"Este condicionamento não vai resolver problema algum"
As comissões de utentes do Litoral Alentejano [que junta as populações de Alcacer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém e Sines] manifestaram-se esta terça-feira contra a nova medida que obriga os utentes a entrarem em contacto com a linha SNS24 antes de se deslocarem às urgências. Para as comissões, esta decisão agrava as dificuldades já existentes no atendimento, que consideram ser precário e deficiente. O porta-voz das comissões de utentes, Dinis Silva, disse que esta obrigatoriedade visa, “pura e simplesmente, tapar o sol com a peneira”.
A Coordenadora das Comissões de Utentes do Litoral Alentejano, em comunicado, expressou a sua insatisfação relativamente à recente medida implementada pelo Ministério da Saúde, que entrou em funcionamento em meados de Dezembro de 2024, na Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano. Esta decisão obriga os utentes a ligarem para a linha SNS24 antes de se dirigirem a um hospital ou centro de saúde para cuidados urgentes, algo que, segundo as comissões, prejudica ainda mais os serviços já deficitários.
As comissões de utentes destacam que a medida tem um impacto particularmente negativo sobre as grávidas da região, que muitas vezes são obrigadas a percorrer várias maternidades para poderem dar à luz. “Este condicionamento não vai resolver problema algum”, referiram, sublinhando que a obrigatoriedade de ligar à linha SNS24 “é um impedimento, uma limitação”. A sua opinião é que a solução não resolve as falhas estruturais e de recursos no sistema de saúde, e que pode até piorar o quadro já difícil da prestação de cuidados urgentes.
Além disso, as comissões criticam a falta de soluções para os problemas estruturais subjacentes. “Esta forma de actuar do Ministério da Saúde apenas agrava o já precário e deficiente atendimento nos diversos serviços de urgência dos Centros de Saúde e Hospitais”, afirmaram.
Dinis Silva, porta-voz das Comissões de Utentes do Litoral Alentejano, criticou ainda a medida, considerando-a uma “tentativa de tapar o sol com a peneira”. Segundo Silva, a experiência de outros utentes no país demonstrou que, ao ligar para o SNS24, muitos acabam por ser encaminhados para unidades de saúde que já se encontram fechadas, forçando-os a percorrer longas distâncias para serem atendidos.
Propostas para melhorar o atendimento e a qualidade dos cuidados
Em resposta à medida, Dinis Silva defendeu alternativas que consideram ser mais eficazes, como o reforço dos cuidados de saúde primários e a melhoria na fixação de profissionais de saúde nas unidades locais. As comissões sugerem também a criação de consultas específicas para o atendimento de doenças agudas em todos os centros de saúde, de forma a melhorar a resposta à procura nos momentos de urgência.
Além disso, é destacada a importância de contratar mais médicos e profissionais de saúde, especialmente em áreas carenciadas, onde a falta de profissionais compromete ainda mais a qualidade do atendimento. Dinis Silva criticou ainda o facto de, em algumas Unidades Locais de Saúde, o Ministério da Saúde ter atribuído apenas uma vaga para a contratação de vários médicos, o que considera “inadmissível”.
Utentes insatisfeitos com nova medida do governo |
A Coordenadora das Comissões de Utentes do Litoral Alentejano, em comunicado, expressou a sua insatisfação relativamente à recente medida implementada pelo Ministério da Saúde, que entrou em funcionamento em meados de Dezembro de 2024, na Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano. Esta decisão obriga os utentes a ligarem para a linha SNS24 antes de se dirigirem a um hospital ou centro de saúde para cuidados urgentes, algo que, segundo as comissões, prejudica ainda mais os serviços já deficitários.
As comissões de utentes destacam que a medida tem um impacto particularmente negativo sobre as grávidas da região, que muitas vezes são obrigadas a percorrer várias maternidades para poderem dar à luz. “Este condicionamento não vai resolver problema algum”, referiram, sublinhando que a obrigatoriedade de ligar à linha SNS24 “é um impedimento, uma limitação”. A sua opinião é que a solução não resolve as falhas estruturais e de recursos no sistema de saúde, e que pode até piorar o quadro já difícil da prestação de cuidados urgentes.
Além disso, as comissões criticam a falta de soluções para os problemas estruturais subjacentes. “Esta forma de actuar do Ministério da Saúde apenas agrava o já precário e deficiente atendimento nos diversos serviços de urgência dos Centros de Saúde e Hospitais”, afirmaram.
Dinis Silva, porta-voz das Comissões de Utentes do Litoral Alentejano, criticou ainda a medida, considerando-a uma “tentativa de tapar o sol com a peneira”. Segundo Silva, a experiência de outros utentes no país demonstrou que, ao ligar para o SNS24, muitos acabam por ser encaminhados para unidades de saúde que já se encontram fechadas, forçando-os a percorrer longas distâncias para serem atendidos.
Propostas para melhorar o atendimento e a qualidade dos cuidados
Comissão apresentou medidas para melhorar atendimento |
Além disso, é destacada a importância de contratar mais médicos e profissionais de saúde, especialmente em áreas carenciadas, onde a falta de profissionais compromete ainda mais a qualidade do atendimento. Dinis Silva criticou ainda o facto de, em algumas Unidades Locais de Saúde, o Ministério da Saúde ter atribuído apenas uma vaga para a contratação de vários médicos, o que considera “inadmissível”.
As comissões de utentes do Litoral Alentejano apelam ainda para a melhoria das condições de trabalho e para o cumprimento dos Tempos Máximos de Resposta Garantidos, que consideram fundamentais para garantir a qualidade do atendimento. Atribuir médico de família a todos os utentes e aumentar a regularidade das consultas nos centros de saúde são outras das exigências feitas.
Para as comissões, a implementação desta nova medida é vista como uma forma de esconder as verdadeiras dificuldades enfrentadas pelos utentes no acesso aos cuidados de saúde na região, que, segundo afirmam, continua a ser insuficiente e mal estruturado.
Para as comissões, a implementação desta nova medida é vista como uma forma de esconder as verdadeiras dificuldades enfrentadas pelos utentes no acesso aos cuidados de saúde na região, que, segundo afirmam, continua a ser insuficiente e mal estruturado.
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