Especialistas e cidadãos unem-se para debater os desafios da saúde das mulheres
A luta pela saúde das mulheres não pode sair da agenda pública. Foi com esta mensagem forte que a vice-presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Carla Guerreiro, encerrou as Jornadas Março Mulher, no dia 27 de Março, no Auditório Bocage. A autarca reforçou que a sociedade e as instituições têm um papel crucial para garantir que os avanços na igualdade de género não se percam.![]() |
Setúbal Une Vozes na Luta Pela Saúde Feminina |
Entre reflexões e partilhas, especialistas de diversas áreas analisaram os desafios da saúde feminina ao longo da vida. O encontro destacou como fatores sociais e demográficos influenciam a qualidade de vida das mulheres, desde a juventude até à terceira idade.
"Não podemos permitir que a saúde das mulheres seja secundarizada. O debate tem de continuar vivo", frisou Carla Guerreiro, sublinhando a importância de manter o tema no centro das políticas públicas.
Apesar de as portuguesas apresentarem uma elevada esperança média de vida, estudos recentes revelam que muitas vivem em condições inferiores às das mulheres de outros países europeus. A saúde mental, sobretudo entre as idosas e aquelas que enfrentam a solidão, foi um dos pontos mais debatidos.
Perante uma plateia composta maioritariamente por estudantes, a vice-presidente apelou à necessidade de abrir espaços para um diálogo construtivo e contínuo sobre estas questões. "Precisamos de mais iniciativas para discutir e sensibilizar sobre a saúde feminina", afirmou.
O evento contou também com o apoio de instituições como a SEIES – Sociedade de Estudos e Intervenção em Engenharia Social, reconhecida pelo seu trabalho na defesa dos direitos das mulheres e na dinamização do programa Março Mulher.
Uma realidade preocupante
Este ano, o programa Março Mulher trouxe um vasto leque de atividades dedicadas à saúde feminina. Exposições, workshops, debates, cinema, espetáculos de teatro e música preencheram a programação, juntamente com campanhas de sensibilização nas redes sociais. Com cerca de 50 parceiros envolvidos, algumas das iniciativas estendem-se até Abril.
"O mais valioso deste evento é podermos conversar cara a cara, sem o ecrã do telemóvel a intermediar a comunicação. É urgente voltarmos a debater estes temas de forma humana e próxima", concluiu Carla Guerreiro.
Agência de Notícias
Fotografia: Andrea Piacquadio
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