problemas de segurança rodoviária, poluição e impacto económico na vila.
Tráfego intenso agrava problemas de segurança e qualidade de vida.

O intenso tráfego nesta estrada tem prejudicado a qualidade de vida da população local, agravando as condições de segurança e afetando as atividades comerciais e a rotina diária. "Apesar de ser uma reivindicação com quase 30 anos, inscrita no Plano Diretor Municipal (PDM) de Palmela desde 1997, a construção da variante nunca foi concretizada, deixando os pinhalnovenses numa luta contínua por melhorias estruturais na região", diz o líder do movimento "Pinhal Novo, Quem Te Faz Bem!", João Lobo Espalha em comunicado enviado à ADN-Agência de Notícias.
Para agilizar o processo, a Câmara de Palmela apresentou uma proposta de traçado mais curto e económico, ligando a zona do Montinhoso à saída norte do Pinhal Novo, junto ao nó da autoestrada. A proposta inclui também uma nova via circular a oeste da urbanização Val’Flores, visando melhorar a mobilidade e reduzir o impacto ambiental.

Requalificação avança em 2026 
Variante é uma luta com mais de 30 anos na vila 
Embora a variante não tenha sido integrada no Programa Nacional de Investimentos 2030, o Governo comprometeu-se a iniciar a requalificação da EN 252. O projeto de reparação da estrada, que atravessa, além do Pinhal Novo, localidades como Volta da Pedra e Aires, está previsto para 2026, conforme anunciado pelo Secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Espírito Santo, após reunião com o presidente da Câmara de Palmela, Álvaro Amaro.
O autarca reforçou que estas intervenções são "reivindicações antigas das populações e das autarquias". A possibilidade de transferir a gestão dos troços urbanos para o município está a ser avaliada, com potencial enquadramento legal para descentralização.
A petição pública, promovida pelo grupo "Pinhal Novo, Quem Te Faz Bem!", convida todos os pinhalnovenses a participarem nesta causa. O documento pode ser assinado online, apelando à "união da população para garantir que a variante seja priorizada e que a qualidade de vida local seja melhorada", refere João Lobo Espalha. Até agora, cerca de 270 pessoas já assinaram o documento. 
Com o crescimento económico e turístico da região, a construção da variante é considerada crucial para assegurar a segurança rodoviária, a redução de emissões poluentes e a sustentabilidade no Pinhal Novo.

Agência de Notícias 
Fotografia: Paulo Jorge Oliveira/ADN 

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